15 de abril de 2009

GRITOS DAS TREVAS (Parte 10)




(Parte três) - (02/06/2003)

Nesta terceira parte, as revelações finais sobre a Igreja, e a expulsão definitiva de Judas. Ninguém será capaz de avaliar o terrível ódio com que o inferno faz estas revelações e se poderia perguntar: Por qual motivo Nossa Senhora não fala direto ao povo, de outra forma, alertando sobre todas estas coisas? Ela não o faz, primeiramente porque Ela já disse isso tudo, em suas milhares de aparições em toda a terra. Depois, Ela quer fazer uso de todos os meios, possíveis e impossíveis, para que ninguém alegue, depois, que não foi avisado, ou que não sabia. Neste caso particular, as mensagens foram dirigidas diretamente aos padres que faziam o exorcismo e elas se destinavam mais a eles, ou seja, diretamente ao clero. É realmente impressionante a disposição e a preocupação desta Mãe, tentando reunir todos os seus filhos, para evitar que algum se perca.


Aqui então, novos detalhes e assombrosas revelações. Uma das que mais preocupa, é relativa a permanência das mulheres no presbitério, o que de certa forma contrasta com a disposição da Igreja, que é soberana. Ou seja, aqui Belzebu pode estar expressando um sentimento próprio – no que não mente – uma vez que pode estar expressando também um íntimo desejo do Céu. Pois se fosse mentira, Nossa Senhora não permitiria que ele dissesse tais coisas. Ou seja, também Deus não gosta de certas atitudes de Sua Igreja, entretanto as aceita porque deu este poder à ela, de aqui ligar e desligar. Isso acontece, apenas porque, como já foi revelado antes, nem tudo é mais obra do Espírito Santo na Igreja, mas simples obra humana, às vezes diabólica obra humana, destinada justamente a destruí-la. Vamos, então às novas revelações, das quais faremos alguns comentários.

OS NOMES

B – Quero ainda acrescentar o seguinte: ao escrever estas revelações, deveis mencionar o meu nome. E deveis proceder do mesmo modo relativamente aos outros demônios. Deveis sempre assinalar quem falou. Não é em vão que dizemos quem fala.
E – Belzebu, em nome da Santíssima Virgem tens de falar!
B – Ela permite que nós digamos os nossos nomes... quem fala, e depois Ela quer também que se indique quem falou. Sobretudo quando se tratar de assuntos importantes, Ela quer que se saiba qual o demônio que escolheu, qual o que devia falar...
Como sou bem conhecido, o meu nome deve ser mencionado.

A ESTUPIDEZ HUMANA

B – No dia 12 de Janeiro, Véroba referiu-se ao Aviso e ao Castigo. Disse que se devia mencionar no livro. Também explicou porque é que o Aviso ainda não surgiu e ainda o fato da oração ser paradoxal.
Vós, homens, não valeis nada (ri maldoso), vós nada sois e nunca sereis nada. Sois burros, podem-vos repetir sete vezes a mesma coisa. Que é que tendes na cabeça, miolos de mosca ou um crivo?
Se não fosse Aquele que existe lá em cima (aponta para cima), todos os vossos ossos se soltariam. É Ele quem carrega permanentemente com a vossa carcaça. Sem Ele não passaríeis de esfregões e de farrapos.. É por isso que nós, lá em baixo, não podemos compreender que professores, doutores e tantos outros, tenham uma presunção (1) tão grande. Por que serão assim tão vaidosos, quando não passam de porcaria que há-de ser corroída por vermes?*
A propósito desta presunção, Ela quer que se acrescente isto. Ela acha pouco apropriado que esses homens se exaltem tanto; eles são uma abominação diante de Deus.
Ela acha tudo isso disparatado, pois Ela procedeu sempre com perfeita humildade. Ela teria tido razões para cingir bem alto a coroa e brandir o cetro. Ela teria tido motivo para o fazer! Fê-lo alguma vez? Em todo o caso, não foi na Terra. No entanto, Ela foi exaltada conforme o que está nas Escrituras, pois Jesus disse: “Quem se humilha será exaltado, quem se exalta será humilhado.” Quer dizer, aquele que se eleva a si mesmo será em seguida horrivelmente humilhado, não só num grau apenas, mas numa infinidade de graus. Compreendeis o que queremos dizer?
Quem se exalta não será humilhado em outro tanto, mas ficará um milhão de vezes mais abaixo. Mas quem se humilhar, por mais alto que esteja – nós somos sábios, sabemos bem como as coisas se passam! (sublinha as palavras com um gesto do dedo) – receberá segundo a parábola do banquete, em que Jesus disse: “Aquele que se sentar no último lugar, será chamado pelo senhor do banquete a ocupar o primeiro lugar...” Quero dizer, com isto, que aqueles que se humilham não serão apenas exaltados em outro tanto, mas ocuparão uma posição milhares de vezes superior à que tinham, e isto por toda a eternidade.
Devo acrescentar que é um paradoxo e um sinal de grande estupidez querer elevar-se neste mundo. Tenho que o dizer, pois é abominável aos olhos do Senhor. Se os homens tivessem plena consciência daquilo que fazem, horrorizar-se-iam consigo próprios – (ri maldoso).

* O demônio, que é orgulhoso, ele mesmo uma criatura, mostra aqui a repugnância e o profundo desprezo que sente pela natureza humana, inferior à angélica, mortal.

(1) A presunção de sabedoria, a presunção do saber divino, a presunção de estar guiado pelo Espírito Santo, sem o ser, tudo isso foi e é mortal para a Igreja. De fato, os desmandos na Igreja, não são obra do Espírito Santo, mas de satanás. Assim, a presunção de ser algo, de ser incapaz de errar, tornou a imensa maioria do nosso clero, alto e baixo, em verdadeiros pináculos inacessíveis, em torres de orgulho impossíveis de serem escaladas. Isso os levou a se distanciarem do seu rebanho, ao qual a maioria dirige com um certo enfado, como se nos quisesse dizer: Pobres mortais! Verdade, se eles realmente estivessem preocupados com o seu povo, não dariam cestas básicas, mais sim confissões, Rosário e Eucaristia. O que lhes falta, de fato, é aquilo que Belzebu explica a seguir.

A VIRTUDE FUNDAMENTAL DA HUMILDADE

B – Se Ela não se tivesse colocado sempre em último lugar, mesmo abaixo de S. José, que no entanto sempre soube reconhecer o elevado grau da sua dignidade, e se Ela não tivesse sido tão humilde, não teria hoje, nem nunca teria tido, este poder sobre a Igreja e sobre o mundo. Não teríeis n’Ela Aquela Mãe que tudo faz por vós, medianeira de graças inefáveis, graças que só Ela pode obter e que nunca teria podido obter se não vos tivesse dado o exemplo em primeiro lugar.
Ela praticou a humildade em todas as virtudes, até ao último grau de heroísmo. Se Ela não o tivesse feito, especialmente esta maldita virtude da humildade, ter-nos-íamos podido aproximar dela. E, decerto, isso teria constituído mais um êxito para nós, demônios! (grita irritado).
O mesmo acontece com os homens. E isto é claro como água: a falta de humildade abre as portas ao vício. Nós adquirimos domínio sobre uma pessoa a partir do momento em que a sua sabedoria – ou o que lhe chamais – lhe sobe à cabeça. Há muito que o homem deixou de ser sábio e tem miolos de galinha. Mesmo quando se julga sábio e se eleva um pouco, cai logo depois. Mas eu não quero falar destas coisas. Conheço-as por experiência própria, pois se passaram conosco. Como nós caímos, milhares e milhões de vezes! (uiva lastimoso).
Por esse motivo, vós Padres, deveis falar do pecado original, do orgulho. Devíeis empregar todos os esforços no sentido de fomentar a virtude da humildade. Falai dos Santos que a praticaram num grau elevado. Citai, por exemplo, Catarina Emmerich, Santa Tereza do Menino Jesus e tantos outros.
Pregai sobre S. João Maria Vianney. Ele alimentava-se de batatas. Uma ocasião comeu batatas podres, já cheias de bolor, durante quinze dias (rosna). Nem sequer se queria deitar na cama que lhe tinham posto ao lado! Achava-a demasiado boa para si. Não temos qualquer poder sobre pessoas dessa espécie, que chegam a achar-se indignas de se deitarem numa cama vulgar e que não procedem assim para se vangloriarem perante os outros de que são bons, dizendo, por exemplo: “Olhai, eu não quero deitar-me na cama boa, sou um homem virtuoso, vou deitar-me na cama mais incomoda”.
Pelo contrário, escondem-no dos outros homens. S. João Maria Vianney encobriu sempre que não comia como deveria ser. É que ele possuía a verdadeira humildade. O mesmo se pode dizer de Catarina Emmerich (1). Ela nunca quis mostrar como se sentia mal, nem o que trazia sobre o seu corpo. Só quando as pessoas viram e disseram: “Em que estado horrível ela se encontrava! É preciso fazer qualquer coisa!”
É que ela deixou que a mudasse, porque era absolutamente indispensável. Mas quis continuar a viver na maior pobreza. Dormia num leito miserável, já quase desfeito. O seu maior desejo era levar uma existência apagada. Por isso é que as avezinhas do Céu vinham pousar nos seus ombros.
Os Santos recebem estes sinais de predileção: os Santos dum modo geral, mas principalmente os humildes. Estes gozam duma predileção muito especial, lá em cima. Alcançaram rapidamente o Céu, enquanto outros percorrem penosamente, passo a passo, o duro caminho que a ele conduz. A virtude da humildade deve ser novamente pregada. Só depois dela é que vêm todas as outras. Depois vem a virtude da pureza, bem adaptada à nossa época (respira com dificuldade), em seguida a verdade, e todas as outras. É preciso dizer aonde tudo isto conduz. Também é preciso citar exemplos.
Teremos de denunciar em primeiro lugar, o vício do orgulho. Devemos dizer que a virtude da humildade devia ser escrita com letras capitais. Seguem-se, naturalmente, a cólera, o roubo e todos os outros. Deve preocupar-se sempre fazer comparações, dar exemplos vividos e verificados na vida dos Santos (dá berros horríveis). Deixem-me!
Procedeis bem, procedeis bem, mas é preciso insistir muito; deveis assinalar, com mais insistência, o efeito devastador do pecado. Sobretudo, neste tempo de Quaresma, deveis acentuar a gravidade do pecado, gravidade que ultrapassa a imaginação. Daí a conhecer, com toda a clareza, as conseqüências do pecado que são mais horríveis do que vós podeis imaginar. É o pecado e as suas conseqüências que deveis retratar com a maior clareza possível.
Sabei-lo agora, mas os outros Padres devem também proceder assim, pois isto não é apenas para vós. Se eles o não fizerem, não cumprindo com a sua obrigação, causarão grande dano e privar-se-ão a si e a todos os que se encontram na sua dependência de muitas graças. Todos os fiéis sofrerão com isso e não receberão as graças que de outro modo poderiam receber.

(1) Esta Ana Catarina Emmerich – como ele diz, uma grande santa – é certamente uma das mais injustiçadas criaturas que a nossa Igreja já produziu. Era uma alma especial, desde a mais tenra infância cheia de santidade. Ela sofria dores indizíveis. Mas não revela a ninguém o que sofria. Quando descobriram a sua doença, depois de tentarem todas as medicinas sem sucesso, o médico lhe sugeriu tomar leite materno. Pois vocês não acreditam no que aconteceu. O demônio conseguiu perverter de tal forma a cabeça de um padre inimigo dela, que ele produziu um documento para o Vaticano anunciando nos seguintes termos mais ou menos: Não poderá ser considerada santa, uma mulher que mama na outra! Por aí o leitor pode ver o ódio que o inferno devota à esta santa mulher, que até agora ainda não foi canonizada, sequer beatificada. Nem ela nem madre D´Agreda!

A IMITAÇÃO DE CRISTO

A propósito destas virtudes, devo acrescentar que é preciso que esse nojento livro, a Imitação de Cristo, de Thomas Kempis, que nós lá em baixo tanto tememos (gane como um cão), seja citado, difundido e lido. Não deve faltar em nenhuma família católica e deve ser lido. O melhor seria ler um capítulo todas as noites e esforçar-se por seguir e por em prática os seus ensinamentos.
Na medida do possível, deveria ler-se a antiga edição, a completa; na edição moderna já foram feitas algumas modificações. Com o andar do tempo acabam por mudar tudo! Por isso, deveis procurar arranjar os livros antigos. Se houver poucos, será preciso reeditá-los.
Em todo o caso, também deveríeis pregar sobre A Imitação de Cristo, utilizar e desenvolver os assuntos que nela se encontram, inculcá-los no coração dos fiéis. A Imitação de Cristo é o verdadeiro grão e não palha. É uma obra que vem do Céu. O Céu a quer e a recomenda, já que ela põe a Cruz de Cristo sob os olhos de todos, concretamente, ensinando como se deve imitar a Cruz de Cristo.
Assim, o homem aprende como Cristo sofreu e como ele próprio deverá sofrer se quiser avançar um passo ou um decímetro atrás d’Ele. Deve ter sempre presente que, com tudo isto, ainda estará longe de ser um santo e que se deve julgar com humildade. É imprescindível que insistais neste ponto.
Há milhares de pessoas, poderíamos dizer milhões, que crêem que são boas porque fizeram isto ou aquilo. Mas isso não basta! Só serão verdadeiramente boas quando não se acharem ainda boas, pensando que fizeram muito pouco e que poderiam ter feito muito mais. Serão boas quando se julgarem com humildade e fizerem por Cristo tudo o que estiver nas suas mãos.

