2 de abril de 2009

Entrevista com Satã - Parte 1






Trevas - 401 Entrevista com Satã (1)

2060110 ENTREVISTA COM SATÃ

Nos dias que passaram, recebi este livro de um site espanhol, livre para tradução, uso e edição. Trata-se de uma entrevista de um padre exorcista – padre Domênico Mondrone, conforme dados logo abaixo – feita com satanás. Mal passei um visão sobre os textos e não parei mais de ler. E cheguei até mesmo a chorar quando percebi a exatidão que havia entre tudo aquilo que sempre temos tentado dizer para as pessoas, e aquilo que o próprio satanás, por força de Nossa Senhora, era obrigado a dizer.

De fato ele se obriga a falar a verdade, mesmo contra a sua furiosa vontade, e este simples fato de não poder nem com Nossa Senhora, que é simples criatura, já deveria fazer com que eles desistissem de seu intento de suplantar a Deus. Imaginem, se não podem nem com ela, como poderão lutar com o Todo Poderoso. Deus apenas dá cordas para que eles mais se enforquem, mais se autodestruam, mais se esmaguem em sua eterna solidão odiosa. Na realidade, eles não ganham nada em lutar contra Deus, só perdem, mas mesmo assim continuam. Vamos ao livro, e que o Espírito Santos vos ilumine a todos.

UM EXORCISTA ENTREVISTA
AO DIABO

Edizioni PRO SANCTITATE
DOMENICO MONDRONE S.I,
UM EXORCISTA ENTREVISTA AO DIABO
1ª Edição Espanhola 2004 (traduzido da 31a. edição italiana 1976)
Editorial PRO SANCTITATE
Roma


Quem é Satanás? Que quer? Como atua?

PRÓLOGO

O Autor não está entre os que se envergonham de crer na existência do Diabo e de sua nefasta atividade no mundo e, às vezes, prejudicando a infelizes indivíduos. Ele aceita totalmente o ensinamento de Paulo VI, exposto no discurso de 15 de novembro de 1972.

Bem como demonstra haver tido alguma experiência direta com o Maligno na prática real dos exorcismos; adiciono ainda que tive troca de impressões e de idéias com outros sacerdotes melhor treinados na mesma experiência. Com certeza li o livro de C. S. Lewis Le Lettere de Berlicche; mas é outra coisa. Sobretudo tive presente a apreciável obra de Corrado Balducci Os endemoniados, e ainda Era de diabo de A.Bohm e outros textos.

Em particular parece que o Autor aprofundou na famosa meditação de As duas Bandeiras, onde o santo dos Exercícios Espirituais, com uma grande eficácia representativa, faz-nos ver o chefe de todos os demônios enquanto, «na figura horrível», expõe aos seus seu programa de ação e a tática que utiliza para apanhar em suas redes as almas e as massas inteiras de homens.

Nas páginas que seguem, o Autor quis oferecer-nos simplesmente uma rápida idéia do ser e do comportamento deste anjo tenebroso que trabalha incansavelmente para causar-nos dano.

O Diabo é o maior mestre dos enganos, é um trapaceiro de astúcia incomparável, que não atua descoberto, mas às escondidas; trabalha na sombra, e sempre considera como inteligentes aos que não crêem em suas artimanhas, e inclusive negam sua existência. Assim, os primeiros em cair em suas redes são precisamente os sabichões, os chamados "espíritos fortes", os grandes iluminados da ciência deste mundo.

«A astúcia mais perfeita do Demônio, escreveu Charles Baudelaire, consiste em persuadir-nos de que ele não existe». Negar, por isso, a existência e a ação do Maligno é começar a assegurar-lhe já sua vitória sobre nós.

O Autor, com base em sua experiência, crê que Deus pode talvez permitir - como no caso dos exorcismos - que o Maligno seja interlocutor com quem o exorciza… Este último, com a autoridade de Cristo e da Igreja, pode obrigar o Maligno a responder a perguntas precisas propostas a ele e, às vezes, ainda que é o pai da mentira, arrancar-lhe algumas verdades... O Autor se serve deste poder de maneira mais abundante… Se recorre à fantasia sobre o modo de preparar e de desenvolver os encontros, com isto não pretende dizer que são fantásticas tantas verdades justificadas pela realidade das coisas. O que aqui ameaça, vai realizando-a. De resto: «