OS DEVERES DA MULHER VISTOS PELA SANTÍSSIMA VIRGEM

B – A Santíssima Virgem diz que Ela sempre cumpriu os seus deveres caseiros – que o fez com humildade, para maior glória de Deus e com o objetivo único de servir a Cristo – e que não convém que uma pessoa se queira enaltecer acima dos seus serviços e deveres.
Ela faz-me dizer que nunca esteve presente durante a vida pública de Cristo, embora tivesse grande desejo de O acompanhar. Ela amava o seu Filho a tal ponto que vê-Lo partir, lhe causou uma dor e um tormento enorme. Ela sentia-se-lhe ligada, como se Ele fosse parte do seu próprio corpo. Os laços que a prendiam a Ele eram mais fortes que os dum irmão à irmã ou de um pai à mãe. Só se sentia bem na sua proximidade, mas apesar de tudo isso quis manter-se ignorada e ficou em casa. A partir desse momento só O viu raras vezes.
Procedendo assim, revelou a sua humildade, para que também as pessoas aprendessem a ser humildes. Foi alguma vez personagem principal no Altar ou na Missa? Quis manter-se sempre ignorada, embora fosse a criatura mais grandiosa, a mais universal. Ela vale mais que todos os Padres e religiosos juntos. Ela é a maior entre as maiores, escolhida por Deus para guiar a Igreja e para ser Sinal, para ser o grande Sinal, a Mãe do Salvador. Ela é também a Rainha dos Anjos. Mas é preciso dizer a todos que, apesar disso, viveu ignorada e entregue aos seus trabalhos caseiros.
Não compete à mulher desempenhar funções públicas, por exemplo, como conselheira do Governo ou Doutora de Ciências.
Não é conveniente mostrar-se assim e, por outro lado, desprezar os deveres de dona de casa. Qualquer trabalho, mesmo o mais insignificante e humilde de uma dona de casa, que serve a Deus e à sua família de todo o coração têm mais valor do que a mais bela e melhor conferência duma mulher doutora, ainda que o seu discurso ressoe através de todos os microfones e seja registrado por todos os jornais. Uma mulher destas vale muito menos lá em cima do que uma Mãe que leva a sua Cruz cotidiana educa bem os seus filhos e aceita o filho que concebeu.
Quando tudo suporta com paciência, faz o seu trabalho humildemente, alimenta, cuida e veste os seus filhos, educa e limpa a prole, tem mais valor, perante a “malta dos três, lá de cima” (refere-se a Santíssima Trindade) do que uma mulher que só pensa em fazer figura. Poderíamos citar aqui as palavras: “Quem se humilha será exaltado, e voará como uma flecha.” Quando uma mulher não aceita os seus deveres caseiros e só aspira à grandezas, não pode conservar-se humilde.
Toda a mulher que se quiser elevar será humilhada no Céu. Pelo contrário, todas as que se humilham, encontram-se no bom caminho. Obtêm para as suas famílias e para os povos muito mais graças do que outra que só pense em brilhar.
Como resultado do orgulho surge o aborto. A mulher já não quer ser apenas “mãe de família”, com um papel a desempenhar: a educação dos filhos. Quer ser e parecer algo mais. Este é um dos motivos da morte de muitas crianças por aborto. É claro que há muitas mães que se encontram em grande necessidade. Essas deveriam ser auxiliadas por palavras e obras. Deveriam deixar viver o filho, mesmo que fosse muito duro. O seu sacrifício transformar-se-ia em fonte de benção.
Se as mulheres estivessem mais tempo ao fogão e preparassem boas refeições aos maridos [1], decerto não haveria tantos divórcios, como atualmente. Se as mulheres cumprissem melhor os seus deveres de donas de casa e proporcionassem aos maridos um ambiente caseiro mais agradável, não haveria tantas desavenças e separações.
Se não existissem tantos homens e mulheres em concubinato, haveria mais cônjuges dotados de espírito de sacrifício e menos lares desfeitos. Quando desaprendem, no tempo de concubinato, o que é o sacrifício e não sabem o que é renunciar, como quereis que venham a constituir família? Aos seus olhos, o casamento exige muitos sacrifícios e privações. Sempre assim foi, é assim e há-de ser sempre assim.
Entre os que viveram juntos, durante muito tempo, poucos são os que vêm a casar. Além disso, é muito difícil para uma pessoa que durante anos viveu à vontade, voltar atrás e corrigir-se. Mesmo que essa pessoa quisesse mudar de vida, ser-lhe-ia bem mais difícil do que à uma outra que viveu normalmente, sem divagações para a esquerda ou para a direita, para seu bel prazer colher aqui as uvas e ali os rabanetes.

(1) No mundo de hoje, defender uma coisa destas, é certamente atrair sobre si um dilúvio de imprecações. Mas é certamente esta uma das maiores causas da destruição das famílias. Esta foi a maior vitória do diabo: Tirar a mulher da educação dos filhos, de ficar em casa cuidando deles, exercendo a digníssima missão que Deus lhes confiou. Se a missão de cuidar dos filhos não fosse a mais digna de todas diante de Deus, a Mulher Maria, não seria a mais perfeita criatura que jamais existiu ou existirá. Foi sem dúvida o comunismo ateu quem conseguiu isso, e junto com ele o feminismo diabólico. Toda mulher que, fugindo à sua obrigação principal – a maternidade presente – se lançar na política, na busca de cargos de poder e mando, mais tarde não terá ouvidos capazes de suportar os gritos de seus filhos, que sofreram pela sua falta. Ai da mãe, que deixando o lar e seus filhos, seja por qual for o motivo for, deixa-los largados! TODAS elas, sem nenhuma exceção, pagarão isso muito caro. E não adianta sacar a “igualdade de direitos”, porque a missão de mãe é tão sublime, que Maria é a criatura mais perfeita de Deus. E que fez Maria de excepcional? Cuidou de seu Divino Filho! Só isso! Que todas as mulheres façam isso! Que é TUDO!

BOAS LEITURAS E IMAGENS PIEDOSAS

B – Devo acrescentar ainda o seguinte: o livro, A Dolorosa Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, os livros da venerável (Santa para o Céu) Catarina Emmerich, assim como os de Maria de Jesus Agreda e o livrinho Imitação de Cristo de Thomas Kempis, tem grande valor (geme). Não quero falar disso.
É preciso que estes livros sejam difundidos. Mas também é necessário procurar neles temas para homilias, ideais, o que é muito importante para o confuso mundo de hoje, para os fiéis do nosso tempo.
Tenho que falar do imenso valor destas “desbotadas” estampas com imagens piedosas. Já falei uma vez acerca deste assunto. Deveis falar dele, do alto dos púlpitos, e é também necessário que fique registrado no livrinho. Sobretudo as estampas que contém promessas têm um grande valor. E vós deveis dar a conhecer essas promessas, que foram feitas à pessoas piedosas. Muitos não as conhecem e até ao presente nunca as leram.
A propósito da estampa com a Agonia de Cristo, onde Cristo está ajoelhado no Jardim das Oliveiras com o Cálice, há uma oração à qual estão ligadas grandes promessas. É necessário mencionar também a imagem de Jesus Misericordioso e o Terço da Misericórdia, a que estão também ligadas promessas importantes.
Seria ótimo ter destas estampas em grandes quantidades por toda a parte, distribuí-las e mesmo... sim, lançá-las por todo o lado e, se isso fosse possível, colá-las às costas de cada um. Sois tão estúpidos como cepos! Tendes à vossa disposição essas pagelas, essas promessas, esses privilégios e não o utilizais, pelo menos a grande maioria das pessoas não se servem delas!
Há ainda outros folhetos deste gênero, por exemplo, o da Santa Brígida da Suécia e do Coração de Jesus. A devoção ao Coração de Jesus está atualmente muito reduzida. A ela estão também ligadas grandes promessas e o mesmo se pode dizer da devoção ao Imaculado Coração de Maria. A Verdadeira Devoção, segundo S. Luiz Maria Grignion de Montfort, também quase caiu no esquecimento.
Se soubésseis o valor destes folhetos com imagens, que acabo de mencionar, em particular às da Santa Face, da Agonia de Cristo e de Jesus Misericordioso, por-lhe-íeis uma moldura em ouro, tal como ao Terço!
A devoção ao Sagrado Coração de Jesus e ao Coração Imaculado de Maria, com as suas importantes promessas, o Terço da Misericórdia, a contemplação da amarga Agonia de Cristo e a devoção à Santa Face – estas cinco – ocupam o lugar de honra. Difundi-as por toda a parte. Ela (aponta para cima) assim o quer. Deveis falar delas nas vossas homilias. Estas devoções encerram grandes virtudes. Se as pessoas conhecessem estas coisas, se soubessem perseverar na oração, ter-se-iam convertido ou, pelo menos, não cairiam tão baixo (geme).

O PAPA E A IGREJA

B – A situação atual do mundo é muito grave. O Papa sofre tanto. Como lhe é insuportável ver o que se passa! É um mártir, sofre mais do que Santo Estevão! Como ele já pouco pode dizer deveis ao menos dedicar-vos à difusão destes livros de Maria Agreda, de Catarina Emmerich e da Imitação de Cristo. É isso que os lá de cima desejam.
Dar-se-á, sem dúvida, um grande combate, um grande combate! Ela, lá em cima (aponta para cima), bem o sabe.
O Papa sofre horrivelmente por causa da nova Missa. Ele sabe que o documento relativo à Missa não foi acolhido como ele desejaria, e que a nova missa... (solta gritos horríveis). Ah! Nós não gostamos de falar do Papa. Temos mais que fazer, temos que nos ocupar dos homens. Nós já não podemos atacar, pessoalmente o Papa (rosna desesperado).
Nós já uma vez afirmamos que o Papa Paulo VI tinha elaborado e queria promulgar um documento a favor da antiga Missa. Por outras palavras: o Papa queria re-introduzir a Missa do S. Pio V, a Missa Tridentina. Tinha redigido, com todo o cuidado, um documento nesse sentido. Era, então, seu desejo publicá-lo Urbi et orbi.
Alguns dos seus subordinados entraram em deliberação para verem como poderiam impedir o restabelecimento da antiga Missa. Redigiram então outro documento, que imitava o primeiro duma maneira tão perfeita, quer no formato, quer na redação, que seria difícil uma pessoa aperceber-se, à primeira vista, de que se tratava dum documento falso.
E – Porque é que o Espírito Santo permite estas coisas? Belzebu diz a verdade (...)!
B – Permite-as, para que se cumpram as Escrituras. Há muito que se afirma que virão tempos tão confusos que cada um dirá: “Cristo está aqui!” ou “Cristo está ali!” Hoje, uns dizem “Isto é melhor” outros afirmam “aquilo é melhor”, e ninguém sabe o que quer. Cada um pensa que é bom, que é superior, e põe-se à frente dos outros. Há mesmo pessoas que seguem a muitos “Cristos”..., e outras que seguem somente um... normalmente o falso (ri maldoso).
E – Mas a Igreja Católica é guiada pelo Espírito Santo (...). Em nome (...)!
B – Sem dúvida que a Igreja é guiada pelo Espírito Santo, mas se certos Cardeais e Bispos não forem melhores, não é culpa nossa que se deixem levar pela nossa malícia.
No fundo, a Igreja não precisava de sofrer esta crise, mas é necessário que as coisas se passem assim, que o mundo seja passado a crivo, segundo a profecia do próprio Cristo. Virão brevemente tempos em que só haverá uma esquerda e uma direita e nenhuma situação intermédia. Talvez as coisas não se passem assim, se não tivéssemos chegado à esta confusão. É preciso que o mundo seja passado a crivo. Os cristãos que ficarem serão melhores que os dos últimos cinco séculos da Igreja.
Eu, Belzebu, devo ainda dizer que as revelações do Apocalipse de S. João, tal como se encontram na Bíblia, são mal compreendidas pela maior parte das pessoas, porque foram escritas numa linguagem misteriosa. Para melhor as compreender deve consultar-se o livro de Maria Agreda. Lá se encontra a explicação de muitas coisas relativas à Revelação. Estamos nos últimos tempos e é por isso que todos os fiéis devem pegar nestes livros e seguir os seus ensinamentos. Neles encontrarão uma melhor informação sobre todas estas coisas.

VERDADEIRAS E FALSAS ALMAS PRIVILEGIADAS

B – Atravessamos uma época de grande confusão e guerras. O que os lá de cima mais lamentam é o aparecimento, hoje em dia, de tantas almas privilegiadas que, na realidade, não o são. Muitas destas almas privilegiadas não o são verdadeiramente.
Devo acrescentar ainda – e faço-o contra à minha vontade – que muitos fiéis tem tendência a seguir, com fanatismo, os que se dizem almas privilegiadas(1). Na verdade, isso é mais fácil do que seguir a Cruz.
Relativamente às autênticas almas privilegiadas, encontramos sempre a Cruz, a incredulidade, a oposição e contradição. E as coisas passam-se assim, porque nós, demônios, permanecemos por detrás de tudo e não queremos o bem. Mas a maioria dos fiéis, pelo menos grande parte deles, tem mais tendência a seguir, não as autênticas almas privilegiadas, mas aquelas onde há muita charlatanearia e fanatismo.
Nunca houve tantas falsas almas privilegiadas como atualmente! É por isso que muitos fiéis, mesmo fiéis piedosos, são induzidos em erro, sobretudo quando se trata de pessoas pouco inteligentes. Nós temos um grande poder e utilizamo-lo especialmente para tentar as almas boas. Estamos a trabalhar afanosamente.
Muitos dos “milagres” que acontecem no seio de certas seitas e que se passam com certas almas privilegiadas, vem lá de baixo (aponta para baixo). Pretende-se que tudo acontece pelo Espírito Santo, mas na realidade tudo é realizado por nós (aponta para baixo), em nome do inferno (2). Nós podemo-nos transformar em “Anjos de Luz.” Também é possível curar doentes, em nosso nome, se isso servir duma maneira vantajosa aos nossos objetivos. É mais fácil aos perversos realizarem coisas extraordinárias pelo poder do inferno e em seu nome, do que às autênticas almas privilegiadas obterem do Céu coisas extraordinárias e verdadeiros milagres. A estas últimas é necessária muita oração e virtude. Por esse motivo é que com as almas privilegiadas autênticas se dão muito menos milagres visíveis. Além disso, acontece às vezes também que almas privilegiadas autênticas se desviem de Deus. É preciso estar muito atento. Também aqui é preciso lembrar aquele aviso: “Examinai tudo, e guardai o que é bom” (Tess. 5,21).
(1) Nesta, novamente, ele acerta em cheio. Primeiro que há milhares de falsos profetas por aí. Segundo, mesmo que se tratem de verdadeiros embusteiros, sempre encontram alguém fanatizado, capaz de os seguir e divulgar. Uns outros dirigidos pelo inferno. Quanto aos fanáticos, aqui ele menciona uma palavra correta, a falta de inteligência, e esta é uma verdade. Um seguidor de profeta, que não perceba que nos livros e revelações dele existem centenas, para não dizer milhares de heresias, na verdade dá provas de pouca inteligência.
(2) Vejam, as mesmas coisas que já revelamos no artigo denominado Falsas Curas. Também o inferno pode curar, quando isso lhe interessa. Ele usa as seitas, o espiritismo e a macumba, exatamente para atrair as pessoas com promessas de cura. E as pessoas vão lá incautamente, para desta forma prostituírem suas almas.

OS ÚLTIMOS TEMPOS

B – Cristo disse: Tempos virão em que vos será dito: “Cristo está aqui”, “Ei-lo ali”. Se alguém vos disser: “Ele está no deserto”, não o acrediteis, pois surgirão falsos Cristos e falsos profetas, que darão grandes sinais, de maneira tal que, se fosse possível, até os eleitos seriam enganados. Estas palavras poderiam aplicar-se muito bem às falsas almas privilegiadas. Muitos correm atrás delas como atrás de falsos Cristos.
De fato, o Anti-Cristo surgirá como um falso Cristo, mas estas palavras podem aplicar-se também ao que acabo de referir. Estais agora na prova, mas a Igreja ressuscitará com novo esplendor. Escutai uma comparação tomada da figueira: quando nos troncos aparecem as folhas, sabeis que o Verão está próximo.
Assim também, quando virdes suceder estas coisas, sabereis que está perto o Reino de Deus(Luc.21,29-31). Agora, esse tempo está terrivelmente perto. Ela (aponta para cima) manda dizer: “Coragem! Fazei penitência e convertei-vos, enquanto ainda é tempo”... pois o Seu Dia vai chegar (ruge como um leão), o Dia da Justa cólera de Deus.

Aqui terminam as revelações.

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GRITOS DAS TREVAS (Parte 9)




(Parte Dois) – (02/06/2003)

Continuamos no capítulo da luta contra Judas. Mas, como no texto anterior, também aqui é Belzebu quem fala. O motivo principal de Nossa Senhora haver forçado este demônio, de tão elevado poder, a revelar certos fatos, foi não só por causa da importância dele, mas porque, sendo ele mais iluminado, mais inteligente que Judas – que era apenas um homem – pode revelar mais profundamente aquilo que o Céu quer, porque sabe melhor. Ademais, pelo fato de ser mais inteligente, ele tem, também, um melhor sentido de colocação das coisas, de modo que as pessoas entendam mais facilmente.


As revelações aqui contidas, falam do começo da Igreja Católica, da importância de Maria naquele contexto e também da importância de dois livros, que revelam a Vida de Jesus e Maria, e que quase foram sufocados pela má Igreja. Trata-se dos livros de Madre Maria D´Agreda – Mística cidade de Deus, sobre Nossa Senhora – e Cordeiro de Deus, de Ana Catarina Emmerich – sobre Jesus. Em cada parte falaremos deles. Na verdade, os demônios temem aquelas revelações e, de fato, se todos os católicos lessem estes dois livros, mas em especial todo clero – sacerdotes e bispos – certamente o mundo seria diferente. Mas como duvidam, sempre duvidam de tudo, porque pela falta de oração já muitos deles não têm mais a presença do Espírito Santo, eis o mundo se perdendo por falta de conhecimento. Muito do que aprendi na vida sobre as coisas de Deus, estão nestes dois livros maravilhosos. Vamos aos textos!

A REDAÇÃO DOS EVANGELHOS

Fala Belzebu.
B - Um dia chegou o Apóstolo Barnabé acompanhado de um outro, inclinaram-se diante d’Ela e chamaram-lhe a atenção para a necessidade de escreverem os Evangelhos. Invocaram longamente o Espírito Santo e perseveraram dias inteiros em oração. Rezar assim, já não é vulgar nos dias de hoje, a não ser em circunstâncias e lugares extremamente raros. Sim, rezaram dias inteiros, assaltaram o Céu com orações, para saber quem seria escolhido para escrever os Evangelhos. E então a Santíssima Virgem designou Lucas, João, Marcos e sei lá quem mais para escrever essa “porcaria”.
Como isso nos contrariou. Podereis imaginar tudo o que sentimos, quando saíram esses textos de Mateus, Marcos, Lucas e João? (rosna furioso). Pensai apenas que estes quatro foram escolhidos pela Santíssima Trindade e pela Santíssima Virgem na sua terrível majestade.
Nem mesmo Pedro foi encarregado de o fazer. Nem ele. Ele era a pedra, tinha a missão geral de tudo, e a Igreja fora fundada sobre Ele. Contudo, a redação dos Evangelhos foi confiada aos quatro Apóstolos, já mencionados. Então o Espírito Santo desceu sobre eles, sob a forma de uma pomba, e foi assim que os quatro tinham sido escolhidos. Todos viram. Mas agora não quero continuar a falar.
Quando Barnabé e ainda um outro foram visitar a Santíssima Virgem, Ela disse-lhes: “Deveis contar em especial a vida de Cristo, compreendeis? É Ele que deve ser glorificado, é Ele que deve estar sempre no primeiro plano. Deixai que eu me apague. Quanto a mim, relatareis apenas a Encarnação e o Nascimento de Cristo, o que é indispensável. Deixareis de lado o resto.”
Embora eles estivessem ao corrente e tivessem visto coisas extraordinárias e elevadas (sobre Ela) não puderam escrevê-las. Isso foi para eles um sacrifício. Mas Ela queria apagar-se por humildade, para que o Filho de Deus, o seu Jesus Cristo, sobre o qual a Igreja fora fundada, ficasse no primeiro plano.
Mas Ela, a Mãe de Deus, é o grande sinal de Deus e, em certa medida, simboliza também a Igreja. Ele, Jesus, ama a Igreja como uma Esposa. Então, para os dois Apóstolos não ficarem tristes, disse-lhes que Cristo mais tarde haveria ainda de falar d’Ela, através da humanidade ou através não sei de quem (lança gritos horríveis).
E – Maria de Agreda.
B – (Virando-se para o Sacerdote): Adivinhas-te: Maria de Jesus, de Agreda. Disso não sabemos mais do que vós. Sim, nós amaldiçoamos esses livros, nós tememo-los. E ser ainda obrigado a confessá-lo.... (1) (rosna e grita ansioso).

(1) O livro de Agreda, A Mística Cidade de Deus, foi escrito em 1665.

(1) Este livro maravilhoso, conta a história de Nossa Senhora, desde o seu início na mente do Pai, até a sua morte, aos setenta anos, menos 26 dias, em 13/08/0055. Quem não o leu, não imagina o tesouro que perde. Embora difícil de ser achado, e caríssimo em vista do grande volume, vale à pena tentar conseguir para ler. Assim, o leitor poderá entender melhor o grande mistério da Mãe de Deus. E certamente que passará a ser seu soldado. Até mesmo aos evangélicos faço este desafio: Não leiam “A Mística Cidade de Deus”, ou se converterão!

O COMEÇO DA IGREJA

B – No maldito começo da Igreja fui deixado de lado (1). A Santíssima Virgem e os Apóstolos foram os instrumentos. O papel desempenhado por Ela (aponta para cima) foi decisivo; foi-o dum modo extraordinário. Nós nada pudemos fazer.
Muitas vezes Ela mergulhava na oração, dia e noite, pelos Apóstolos, para que eles fizessem as coisas como deviam ser feitas. Para que nós não os vencêssemos, Ela rezou muitas vezes dia e noite. E freqüentemente ficava dia e noite de joelhos, sem comer (resmunga desesperado).
É por isso que Ela agora goza de um poder tão grande. Isto são verdades sublimes que nós somos obrigados a revelar-vos. Nós bem gostaríamos que este livro saísse sem esta parte (gane como um cão). Nós não queremos dizer estas coisas, não queremos... e também não queremos continuar a falar. Eu, belzebu, não quero continuar a falar.
Então Ela disse que queria ficar em segundo plano (2). Queria-o unicamente por humildade. Em parte alguma queria aparecer em lugar de destaque, embora fosse uma criatura poderosa. Nós próprios o temos de reconhecer. Ela estava e está a uma enorme distância, acima de nós, a uma grande distância dos vossos Anjos.
E quando eu digo, distância, não me refiro a uma distância em léguas, mas a uma que se perde no infinito. Isto significa “tão longe”, que há uma distância gigantesca entre os Anjos e Ela (geme).
É uma criatura terrivelmente majestosa, mas quis permanecer escondida. Procedeu assim para mostrar aos homens que também eles deviam permanecer ignorados, como também deviam ser humildes. Mas os homens não procedem assim. Nada fazem em relação ao que Ela realizou e ao que foi realizado graças à Ela...
Embora os homens não possam nada, não sejam nada, gostam que falem deles, enquanto esta criatura, infinitamente predestinada, não queria que falassem dela. Portanto, apagou-se. E isso foi para nós muitíssimo vantajoso. Pois começaram a aparecer seitas (ri maldoso) que não reconheceram esta criatura. Se ela tivesse dito abertamente quem era, se os Apóstolos tivessem relatado os milagres extraordinários obtidos por sua intercessão e se tudo isso figurasse nos Evangelhos, essas seitas não teriam crescido como a erva (solta gemidos).
Apareceram então milhares de seitas, seitas que combatem ferozmente a Santíssima Virgem, seitas que combatem os católicos, unicamente porque estes reconhecem esta criatura predestinada. Elas combatem esta mulher porque crêem que esta maneira de proceder (dos católicos) põe Cristo em segundo plano.
No entanto, ela só serviu a Cristo. Só O quis glorificar. Tudo o que fez, foi por Ele e pela Sua Igreja. Ela manteve-se sempre no escondimento e isso foi para nós uma grande vitória. No entanto, procedendo assim, ensinou a humildade, e isso constituiu para nós uma grande derrota. Mas isto só é conhecido dos católicos. Por amor de seu Filho, Ela quis ficar esquecida para que Ele reinasse e tivesse um papel primordial.
Mesmo no que respeita aos seus sofrimentos, só aceitou um papel de segundo plano, o que era indispensável. Os Apóstolos, no entanto, estavam constantemente a ver como Ela se humilhava, como tudo previa extraordinariamente, quanto sofria, o que era obrigada a suportar e a padecer. Ela é muito pouco engrandecida nos Evangelhos. Se ao menos, não tivesse sido tão humilde! Mas coube-nos ainda esta vantagem, que deu origem às seitas. Mas também isso foi permitido por Deus.
A partir desse momento apareceram as seitas. Os seus adeptos pensavam que Maria desempenhara apenas um papel marginal, que fora escolhida apenas para receptáculo, d’Esse que está lá em cima (aponta para cima), e que poderia agora desaparecer como uma velha...; não me deixaram utilizar a expressão.
Nós somos delicados. Nós não usamos palavras “muito grosseiras”. Apenas os condenados humanos as dizem. Nós somos mais delicados que esses.
Devo acrescentar outra coisa que me ocorreu agora.
Quando Judas foi obrigado a falar, no dia 31 de Outubro, não foi Judas que riu pela boca desta mulher (a possessa). É que Judas nunca ri. Como nós já uma vez dissemos, Judas está no canto mais sombrio. Ele é o desespero personificado. Quando Judas foi obrigado a falar, não foi ele que riu, pela boca dessa mulher, foram os condenados humanos que riram da malvadez (grita). É preciso que nunca esqueçais isto: Judas nunca ri. Nós tínhamos que dizer isto. Esta observação refere-se às revelações de Judas, em 31 de Outubro.
Sim, esta charlatã...(a possessa)(3) E agora chego ao ponto chave da questão, mas não quero dizer, não quero dizê-lo.
E – Fala Belzebu, em nome da Santíssima Trindade!

(1) Quanto a Belzebu ser deixado de lado, fica um pouco difícil de entender. Mas o fato é que os demônios especialmente Lúcifer, imaginava ser ele o redentor da humanidade. Mas além de não aceitar a posição de subalterno, jamais eles aceitaram serem comandados por uma Mulher, Maria. É por isso que ele expressa seu desejo inarredável de estar à frente das obras, de ser grande e maior, porque nenhum demônio é humilde.

(2) Alguém me observou, que poderia ter sido um erro deixar de lado na Bíblia, a revelação da importância do papel de Maria Santíssima no início da Igreja. De fato, isso até poderia evitar a perseguição que os Evangélicos lhe movem, por acha-la insignificante. Entretanto, o avesso seria pior, pois se Maria fosse elevada demais, isso levaria imensas levas de povo a diviniza-la – já houve movimentos tentando isso – a maximizar os seus méritos, em detrimento de Jesus, Ele o único Redentor e o único que salva. É, pois, para Ele que se deve voltar as atenções maiores. Maria é apenas o melhor meio de chegar a Jesus!

(3) Óbvio que esta pobre possessa não é nenhuma charlatã, como vimos. Trata-se de uma pessoa de bem, de muito sofrimento, mas odiada pelos demônios que assim a ela se referem.

ANA CATARINA EMMERICH E MADRE AGREDA

B – A propósito do começo da Igreja devo acrescentar que embora os Evangelhos pouco contenham sobre a Santíssima Virgem, mais tarde, inspirados pelo Céu, em visões e revelações, grandes Santos lançaram muita luz, sobre a vida e obra d’Essa que está lá em cima (aponta para cima).
Um dos maiores é a Catarina Emmerich, que nem sequer ainda foi canonizada (ri maldoso). Ela não foi só uma das almas mais sofredoras, mais humildes, mais missionárias, como é também uma das maiores Santas do Céu. A outra é Maria de Jesus Agreda. Viveu em Agreda. Era Abadessa. Já os seus pais se tinham retirado para um convento (rosna)... tinham prometido consagrar-se à vida religiosa. Eles é que obtiveram à sua filha, a sua predileta, a graça de ter essas malditas visões.
E – Fala agora, em nome (...), fala agora sobre o ponto essencial a que te referiste!
B – Como os Evangelhos contém muito pouco sobre a Santíssima Virgem, é seu desejo que nos confusos tempos que correm, que do alto dos púlpitos se recomende a leitura dos livros de Maria de Jesus Agreda. Eles não deviam faltar em nenhuma família católica. Todos deviam possuir esses volumes (grita desesperado).
Ela quer que os Sacerdotes digam que estes livros não devem faltar em nenhuma família católica, que deveriam mesmo recomendá-los aos protestantes. Quando os leitores verificarem toda a riqueza destes livros, não tardarão a compreender que ela...
Ela é uma criatura eleita e predestinada, uma criatura duma grandeza imensa jamais atingida por qualquer mortal. Os Sacerdotes devem fazer compreender aos fiéis que é necessário divulgar estes livros, tão instrutivos, pelo mundo inteiro e, sobretudo, lê-los. Aí podereis compreender a nossa derrota em toda a sua extensão e amplitude, tal como a grandeza e dignidade desta criatura, que nos esmaga a cabeça (range os dentes).
Ela quer (lança gritos horríveis)... não quero falar, não quero falar (chora)... É que não posso auxiliar Aquela que está lá em cima (aponta para cima), mas sim quem o “velho”, (Lúcifer) quer. Não quero falar.
E – Mas tu tens de falar em nome (...) tens de falar!
B – Isto está fora do nosso campo de ação, não é nada conosco! Nós temos a missão de seduzir os homens. Não queremos conduzi-los ao bom caminho. Por estes livros os homens seriam levados a trilhar caminhos melhores (grita).
Nestes livros aprendereis como a Santíssima Virgem viveu e morreu. Para conhecer os planos eternos de Deus, tanto quanto esses planos podem ser conhecidos pelos homens, é lá que se encontram as fontes seguras e dignas de fé. Aí, os fiéis verão o fundamento de todas as coisas (1).
Reconheceriam n’Ela (aponta para cima) uma criatura universal, acabariam por render-se perante tanta humildade e dignidade. Até nós A tememos, nós próprios temos que capitular perante tais atributos.
Quanto mais vós, criaturas humanas, que não passais todos de poços de imundice! Não valeis um pataco! Nós somos muito superiores... quando mais Ela (aponta para cima).
Se vós pudésseis contemplar ao menos um décimo da sua dignidade, precipitar-vos-íeis imediatamente no pó – e é bem contra a minha vontade que eu digo isto! Nós vimos, fomos obrigados a vê-la, fomos obrigados. Não desejamos que A venhais a ver, pois nós queremos que vos precipiteis bem cá para baixo e não para cima. Também as pessoas instruídas, os acadêmicos, deveriam ser informados sobre esta Maria de Jesus Agreda, antes de se juntarem aos Sacerdotes para combater os “tradicionalistas.”
Mesmo os “tradicionalistas” estão muito longe, imensamente longe de conceber uma tal dignidade, a não ser dum modo aproximado, mesmo que leiam estes livros. Mas devem ser lidos por vós, em nome de Deus. Vós não podeis passar sem o fazer, nem mesmo os leigos. E vós padres, deveis anunciá-lo à todas as criaturas. Tenho que repeti-lo. É preciso proclamá-lo do alto dos púlpitos. Essa, que está lá em cima, quer que estes livros sejam conhecidos nos quatro cantos do mundo.
Falarei em seguida da Segunda. Catarina Emmerich, alma expiadora. Tinha de estar sempre deitada de costas, tais eram as suas dores e sofrimentos. Não teve nada a dizer durante a sua vida, mas, quando morreu todo o Dulmen estava em chamas. Quando de todos os lados acarretam como os carros dos bombeiros deveriam ter visto naquilo um sinal do Céu... mas os homens são estúpidos. Que sabem os homens? Nada compreendem... são estúpidos como cepos.
Um cepo é ainda mais inteligente. Aqui e acolá, pode apresentar ainda uma folhinha verde, mas os homens, esses, só têm lixo e palha.
Esta Catarina Emmerich teve de falar para a Igreja, fez vaticínios sobre a Igreja e sofreu e rezou muito por ela. Já em pequenina, a sua capacidade de sofrimento era enorme. Nós tínhamos-lhe um ódio terrível. Tão pequenina e já fazia Via Sacra, e imitava à letra da humildade d’Aquela que está lá em cima... Ah!... e a cruz, cruz também, tal como Aquela, que está lá em cima.
Foi uma grande Santa. Nós receávamo-la muito e, por isso mesmo, queríamos destruí-la, mas não o conseguimos. Ela safava-se sempre, embora tivesse sofrido doenças mortais, que oferecia sempre pelos outros, para que eles pudessem obter ainda a graça de se converterem.
Só morreu quando Aqueles lá em cima (aponta para cima) verdadeiramente o quiseram, pois foram Eles que acolheram a sua alma venerável, a sua alma santa... porque ela era uma Santa... no Céu.
Há no Céu muitos santos, quero dizer muitos Santos canonizados por Roma, que são menos santos e menores que ela. Ah! Como é horrível ser obrigado a confessá-lo!
Se ela for canonizada, pensamos nós, então os seus livros serão conhecidos. Enquanto não o for, os seus livros não serão tão bem aceitos. É por isso que os Bispos não querem ouvir falar deles (2). Talvez um ou outro já os tenha lido, mas isso são fatos isolados, sem conseqüências.
Devo ainda acrescentar que ela é uma Santa poderosa no Céu (chora). Há muito que os seus livros deviam ter sido difundidos pelo mundo inteiro. É preciso que vós também o proclameis do alto dos púlpitos. E agora não digo mais nada, mais nada (gane como um cão).
Dos seus livros, é sobretudo o volume Vida Paixão e Glorificação do Cordeiro de Deus, da Venerável Catarina Emmerich (3) que deve ser difundido. Deveríamos atar esses livros às costas das crianças para que aprendessem a caminhar com a cruz que o Senhor pôs no seu caminho.
Esta pequenina Santa já ia, aos quatro anos, fazer a Via Sacra, mesmo à noite, ficando com os pés feridos, ensangüentados, tudo para a glória do Seu Rei Crucificado. De manhã a mãe lhe tinha de lhos ligar, e nem sequer sabia de onde ela vinha, pois a pequena nada dizia (uiva).
Catarina foi uma grande alma sofredora. No seu quarto, o frio era glacial. É que ela era muito pobre e mesmo quando os seus lençóis estavam lisos com o frio e, no meio deles, ardia com febre, nunca pedira para lhos mudarem. Ela queria viver a sua Paixão e oferecê-la humildemente. Onde é que se vêem, hoje em dia, almas assim? Religiosas compadecidas substituíam-lhe os lençóis. Catarina não o teria exigido e acabaria por morrer de frio ou ficaria entorpecida. Ela tudo suportava pelo seu Senhor crucificado. É inimaginável o que ela fazia por Ele.
Ela é uma poderosa Santa que nós sempre tememos. Sentimos repugnância por estas pessoas, que renunciam a si mesmas, seguem voluntariamente o caminho da cruz e tudo oferecem pelos outros. Há grandes santos que fazem muitos milagres, que são considerados grandes aos olhos do Senhor, que tem o dom de ler nas consciências, como ela, aliás, também tinha, mas como ia dizendo, embora esses possam ser mais conhecidos, embora a eles acorram milhares de pessoas, embora sejam grandes santos, não se lhe podem comparar e não se lhe comparam. Era uma alma sofredora, humilde, apaixonada por Deus. Deus amou-a e glorificou-a dum modo muito especial e é por isso que Ele quer que seja canonizada.
Já há muito e não só agora, que ela o deveria ter sido. Deve-se falar às pessoas dos seus livros e das suas numerosas visões e revelações. É preciso que o façais por amor à dolorosa Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. Ela desejava-o e o próprio Jesus a deseja também. Dos seus textos, devereis citar em primeiro lugar A Dolorosa Paixão de Jesus Nosso Senhor. Este livro também não devia faltar em nenhuma família, sobretudo numa família que se preze de ser católica (geme). Mas chega de conversa por agora!
Jesus Cristo e a Santíssima Virgem concederam à estas duas grandes Santas, visões e revelações para que chegassem ao conhecimento dos fiéis. Estes devem recebê-las nos seus corações, seguirem-nas e transmitirem-nas aos outros.
Não se trata de uma anedota, mas de algo muito sério, muito grande, que já foi profetizado pela Santíssima Virgem, quando disse outrora aos Apóstolos: “Deus proverá, o Céu proverá, para que o meu nome, no devido tempo... (gane como um cão)...venha a ser glorificado e conhecido e que tudo o que deve ser revelado a meu respeito, o seja na devida altura.”
Agora já é a altura. Estamos agora em pleno Apocalipse. E Ela é o Grande Sinal. É por isso que as pessoas devem ler estes livros, porque em Emmerich, mas mais especialmente em Maria de Jesus, se fala do Apocalipse, do Grande Sinal, da Santíssima Virgem.
Se as pessoas lessem estes livros (solta sons como gemidos) compreenderiam facilmente que a hora chegou. Compreenderiam melhor o Apocalipse e o que está escrito na Bíblia. Vós não passais de grandes burros! Os homens são imensamente estúpidos, deixam que tesouros tão valiosos se percam, lhes escapem, se enferrugem (ri maldoso).
Permitem que estes preciosos tesouros de valor infinito apodreçam e fiquem escondidos. E o que devia ficar escondido é difundido (ri torcista). Como, por exemplo, Bíblias que de Bíblias nada tem, vidas de Santos que de religioso nada tem também. Esse gênero de livros é mais dirigido de baixo do que do alto (arreganha os dentes, malicioso). Não passam de palavreado oco. Até um burro ou um cavalo é mais inteligente; duma maneira ou de outra, eles sentem o que o seu dono quer. Mas aqui (no mundo) não é assim. Só quando já é demasiado tarde é que se apercebem que deveriam ter procedido dum modo diferente.
Ah! Para nós, estes escritos de Ana Catarina Emmerich e Maria Agreda, são livros malditos, que desde há muito tememos e sempre temeremos. Nós, lá em baixo, há muito tempo, nem sei bem há quanto, deliberamos para ver o que poderíamos fazer contra eles... e os homens nem sequer os lêem (ri sarcástico). Mesmo aqueles que se dizem bons católicos, não os tem em casa! (as suas gargalhadas transformam-se em gemidos).
B – Deveis informar às pessoas. Todos os Padres, os “tradicionalistas” e mesmo os modernistas deviam proclamar do altar que é necessário difundir estes livros por toda a parte e o mais rapidamente possível, para que sejam lidos. Se isso acontecesse e se o seu conteúdo fosso posto em prática, ainda que aproximadamente, muitas almas se haveriam de salvar (geme horrivelmente).
Catarina Emmerich teve visões sobre a Dolorosa Paixão de Jesus para que ela fosse conhecida dum modo mais direto e mais profundo, pois os Evangelhos não relatam senão fragmentos. Embora os Apóstolos tivessem conhecido mais pormenores, resumiram-na muito. Nas visões desta grande Santa há partes sintetizadas e resumidas que são horrivelmente extensas para nós. Aprende-se, por exemplo, a maneira de conseguir um arrependimento perfeito, que desempenha um papel primordial na confissão. Aprende-se a não ofender tanto o Senhor, que tanto sofreu. Os seus padecimentos são descritos duma maneira mais profunda do que em qualquer outro livro (rosna). Estes livros deveriam figurar em todas as livrarias, sobretudo nas católicas, que os deveriam possuir em quantidade, e não apenas um exemplar.

(1) Claro, a Bíblia está na frente de todos os livros do mundo. O que ele quer dizer aqui, é que, se todos lessem estes dois livros citados, todos entenderiam melhor a Bíblia.
(2) É realmente angustioso saber que estes livros, ainda hoje sofrem uma perseguição tão nefanda e tão odiosa. Eu, com minha inteira consciência, com pleno risco de minha alma, declaro que: Qualquer Bispo, ou Cardeal, ou padre, que tenha lido estes livros, e que não tenha mudado de vida, já pode encomendar sua alma: É cabrito! E todo aquele que, tendo conhecimento deles, continua sendo adversário de Deus, pode ser anotado na ficha de cobranças de Lúcifer. E justo por temer que a canonização dela abra espaço para a difusão do livro, que seu processo encalhou no Vaticano. Lamentavelmente ainda há isso!
(3) Pode ser encontrado pelo telefone: 021-11-3865-4340 com Fernando.

PAIXÃO DE CRISTO

E – Belzebu, diz qualquer coisa sobre os sofrimentos secretos de Cristo na Quinta-feira Santa, em nome (...)!
B – Não nos agrada falar desse assunto, mas porque se está na Quaresma, Ela deseja que ao menos algumas frases...
E – Então fala dos sofrimentos secretos de Cristo, como tu os viste, em nome (...)!
B – Nós nos olhamos muito, não queríamos ver nada daquilo. Rodopiávamos à sua volta como setas e ferimo-nos uns aos outros, cheios de cólera e raiva (grita). Naturalmente, sabíamos o que se passava. É claro que sabemos mais do que se poderá pensar. Mas à essa, à esta Emmerich, foi tudo mostrado dum modo positivo. Ela viu, por exemplo, que no Jardim das Oliveiras, Nosso Senhor Jesus Cristo sofreu muito mais horrivelmente do que se poderia imaginar.
Mesmo durante a sua vida, várias vezes Ele suou sangue de angústia. Nós, demônios, perseguimo-lo horrivelmente no Jardim das Oliveiras. Ele viu como nós, numa multidão medonha, nos precipitávamos sobre Ele. Tínhamos as formas dos pecados, que os homens deveriam cometer mais tarde. Era nosso intento conseguir que, pela visão desse horror, o Filho de Deus perdesse a coragem de suportar esta Paixão.
Ele viu um horror imundo que lhe fez sair pelos poros um suor de sangue. Nestes momentos de obscuridade e horror abomináveis, Ele pensava que a sua Paixão, que era apenas dum homem – ele era Deus, mas nessa altura não se sentia mais que um homem – não chegaria para pagar e expiar um pecado tão grande. Quis-se retirar, tremia sob a violência do sofrimento. Foi então que apareceu um Anjo com o Cálice para o fortificar.
Na realidade, esse Cálice não era senão a aceitação daquele sofrimento. Ao beber o Cálice, Ele confirmava apenas que aceitava a Paixão (geme) e que estava disposto a beber todo o cálice até o fim (geme). Graças a isso, vós, poços de imundície, vereis um dia o Céu, (1) a que nós jamais teremos acesso (furioso).
Mais tarde, Cristo foi ainda flagelado. Durante a flagelação o seu corpo foi ferido e lacerado até os ossos. Quando foi crucificado já não tinha sequer metade dos seus cabelos. Tinham-lhos arrancado quase todos, o que, aliás, foi muito bem feito. Tinha uma figura elegante e pés de viajante. A força de tanto andar a pé, tinha a pele dura e calosa.
Ao contrário, as mãos eram muito finas, demasiado finas para carregarem uma cruz tão pesada. Se nós tivéssemos podido provar só um pouco do seu Sangue derramado, só uma gota, então também nós o haveríamos de adorar por toda a eternidade. Porém, Ele não no-lo permitiu. Para nós, já era demasiado tarde (rosna).
Depois, na cruz, quando foi suspenso, tudo ofereceu por vós. Fazer tudo aquilo pelos homens, atiçou ainda mais o furor do inferno. Quando estava suspenso na cruz, era como um verme, como já disse Akabor: já não era homem... por vós. Porque é que Ele fez aquilo por vós? Por nós não o teria feito (solta gemidos que comovem). Um verme e não um homem, esmagado por todos (chora)!
Era como se Ele tivesse tomado sobre si o peso dos pecados de toda a humanidade; parecera-lhe ser o maior dos criminosos. Parecia-lhe que fora abandonado e repudiado por Deus Pai, de tal modo os seus verdugos o tinham golpeado, picado, flagelado e por fim deixado a esvair-se em sangue (resmunga) E tudo isto Ele fez por vós! Porque é que nós não o conseguimos evitar (chora)?
Se o próprio Senhor tanto fez por vós, quanto não deveríeis reparar uns pelos outros para evitar que tantas almas fossem para o inferno? Ele, que era Deus e não tinha pecados, realizou algo extraordinário, algo que jamais será realizado por qualquer mortal: e se Ele sofreu torturas tão atrozes, então vós deveríeis passar por toda a vida sob o machado do carrasco. E isso não seria muito, não seria nada que não tivésseis merecido.
Mas os homens não compreendem isto. Só pensam em levar uma vida de gozo, apesar do seu Mestre ter marchado à sua frente, com a Cruz e o bom exemplo, e ter suportado tormentos infernais. Sim, Ele suportou tormentos infernais.
Mas durante pouco tempo. Nós próprios, no nosso ódio, admiramo-LO por ter feito tudo isto por vós! Jamais nos passara pela mente que Ele pudesse fazer uma tal coisa por um lixo imundo. Já o tínhamos previsto, mas nunca imaginávamos que fosse uma dádiva tão imensa.
Com tudo isto eu quero ainda dizer que é preciso insistir na necessidade, durante a Quaresma, de fazer penitência em união com Cristo Jesus. Durante quarenta dias Ele jejuou como nenhum homem mais jejuou ou jejuará... e também Ele sentiu a dureza da fome...

(1) Grande verdade esta: poços de imundície! É isso o que de fato nós somos! Jamais mereceremos os frutos da Paixão de Cristo, porque jamais nos dedicamos a compreender a integridade deste mistério. Por isso, na próxima seqüência de artigos em profecias, iremos trazer partes do Livro de Ana Catarina Emmerich. Acho que gostarão de saber!

A CRUZ E O SANTO SACRIFÍCIO DA MISSA ABREM O CÉU

B – Durante quarenta dias preparou-se para a Sua Vida pública e também para o Seu grande Sacrifício. Ele sabia que se tratava dum sacrifício tão vasto como o mundo, duma eficácia universal, que Ele, Deus, devia oferecer ao Todo Poderoso, em reparação da culpa do pecado, a fim de que vós pudésseis chegar à visão eterna de Deus.
Sem isto, na melhor das hipóteses, veríeis apenas o Paraíso, caso o conseguísseis. Iriam assim muito mais homens para o inferno, porque não teriam acesso às graças que obtém o Santo Sacrifício da Missa. São incalculáveis as graças decorrentes do Sacrifício incruento da Cruz, por cuja oferta, o Sangue de Cristo corre de novo.
Nós, lá em baixo (aponta para baixo), odiamos este Sacrifício da Missa, que é celebrado todos os dias em muitas Igrejas. Em muitas casas de Deus, nem sempre é convenientemente celebrado. Antigamente, era horrível para nós, quando se celebrava o tradicional Sacrifício da Missa.
Efetivamente, é a renovação do Sacrifício de Cristo na Cruz que apaga os pecados e que obtém graças extraordinárias para a salvação das almas, que, sem isso, se perderiam aos milhares e viriam para o inferno.
Devo ainda acrescentar isto (solta gemidos): não digo mais nada, não quero dizer mais nada. Eu não quero dizer mais nada, não posso continuar a falar. Se quiserdes que fale, é preciso que reciteis ainda um pequeno exorcismo. Lúcifer está furioso. Desejaria estrangular-me. Eu não devia ter dito estas coisas. Se continuo a falar, quando eu chegar lá abaixo, castiga-me.
E – (Recitação do exorcismo). Por ordem da Mãe de Deus, Lúcifer não poderá fazer-te mal, pois tu falaste para a Igreja! Ele não poderá fazer-te mal!
B – Eu era um grande Anjo, era o segundo em grandeza. É por esse motivo que Lúcifer se enfurece e diz: “Já que és tão grande, devias saber que não deves dizer tantos disparates. Devias ter mais cautela!” É isto que ele vai dizer (range os dentes com violência). Ela (aponta para cima) ordenou-me que falasse, porque eu estava presente na queda dos Anjos. Eu era o segundo em dignidade e é por isso que Ela me força a falar desta “porcaria.” Ela continua a ter poder sobre nós, os lá de baixo (resmunga).

Termina aqui o penúltimo ato deste trabalho


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GRITOS DAS TREVAS (Parte 8)





(Parte um) - (02/06/2003)

Neste capítulo, no que tange aos exorcismos em si, compreenderemos melhor o imenso poder que Deus deu à Nossa Senhora. O fato de Deus permitir – e obrigar – que estes fatos sejam revelados pelos demônios, não nos deveria espantar. Na verdade mesmo, os homens não querem crer, e por isso Deus Se obriga, por todos os meios, a nos alertar, para nos abrir os olhos. Outra coisa, o leitor deve ter percebido, durante as sessões anteriores, a pressão que Lúcifer e sua camarilha exercem contra o demônio que está sendo expulso, para que ele não fale, para que não denuncie ao mundo os artifícios do inferno. Eis que agora, a um dado momento, Nossa Senhora obriga a outro demônio maior, chamado Belzebu, muitíssimo mais poderoso qualquer alma caída, para que tom o lugar de Judas, e responda as perguntas que os exorcistas fazem, ou para que diga ao mundo, aquilo que o Céu o obriga a dizer.

Ora, este Belzebu é na verdade o segundo na hierarquia do inferno. Ele vem logo após Lúcifer, e por outras revelações se sabe que, já muitas vezes, nestes milênios desde a queda dos anjos, os dois se engalfinharam em lutas monumentais, pela disputa da supremacia do comando infernal. Porém Lúcifer é mais forte, ou seja, ele é ainda mais mau que este outro, e isso nunca mudará. Deste modo, como se trata de um dos mais poderosos demônios do inferno, a revelação também passa a ter também, um cunho ainda mais forte, mais profundo e mais revelador que os outros, porque ele conhece melhor a Deus e às suas coisas. Porém, foi sem espernear muito que Belzebu falou. E por ser um texto que passaria de vinte páginas, preferimos separá-lo em três textos distintos, porque assim se torna mais fácil de assimilação, uma vez que os leitores podem meditar melhor em cada um.

EXORCISMO DE 30 DE MARÇO DE 1976

Contra Judas Iscariotes (J) e
Belzebu, demônio do coro dos Arcanjos (B)

A VIRGEM SANTÍSSIMA COMANDA

E – Em nome de Jesus, diz-nos, quem tem de falar?
J – Judas tem de falar.... Por agora, isso é uma questão supérflua. Primeiramente é preciso por os vossos assuntos em ordem (rosna).
E – Em nome de Jesus, por em ordem, o que?
J – O assunto que se refere à publicação deste livro (rosna de novo). E isso ainda não é tudo.
E – Que significa “não é tudo?” Diz a verdade, tens de falar. Diz a verdade, em nome (...)!
J – Nós não queremos falar. Já não queremos dizer mais nada.
E – Em nome do Santíssimo Sacramento do Altar, que tu traíste, depois da Última Ceia, tens de falar agora!
J – Se eu tivesse sabido, nunca o teria traído!
E – Nessa santa tarde traíste Jesus e agora, em seu Nome, e em nome de todos os Santos Apóstolos e Papas, que não atraiçoaram Cristo tens de falar. Diz agora a verdade e só a verdade. Tens de falar, Judas Iscariotes!
J – O que está impresso, está em ordem, mas isso não é ainda tudo.
E – Então que é que falta? Diz a verdade em nome (...)!
J – É precisamente isso que nós queremos dizer. Ide para casa, ide-vos embora.
E – Não, agora não vamos para casa! Agora tem de falar Judas Iscariotes e belzebu. Nós vos ordenamos que digas só a verdade!
J – Como nós (aponta para cima) A odiamos! (geme) Não nos podeis exigir isso!
E – Podemos sim! Ela é vossa Rainha e Soberana. Todo o inferno lhe deve obedecer!
J – De acordo, Ela, (aponta para cima), de acordo, Ela deve... (geme como um miserável), Ela lá está com coroa e cetro e sobre a coroa tem essa cruz (os seus gritos comovem). Oh! Como A tememos!
Nós não queremos que uma mulher mande em nós, não queremos. Tenho de repetir coisas que já foram ditas e tenho de acrescentar coisas novas.
Sem entrar em pormenores, Véroba disse que as vossas orações eram um paradoxo, pois sem elas o Aviso já teria surgido. No entanto, o verdadeiro motivo deste retardamento é outro: é para que mais alguns homens ainda se salvem.
A Santíssima Virgem quer que este maldito livro seja largamente difundido (1). E isso era só o que nos faltava; que todo o mundo soubesse o que nós tramamos. As pessoas poderiam talvez mudar de vida, começariam certamente a mudar de vida, começariam certamente a duvidar de tudo o que nós propagamos através de Roma, e voltar-se-iam para a antiga tradição. Só nos faltava mais esta, só nos faltava mais esta.
É claro que Ela (aponta para cima) quer que digamos outras coisas.
E – Tens que dizer a verdade, em nome (...)! Tens de falar para a Igreja!
J – Já fiz demais pela Igreja, por esse maldito “caixote de lixo.”(2)
E – Fala agora para a Igreja, a Santa Igreja, que jamais perecerá, em nome (...)!
J – Bem! Não tenho outro remédio senão falar.
E – Sim, as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Vós não tendes poder para destruir a Igreja.
J – Sobre a Igreja falaremos mais tarde. Primeiro eu quero continuar com o tema que estava a tratar. Da Igreja falaremos mais tarde!
Ela quer que eu ainda acrescente mais qualquer coisa ao assunto do sexo e aos problemas da juventude. Ela quer que todos saibam que é preciso falar do altar, sobre esses assuntos, que é preciso pregar sobre as virtudes (respira com dificuldade); que é preciso que todos saibam, como a culpa pesa... ouvis?... como pesa e aonde conduz.
E – Que culpa, fala em nome (...)!

(1) Embora ele seja autorizado a dizer a palavra “maldito”, referindo-se a este livro, o sentido é: maldito para o inferno, no sentido de ruim para o inferno, não para Deus.
(2) Devemos compreender aqui, que estas expressões de baixo calão contra a Igreja não procedem do Céu e sim dos próprios espíritos maus. Mas como viram, quando a expressão tenta ser dirigida contra Deus, ou contra a Igreja, até ela é indicada, mas jamais blasfêmia alguma do inferno será pronunciada contra Maria Santíssima. Quando ele cita, então, a Igreja como um caixote de lixo, de certa forma é porque ela está sendo feita assim.

OS PECADOS DOS HOMENS

J – A culpa dos pecados em geral e de cada pecado em particular. Poder-se-á falar de cada um destes pecados separadamente, em sermões diferentes, ou agrupá-los num mesmo sermão, como for mais útil a cada um, mas antes deve invocar-se sempre o Espírito Santo.
É preciso que a juventude, que os crentes, tomem consciência da gravidade do pecado, de como ele é imensamente grave e funesto, de onde vem e aonde conduz, como vem, como poderia evitar-se, o que é preciso fazer para o atenuar, para o eliminar completamente. (geme).
Em primeiro lugar é preciso dizer que a oração é um dos pilares mais sólidos, em que assenta a vida cristã. É preciso proclamá-lo dos púlpitos e não ao microfone. Mil microfones não substituem o púlpito. Quando um Padre fala do púlpito, os fiéis ficam diretamente suspensos da Palavra de Deus. Não olham para frente, para trás, para os lados, numa palavra, evitam qualquer possibilidade de distração e podem concentra-se muito melhor. Sim, já foi dito, mas é preciso que eu volte a repeti-lo, é preciso que seja referido mais uma vez.
E – Quando é que tu falaste disto, Judas Iscariotes? Ainda te lembras? Fala em nome (...)!
J – Sim, em 31 de Outubro.
E – Continua, continua em nome (...)!
J – A culpa é muito maior do que qualquer um de vós o poderá imaginar. Nós, os demônios somos horríveis. Temos medo uns dos outros. Temos um aspecto horrível. É-nos insuportável estar próximo uns dos outros. Se ao menos não tivéssemos que nos encarar! Mas temos, a isso somos obrigados! Temos que viver neste charco diabólico por toda a eternidade, e temos que nos encarar.
Quando somos obrigados a olhar o pecado ou a culpa nos homens, apodera-se de nós um grande terror. Podereis, assim, imaginar a gravidade da culpa, que consegue aterrorizar–nos, a nós demônios, habituados à tantas coisas, que permanecemos dia e noite neste horrível tormento, que somos obrigados a contemplar hora à hora, minuto a minuto, este espetáculo, terrível entre os terríveis. O pecado aterroriza-nos. Assim, podereis imaginar a gravidade da culpa, sobretudo diante d’Aquele que está lá em cima (aponta para cima) e cuja majestade ultrapassa. Tinha de dizer isto (geme dum modo lastimoso)!

A MAJESTADE DE DEUS

Se conhecêsseis a Sua Majestade (aponta para o alto)!
(neste momento Belzebu é obrigado a falar ao invés de Judas)
Não é Judas que o diz, é belzebu. Sou eu, belzebu, quem a partir deste momento vai falar.
E – Bom, tu conheceste melhor do que Judas a majestade de Deus. Fala, em nome (...)!
B – É que Judas não contemplou a majestade de Deus. Isto é, ele viu a humanidade de Deus e a partir dela conseguiu deduzir algo da sua majestade. Mas Judas não viu Deus na sua grande majestade, como eu o vi (suspira). Sabeis como é?
Eu vi-o, isto é, não como vocês o hão de ver um dia. Mas pude compreender a sua grandeza e uma grande parte foi-me dada a sentir e a conhecer. Nós não possuíamos ainda a beatitude total perfeita, mas já tínhamos atingido um grau elevado (1). Mas tínhamos inveja d’Ela (aponta para o alto), nós não queríamos dar-lhe o prazer de nos governar ou dominar. Daí deriva o que irá seguir-se. De fato, Ela é-nos superior, é-nos terrivelmente superior.

(1) Já explicamos parte desta questão da formação dos anjos no início do artigo anterior. Eles não foram criados, completos, plenos, já prontos e dotados de todos os seus dons. Ao tempo da revolta deles, sob o comando de Lúcifer, os anjos ainda estavam em formação. E sem eles o saberem, Deus os preparava para darem a Ele uma demonstração de que mereceriam, o Seu imenso Amor. Ou seja, eles teriam que provar para Deus – pois como nós eram livres para dizer sim e não – que eram dignos de viver eternamente na Santa presença do Criador para todo o sempre. E aqui fica muito claro que o motivo principal, a centelha maior, que incendiou aqueles espíritos caídos, foi o fato de não se sujeitarem a obedecer a Maria, que por ser Mulher, era considerada um ser inferior por eles. Este o motivo pelo qual se revoltaram e foram expulsos do Céu. Inveja, orgulho, desobediência, ódio! E foi ali que o pecado começou a existir.

MARIA, MÃE DA IGREJA.

E – Fala Belzebu em nome do Pai (...) e sob as ordens da Imaculada Conceição!
B – Foi precisamente a mim que Ela escolheu para dizer isto. Se Ela tivesse escolhido Allida, mas Ela quer que seja eu. Agora, escutai bem! Tenho de falar, Ela obriga-me.
Ela lá está, com a coroa e o cetro. Ela lá está, quase que me esmaga. Foi assim: a princípio, com os Apóstolos, quando Ela, a Mãe (aponta para cima), vivia ainda, foi Ela por assim dizer, a orientadora da Igreja, que começava a dar os seus primeiros passos. Ela tinha que rezar para que a Igreja se desenvolvesse convenientemente, para que se desenvolvesse como (rosna)... como devia desenvolver-se, segundo a vontade do Espírito Santo.
Ela ficava dia e noite de joelhos, rezava para que a Igreja crescesse e se libertasse do Antigo, isto é, da lei mosaica e que a circuncisão desaparecesse. Ela compreendia que a circuncisão fora conveniente numa determinada época e que, segundo a lei dessa época, tinha sido necessária. Mas depois da vinda de Cristo e da Sua obra, já não o era. Jesus Cristo ainda se submetera à circuncisão, mas Ele não queria que ela continuasse. A partir desse momento existia o Santo Sacrifício da Missa (rosna).
A Santíssima Virgem estava presente, quando os Apóstolos celebraram a primeira Missa. Depois da Ascensão de Cristo, a Santíssima Virgem participava sempre da Santa Missa celebrada pelos Apóstolos e recebia a Sagrada Comunhão. Preparavam-se durante horas para a Santa Missa. Quem é que procede assim, nos tempos de hoje? Poucos ou nenhum. Muitas vezes os Apóstolos preparavam-se dias inteiros só para a celebração de uma Missa.
Certa ocasião, a Santíssima Virgem retirou-se durante dez dias para rezar dia e noite. Então foi levada ao Céu e pode contemplar a majestade infinita de Deus. Deus, a Santíssima Trindade, ordenou-nos a nós, lá em baixo, que subíssemos do inferno (aponta primeiro para baixo e depois para cima). Ainda não era a esfera celestial perfeita, mas já era uma esfera superior. Fomos obrigados a subir e a contemplar essa criatura, quer o desejássemos, quer não. A Santíssima Trindade obrigou-nos a contemplá-La, na sua majestade, quase perfeita. A sua majestade e esplendor eram maiores do que quando a tínhamos visto anteriormente. A Santíssima Virgem vencera, tinha-nos vencido. Vimô-lA revestida de Sol. Seja como for, vimô-lA em grande majestade, com a lua a Seus pés, isto é, o mundo. O mundo inteiro é significado pela lua, que Ela tem aos pés, e como adversário a serpente, que representa a nós.
Como nós suplicamos a Deus! Como nós imploramos à Majestade Divina, que afastasse aquela visão! Até lhe suplicamos que nos precipitasse imediatamente ao inferno, a fim de que nos pudéssemos afundar nas esferas infernais, de tal modo nos era difícil suportar o seu olhar! Mas Ele não nos deixou partir. Tivemos ainda de suportar uns momentos aquele olhar terrível (solta gemidos cheios de desespero).
Não podeis imaginar o tempo que passamos em deliberações para descobrir a melhor forma de enfraquecer ou molestar, nem que fosse só um pouco, aquela criatura! (aponta para cima). Mas nada conseguimos. Ela vencia-nos em toda a parte. Era soberana em toda a parte. Durante anos, durante séculos, deliberamos, para vencer o que podíamos, o que poderíamos fazer, quando Ela lá estivesse. E quando isso aconteceu, nós nem sequer A reconhecemos imediatamente...
E – Não A reconheceram imediatamente?
B - ...Imediatamente, não. Sentimos que devia ser Ela. Sentimos que devia tratar-se duma criatura extraordinária, incrivelmente virtuosa, sobre quem não tínhamos qualquer poder. O porque não compreendemos logo (rosna e geme violentamente)... nem compreendemos quem se escondia lá atrás. Eu, Belzebu, e Lúcifer, nós convocamos todo o Conselho.(1) Quando tivemos a certeza absoluta de que era Ela, deliberamos longamente, dia e noite, a ver o que poderíamos fazer para a prejudicar. Até convocamos os melhores mágicos.
Ordenamos-lhe que a (aponta para cima) molestassem, no seu corpo e na sua alma, para que a sua força enfraquecesse, a sua oração não nos fosse tão desastrosa, e para que deixasse de exercer um poder tão grande. Nós já víamos que seria Ela quem teria, mais tarde, a Igreja nas mãos. O próprio Pedro caía a seus pés, quando era preciso (resmunga).
Ela tem um poder imenso, porque Ela é a criatura mais perfeita e a mais amada por Deus. Foi (é ainda) um ser duma perfeição incrível. Depois de Deus, está milhares e milhares de vezes acima das criaturas. Mesmo o seu esposo, S. José, que estava milhares e milhares de vezes acima dos outros homens, era-lhe ainda imensamente inferior.
Então prosseguimos nas nossas deliberações, e os feiticeiros concordaram fazer tudo, para a molestar. Tudo tentaram, mas Ela perseverava na oração e continuava imperturbável. Apercebia-se certamente do que fazíamos, mas nada conseguimos. Não conseguimos molestar esta terrível (2) criatura, pois Ela não estava submetida no pecado original como o resto da humanidade.
Nem mágicos, nem feiticeiros, nem ninguém lhe poderia fazer mal. Nós, demônios e os feiticeiros, só podemos molestar as criaturas humanas, e dum modo especial, os possessos. Mas sobre Ela, os mágicos infernais não tinham qualquer influência. Acometeu-nos então uma fúria infernal, um furor louco de que só o inferno é capaz, quando verificamos que todos eles nada podiam contra esta criatura incompreensível, predestinada por Deus. Então precipitamo-nos sobre mágicos e feiticeiros e neles descarregamos todo o nosso furor (3). Receberam o dobro do mal que lhe (aponta para cima) deviam ter feito (geme).
É para mim um tormento horrível que tenha de ser eu a falar destas coisas. Precisamente eu!... Deixa-me em paz. A mulher (refere-se a possessa) tem quase um ataque cardíaco; deixa-me em paz!
E – É a Santíssima Virgem que te ordena...
B – Nós não queremos falar mais, não!
E – Tens de falar! Fala!
Não se pode descrever a fúria do inferno quando se viu que todas as nossas tentativas tinham sido vãs. Como nada tínhamos conseguido, voltamos a refletir na maneira de a molestar, mas Ela destruiu os nossos intentos perversos e tudo o mais. Ela é mais poderosa do que nós. É que Ela era uma criatura escolhida por Deus, escolhida dum modo especial.
Enquanto a Terra subsistir até ao fim do mundo, nunca se encontrará ninguém que se assemelhe, e desde o começo do mundo até a eternidade jamais haverá alguém que se lhe possa igualar. E Ele, lá em cima (indica os Céus), não podia ter imaginado nada mais atroz, não podia lembrar-se de nada mais vergonhoso, do que obrigar-nos a subir a essa Esfera para nos apresentar esta criatura. Isso foi para nós uma terrível derrota (fala em tom lamuriento).
Teríamos preferido ficar no fundo do inferno, no meio do fogo mais cruel, a ser obrigados a contemplar essa... Nós não podemos dizer o que queremos, mas se isso fosse possível, gostaria de usar expressões bem mais injuriosas. Ela não o permite.
Sermos forçados a contemplar esta criatura, revestida da maior Santidade com coroa e cetro, eleita pelo Altíssimo (lança gritos medonhos), foi ultraje para nós. Tenho ainda essa visão diante dos olhos. E essa visão de então, enlouquece-nos ainda (grita).
É como se tudo tivesse sucedido hoje, e o mesmo se passa com os outros. Ainda agora isso nos faz saltar de raiva. Quando pudemos – foi mais uma autorização que uma ordem – voltar ao inferno, lançamo-nos em fúria uns contra os outros. Podeis imaginar como nos maltratamos... pois era-nos insuportável ter de nos ver uns aos outros. É horrível sentirmo-nos dominados por uma criatura assim, por uma mulher! É horrível! É uma loucura!
Relacionado com esta ocasião, devo acrescentar mais uma coisa... (uiva e grita dum modo horrível). Quando Ela foi chamada a colaborar na formação da Igreja, fundada por Seu Filho, mergulhava de tal modo na oração, que o Todo-Poderoso teria vontade de segurá-la nas Suas mãos, tal era o Seu deleite.

(1) Palavra que utiliza a grande vidente espanhola Madre Agreda. Foi durante um 2º Conselho diabólico, depois da morte de Jesus, que se estabeleceu o novo plano de domínio do mundo. O demônio fala aqui no primeiro Conselho, realizado depois de verificarem a identidade de Maria e de suspeitarem da Sua Missão.

(2) Aqui o termo “terrível” deve ser entendido como: Terrível para os demônios! Terrível para o inferno! De fato, Maria é o maior terror dos demônios! Pelo que se viu até aqui, até mesmo a majestade de Deus parece assustar menos ao inferno, que Maria. Quando é que todos os homens entenderão a missão desta Mulher?

(3) Aqui a prova do quanto os demônios mais poderosos – os mais maus – de uma certa forma, tiranizam, perseguem e causam mal aos demônios menores. E claro que esta tiranização e esta opressão lhes causa mais sofrimento. Tudo isso nos deve levar a uma meditação profunda, para que façamos tudo, o possível e o impossível, para que ninguém caia naquele antro de sofrimento eterno.

De fato, fica aqui, muito claro, o imenso poder que Deus deu à Nossa querida Mãe do Céu. Há se todos os irmãos separados compreendessem esta incrível verdade. Os demônios sabem, desde os primórdios do cristianismo, que serão derrotados por ela, aliás, já foram, porque isso está escrito em letras grandes no Céu. E isso, para os demônios, depois do sofrimento de se verem eternamente separados de Deus, é seguramente a sua segunda causa maior de tormento eterno. Justo aquilo que eles não queriam, serem, um dia, derrotados por uma Mulher, acontecerá. Justo Aquela Mulher que eles se negaram a obedecer, no início, porque se achavam orgulhosamente superiores a todas as criaturas. Sim, a sua fúria contra Ela se expandiu nestes séculos e embora seus bruxos infernais não tivessem achado fórmula de a derrotar, sequer descobriram um meio de chegar perto Dela, eles não desistem, porque, nesta luta encarniçada, acabam sempre levando alguns dos incautos filhos de Maria à perdição Eterna. Sim, estes filhos incautos são o calcanhar (Gn 3,15) de Maria Santíssima, ou seja, o seu ponto fraco, e somente neles os demônios impotentes se podem vingar.

E entre estes que se perdem, estão certamente aqueles que rejeitam também Maria, em especial os avisos que ela tem transmitido em suas aparições. Certo que a maioria dos homens não conhece nada sobre Maria, já porque os demônios lhes esconderam isso. Mas é certo, também, que os filhos que se entregam docilmente ao comando Dela, nem precisam ver com seus olhos a sua majestade: Basta sentirem em seus corações os influxos poderosos das graças que Dela partem. E é justo por causa destes, os que rezam, especialmente os que rezam o Rosário, que Deus ampliou o tempo da misericórdia, para que ainda algumas milhões de almas se salvem. Afinal, foi devido às súplicas de Maria – a nossa onipotência suplicante – que Deus mandará à terra um Aviso e um Milagre, que numa explosão suprema do Espírito de Deus, acabarão por converter a maioria absoluta dos homens de hoje. Eis porque o inferno tanto teme estes dois eventos.

Coloquemo-nos, cada vez mais nos braços de Maria!
Ela nos levará, cada vez mais para os braços de seu filho Jesus!
E com ela venceremos!

Aarão!


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GRITOS DAS TREVAS (Parte 8)



(Parte um) - (02/06/2003)

Neste capítulo, no que tange aos exorcismos em si, compreenderemos melhor o imenso poder que Deus deu à Nossa Senhora. O fato de Deus permitir – e obrigar – que estes fatos sejam revelados pelos demônios, não nos deveria espantar. Na verdade mesmo, os homens não querem crer, e por isso Deus Se obriga, por todos os meios, a nos alertar, para nos abrir os olhos. Outra coisa, o leitor deve ter percebido, durante as sessões anteriores, a pressão que Lúcifer e sua camarilha exercem contra o demônio que está sendo expulso, para que ele não fale, para que não denuncie ao mundo os artifícios do inferno. Eis que agora, a um dado momento, Nossa Senhora obriga a outro demônio maior, chamado Belzebu, muitíssimo mais poderoso qualquer alma caída, para que tom o lugar de Judas, e responda as perguntas que os exorcistas fazem, ou para que diga ao mundo, aquilo que o Céu o obriga a dizer.

Ora, este Belzebu é na verdade o segundo na hierarquia do inferno. Ele vem logo após Lúcifer, e por outras revelações se sabe que, já muitas vezes, nestes milênios desde a queda dos anjos, os dois se engalfinharam em lutas monumentais, pela disputa da supremacia do comando infernal. Porém Lúcifer é mais forte, ou seja, ele é ainda mais mau que este outro, e isso nunca mudará. Deste modo, como se trata de um dos mais poderosos demônios do inferno, a revelação também passa a ter também, um cunho ainda mais forte, mais profundo e mais revelador que os outros, porque ele conhece melhor a Deus e às suas coisas. Porém, foi sem espernear muito que Belzebu falou. E por ser um texto que passaria de vinte páginas, preferimos separá-lo em três textos distintos, porque assim se torna mais fácil de assimilação, uma vez que os leitores podem meditar melhor em cada um.

EXORCISMO DE 30 DE MARÇO DE 1976

Contra Judas Iscariotes (J) e
Belzebu, demônio do coro dos Arcanjos (B)

A VIRGEM SANTÍSSIMA COMANDA

E – Em nome de Jesus, diz-nos, quem tem de falar?
J – Judas tem de falar.... Por agora, isso é uma questão supérflua. Primeiramente é preciso por os vossos assuntos em ordem (rosna).
E – Em nome de Jesus, por em ordem, o que?
J – O assunto que se refere à publicação deste livro (rosna de novo). E isso ainda não é tudo.
E – Que significa “não é tudo?” Diz a verdade, tens de falar. Diz a verdade, em nome (...)!
J – Nós não queremos falar. Já não queremos dizer mais nada.
E – Em nome do Santíssimo Sacramento do Altar, que tu traíste, depois da Última Ceia, tens de falar agora!
J – Se eu tivesse sabido, nunca o teria traído!
E – Nessa santa tarde traíste Jesus e agora, em seu Nome, e em nome de todos os Santos Apóstolos e Papas, que não atraiçoaram Cristo tens de falar. Diz agora a verdade e só a verdade. Tens de falar, Judas Iscariotes!
J – O que está impresso, está em ordem, mas isso não é ainda tudo.
E – Então que é que falta? Diz a verdade em nome (...)!
J – É precisamente isso que nós queremos dizer. Ide para casa, ide-vos embora.
E – Não, agora não vamos para casa! Agora tem de falar Judas Iscariotes e belzebu. Nós vos ordenamos que digas só a verdade!
J – Como nós (aponta para cima) A odiamos! (geme) Não nos podeis exigir isso!
E – Podemos sim! Ela é vossa Rainha e Soberana. Todo o inferno lhe deve obedecer!
J – De acordo, Ela, (aponta para cima), de acordo, Ela deve... (geme como um miserável), Ela lá está com coroa e cetro e sobre a coroa tem essa cruz (os seus gritos comovem). Oh! Como A tememos!
Nós não queremos que uma mulher mande em nós, não queremos. Tenho de repetir coisas que já foram ditas e tenho de acrescentar coisas novas.
Sem entrar em pormenores, Véroba disse que as vossas orações eram um paradoxo, pois sem elas o Aviso já teria surgido. No entanto, o verdadeiro motivo deste retardamento é outro: é para que mais alguns homens ainda se salvem.
A Santíssima Virgem quer que este maldito livro seja largamente difundido (1). E isso era só o que nos faltava; que todo o mundo soubesse o que nós tramamos. As pessoas poderiam talvez mudar de vida, começariam certamente a mudar de vida, começariam certamente a duvidar de tudo o que nós propagamos através de Roma, e voltar-se-iam para a antiga tradição. Só nos faltava mais esta, só nos faltava mais esta.
É claro que Ela (aponta para cima) quer que digamos outras coisas.
E – Tens que dizer a verdade, em nome (...)! Tens de falar para a Igreja!
J – Já fiz demais pela Igreja, por esse maldito “caixote de lixo.”(2)
E – Fala agora para a Igreja, a Santa Igreja, que jamais perecerá, em nome (...)!
J – Bem! Não tenho outro remédio senão falar.
E – Sim, as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Vós não tendes poder para destruir a Igreja.
J – Sobre a Igreja falaremos mais tarde. Primeiro eu quero continuar com o tema que estava a tratar. Da Igreja falaremos mais tarde!
Ela quer que eu ainda acrescente mais qualquer coisa ao assunto do sexo e aos problemas da juventude. Ela quer que todos saibam que é preciso falar do altar, sobre esses assuntos, que é preciso pregar sobre as virtudes (respira com dificuldade); que é preciso que todos saibam, como a culpa pesa... ouvis?... como pesa e aonde conduz.
E – Que culpa, fala em nome (...)!

(1) Embora ele seja autorizado a dizer a palavra “maldito”, referindo-se a este livro, o sentido é: maldito para o inferno, no sentido de ruim para o inferno, não para Deus.
(2) Devemos compreender aqui, que estas expressões de baixo calão contra a Igreja não procedem do Céu e sim dos próprios espíritos maus. Mas como viram, quando a expressão tenta ser dirigida contra Deus, ou contra a Igreja, até ela é indicada, mas jamais blasfêmia alguma do inferno será pronunciada contra Maria Santíssima. Quando ele cita, então, a Igreja como um caixote de lixo, de certa forma é porque ela está sendo feita assim.

OS PECADOS DOS HOMENS

J – A culpa dos pecados em geral e de cada pecado em particular. Poder-se-á falar de cada um destes pecados separadamente, em sermões diferentes, ou agrupá-los num mesmo sermão, como for mais útil a cada um, mas antes deve invocar-se sempre o Espírito Santo.
É preciso que a juventude, que os crentes, tomem consciência da gravidade do pecado, de como ele é imensamente grave e funesto, de onde vem e aonde conduz, como vem, como poderia evitar-se, o que é preciso fazer para o atenuar, para o eliminar completamente. (geme).
Em primeiro lugar é preciso dizer que a oração é um dos pilares mais sólidos, em que assenta a vida cristã. É preciso proclamá-lo dos púlpitos e não ao microfone. Mil microfones não substituem o púlpito. Quando um Padre fala do púlpito, os fiéis ficam diretamente suspensos da Palavra de Deus. Não olham para frente, para trás, para os lados, numa palavra, evitam qualquer possibilidade de distração e podem concentra-se muito melhor. Sim, já foi dito, mas é preciso que eu volte a repeti-lo, é preciso que seja referido mais uma vez.
E – Quando é que tu falaste disto, Judas Iscariotes? Ainda te lembras? Fala em nome (...)!
J – Sim, em 31 de Outubro.
E – Continua, continua em nome (...)!
J – A culpa é muito maior do que qualquer um de vós o poderá imaginar. Nós, os demônios somos horríveis. Temos medo uns dos outros. Temos um aspecto horrível. É-nos insuportável estar próximo uns dos outros. Se ao menos não tivéssemos que nos encarar! Mas temos, a isso somos obrigados! Temos que viver neste charco diabólico por toda a eternidade, e temos que nos encarar.
Quando somos obrigados a olhar o pecado ou a culpa nos homens, apodera-se de nós um grande terror. Podereis, assim, imaginar a gravidade da culpa, que consegue aterrorizar–nos, a nós demônios, habituados à tantas coisas, que permanecemos dia e noite neste horrível tormento, que somos obrigados a contemplar hora à hora, minuto a minuto, este espetáculo, terrível entre os terríveis. O pecado aterroriza-nos. Assim, podereis imaginar a gravidade da culpa, sobretudo diante d’Aquele que está lá em cima (aponta para cima) e cuja majestade ultrapassa. Tinha de dizer isto (geme dum modo lastimoso)!

A MAJESTADE DE DEUS

Se conhecêsseis a Sua Majestade (aponta para o alto)!
(neste momento Belzebu é obrigado a falar ao invés de Judas)
Não é Judas que o diz, é belzebu. Sou eu, belzebu, quem a partir deste momento vai falar.
E – Bom, tu conheceste melhor do que Judas a majestade de Deus. Fala, em nome (...)!
B – É que Judas não contemplou a majestade de Deus. Isto é, ele viu a humanidade de Deus e a partir dela conseguiu deduzir algo da sua majestade. Mas Judas não viu Deus na sua grande majestade, como eu o vi (suspira). Sabeis como é?
Eu vi-o, isto é, não como vocês o hão de ver um dia. Mas pude compreender a sua grandeza e uma grande parte foi-me dada a sentir e a conhecer. Nós não possuíamos ainda a beatitude total perfeita, mas já tínhamos atingido um grau elevado (1). Mas tínhamos inveja d’Ela (aponta para o alto), nós não queríamos dar-lhe o prazer de nos governar ou dominar. Daí deriva o que irá seguir-se. De fato, Ela é-nos superior, é-nos terrivelmente superior.

(1) Já explicamos parte desta questão da formação dos anjos no início do artigo anterior. Eles não foram criados, completos, plenos, já prontos e dotados de todos os seus dons. Ao tempo da revolta deles, sob o comando de Lúcifer, os anjos ainda estavam em formação. E sem eles o saberem, Deus os preparava para darem a Ele uma demonstração de que mereceriam, o Seu imenso Amor. Ou seja, eles teriam que provar para Deus – pois como nós eram livres para dizer sim e não – que eram dignos de viver eternamente na Santa presença do Criador para todo o sempre. E aqui fica muito claro que o motivo principal, a centelha maior, que incendiou aqueles espíritos caídos, foi o fato de não se sujeitarem a obedecer a Maria, que por ser Mulher, era considerada um ser inferior por eles. Este o motivo pelo qual se revoltaram e foram expulsos do Céu. Inveja, orgulho, desobediência, ódio! E foi ali que o pecado começou a existir.

MARIA, MÃE DA IGREJA.

E – Fala Belzebu em nome do Pai (...) e sob as ordens da Imaculada Conceição!
B – Foi precisamente a mim que Ela escolheu para dizer isto. Se Ela tivesse escolhido Allida, mas Ela quer que seja eu. Agora, escutai bem! Tenho de falar, Ela obriga-me.
Ela lá está, com a coroa e o cetro. Ela lá está, quase que me esmaga. Foi assim: a princípio, com os Apóstolos, quando Ela, a Mãe (aponta para cima), vivia ainda, foi Ela por assim dizer, a orientadora da Igreja, que começava a dar os seus primeiros passos. Ela tinha que rezar para que a Igreja se desenvolvesse convenientemente, para que se desenvolvesse como (rosna)... como devia desenvolver-se, segundo a vontade do Espírito Santo.
Ela ficava dia e noite de joelhos, rezava para que a Igreja crescesse e se libertasse do Antigo, isto é, da lei mosaica e que a circuncisão desaparecesse. Ela compreendia que a circuncisão fora conveniente numa determinada época e que, segundo a lei dessa época, tinha sido necessária. Mas depois da vinda de Cristo e da Sua obra, já não o era. Jesus Cristo ainda se submetera à circuncisão, mas Ele não queria que ela continuasse. A partir desse momento existia o Santo Sacrifício da Missa (rosna).
A Santíssima Virgem estava presente, quando os Apóstolos celebraram a primeira Missa. Depois da Ascensão de Cristo, a Santíssima Virgem participava sempre da Santa Missa celebrada pelos Apóstolos e recebia a Sagrada Comunhão. Preparavam-se durante horas para a Santa Missa. Quem é que procede assim, nos tempos de hoje? Poucos ou nenhum. Muitas vezes os Apóstolos preparavam-se dias inteiros só para a celebração de uma Missa.
Certa ocasião, a Santíssima Virgem retirou-se durante dez dias para rezar dia e noite. Então foi levada ao Céu e pode contemplar a majestade infinita de Deus. Deus, a Santíssima Trindade, ordenou-nos a nós, lá em baixo, que subíssemos do inferno (aponta primeiro para baixo e depois para cima). Ainda não era a esfera celestial perfeita, mas já era uma esfera superior. Fomos obrigados a subir e a contemplar essa criatura, quer o desejássemos, quer não. A Santíssima Trindade obrigou-nos a contemplá-La, na sua majestade, quase perfeita. A sua majestade e esplendor eram maiores do que quando a tínhamos visto anteriormente. A Santíssima Virgem vencera, tinha-nos vencido. Vimô-lA revestida de Sol. Seja como for, vimô-lA em grande majestade, com a lua a Seus pés, isto é, o mundo. O mundo inteiro é significado pela lua, que Ela tem aos pés, e como adversário a serpente, que representa a nós.
Como nós suplicamos a Deus! Como nós imploramos à Majestade Divina, que afastasse aquela visão! Até lhe suplicamos que nos precipitasse imediatamente ao inferno, a fim de que nos pudéssemos afundar nas esferas infernais, de tal modo nos era difícil suportar o seu olhar! Mas Ele não nos deixou partir. Tivemos ainda de suportar uns momentos aquele olhar terrível (solta gemidos cheios de desespero).
Não podeis imaginar o tempo que passamos em deliberações para descobrir a melhor forma de enfraquecer ou molestar, nem que fosse só um pouco, aquela criatura! (aponta para cima). Mas nada conseguimos. Ela vencia-nos em toda a parte. Era soberana em toda a parte. Durante anos, durante séculos, deliberamos, para vencer o que podíamos, o que poderíamos fazer, quando Ela lá estivesse. E quando isso aconteceu, nós nem sequer A reconhecemos imediatamente...
E – Não A reconheceram imediatamente?
B - ...Imediatamente, não. Sentimos que devia ser Ela. Sentimos que devia tratar-se duma criatura extraordinária, incrivelmente virtuosa, sobre quem não tínhamos qualquer poder. O porque não compreendemos logo (rosna e geme violentamente)... nem compreendemos quem se escondia lá atrás. Eu, Belzebu, e Lúcifer, nós convocamos todo o Conselho.(1) Quando tivemos a certeza absoluta de que era Ela, deliberamos longamente, dia e noite, a ver o que poderíamos fazer para a prejudicar. Até convocamos os melhores mágicos.
Ordenamos-lhe que a (aponta para cima) molestassem, no seu corpo e na sua alma, para que a sua força enfraquecesse, a sua oração não nos fosse tão desastrosa, e para que deixasse de exercer um poder tão grande. Nós já víamos que seria Ela quem teria, mais tarde, a Igreja nas mãos. O próprio Pedro caía a seus pés, quando era preciso (resmunga).
Ela tem um poder imenso, porque Ela é a criatura mais perfeita e a mais amada por Deus. Foi (é ainda) um ser duma perfeição incrível. Depois de Deus, está milhares e milhares de vezes acima das criaturas. Mesmo o seu esposo, S. José, que estava milhares e milhares de vezes acima dos outros homens, era-lhe ainda imensamente inferior.
Então prosseguimos nas nossas deliberações, e os feiticeiros concordaram fazer tudo, para a molestar. Tudo tentaram, mas Ela perseverava na oração e continuava imperturbável. Apercebia-se certamente do que fazíamos, mas nada conseguimos. Não conseguimos molestar esta terrível (2) criatura, pois Ela não estava submetida no pecado original como o resto da humanidade.
Nem mágicos, nem feiticeiros, nem ninguém lhe poderia fazer mal. Nós, demônios e os feiticeiros, só podemos molestar as criaturas humanas, e dum modo especial, os possessos. Mas sobre Ela, os mágicos infernais não tinham qualquer influência. Acometeu-nos então uma fúria infernal, um furor louco de que só o inferno é capaz, quando verificamos que todos eles nada podiam contra esta criatura incompreensível, predestinada por Deus. Então precipitamo-nos sobre mágicos e feiticeiros e neles descarregamos todo o nosso furor (3). Receberam o dobro do mal que lhe (aponta para cima) deviam ter feito (geme).
É para mim um tormento horrível que tenha de ser eu a falar destas coisas. Precisamente eu!... Deixa-me em paz. A mulher (refere-se a possessa) tem quase um ataque cardíaco; deixa-me em paz!
E – É a Santíssima Virgem que te ordena...
B – Nós não queremos falar mais, não!
E – Tens de falar! Fala!
Não se pode descrever a fúria do inferno quando se viu que todas as nossas tentativas tinham sido vãs. Como nada tínhamos conseguido, voltamos a refletir na maneira de a molestar, mas Ela destruiu os nossos intentos perversos e tudo o mais. Ela é mais poderosa do que nós. É que Ela era uma criatura escolhida por Deus, escolhida dum modo especial.
Enquanto a Terra subsistir até ao fim do mundo, nunca se encontrará ninguém que se assemelhe, e desde o começo do mundo até a eternidade jamais haverá alguém que se lhe possa igualar. E Ele, lá em cima (indica os Céus), não podia ter imaginado nada mais atroz, não podia lembrar-se de nada mais vergonhoso, do que obrigar-nos a subir a essa Esfera para nos apresentar esta criatura. Isso foi para nós uma terrível derrota (fala em tom lamuriento).
Teríamos preferido ficar no fundo do inferno, no meio do fogo mais cruel, a ser obrigados a contemplar essa... Nós não podemos dizer o que queremos, mas se isso fosse possível, gostaria de usar expressões bem mais injuriosas. Ela não o permite.
Sermos forçados a contemplar esta criatura, revestida da maior Santidade com coroa e cetro, eleita pelo Altíssimo (lança gritos medonhos), foi ultraje para nós. Tenho ainda essa visão diante dos olhos. E essa visão de então, enlouquece-nos ainda (grita).
É como se tudo tivesse sucedido hoje, e o mesmo se passa com os outros. Ainda agora isso nos faz saltar de raiva. Quando pudemos – foi mais uma autorização que uma ordem – voltar ao inferno, lançamo-nos em fúria uns contra os outros. Podeis imaginar como nos maltratamos... pois era-nos insuportável ter de nos ver uns aos outros. É horrível sentirmo-nos dominados por uma criatura assim, por uma mulher! É horrível! É uma loucura!
Relacionado com esta ocasião, devo acrescentar mais uma coisa... (uiva e grita dum modo horrível). Quando Ela foi chamada a colaborar na formação da Igreja, fundada por Seu Filho, mergulhava de tal modo na oração, que o Todo-Poderoso teria vontade de segurá-la nas Suas mãos, tal era o Seu deleite.

(1) Palavra que utiliza a grande vidente espanhola Madre Agreda. Foi durante um 2º Conselho diabólico, depois da morte de Jesus, que se estabeleceu o novo plano de domínio do mundo. O demônio fala aqui no primeiro Conselho, realizado depois de verificarem a identidade de Maria e de suspeitarem da Sua Missão.

(2) Aqui o termo “terrível” deve ser entendido como: Terrível para os demônios! Terrível para o inferno! De fato, Maria é o maior terror dos demônios! Pelo que se viu até aqui, até mesmo a majestade de Deus parece assustar menos ao inferno, que Maria. Quando é que todos os homens entenderão a missão desta Mulher?

(3) Aqui a prova do quanto os demônios mais poderosos – os mais maus – de uma certa forma, tiranizam, perseguem e causam mal aos demônios menores. E claro que esta tiranização e esta opressão lhes causa mais sofrimento. Tudo isso nos deve levar a uma meditação profunda, para que façamos tudo, o possível e o impossível, para que ninguém caia naquele antro de sofrimento eterno.

De fato, fica aqui, muito claro, o imenso poder que Deus deu à Nossa querida Mãe do Céu. Há se todos os irmãos separados compreendessem esta incrível verdade. Os demônios sabem, desde os primórdios do cristianismo, que serão derrotados por ela, aliás, já foram, porque isso está escrito em letras grandes no Céu. E isso, para os demônios, depois do sofrimento de se verem eternamente separados de Deus, é seguramente a sua segunda causa maior de tormento eterno. Justo aquilo que eles não queriam, serem, um dia, derrotados por uma Mulher, acontecerá. Justo Aquela Mulher que eles se negaram a obedecer, no início, porque se achavam orgulhosamente superiores a todas as criaturas. Sim, a sua fúria contra Ela se expandiu nestes séculos e embora seus bruxos infernais não tivessem achado fórmula de a derrotar, sequer descobriram um meio de chegar perto Dela, eles não desistem, porque, nesta luta encarniçada, acabam sempre levando alguns dos incautos filhos de Maria à perdição Eterna. Sim, estes filhos incautos são o calcanhar (Gn 3,15) de Maria Santíssima, ou seja, o seu ponto fraco, e somente neles os demônios impotentes se podem vingar.

E entre estes que se perdem, estão certamente aqueles que rejeitam também Maria, em especial os avisos que ela tem transmitido em suas aparições. Certo que a maioria dos homens não conhece nada sobre Maria, já porque os demônios lhes esconderam isso. Mas é certo, também, que os filhos que se entregam docilmente ao comando Dela, nem precisam ver com seus olhos a sua majestade: Basta sentirem em seus corações os influxos poderosos das graças que Dela partem. E é justo por causa destes, os que rezam, especialmente os que rezam o Rosário, que Deus ampliou o tempo da misericórdia, para que ainda algumas milhões de almas se salvem. Afinal, foi devido às súplicas de Maria – a nossa onipotência suplicante – que Deus mandará à terra um Aviso e um Milagre, que numa explosão suprema do Espírito de Deus, acabarão por converter a maioria absoluta dos homens de hoje. Eis porque o inferno tanto teme estes dois eventos.

Coloquemo-nos, cada vez mais nos braços de Maria!
Ela nos levará, cada vez mais para os braços de seu filho Jesus!
E com ela venceremos!

Aarão!


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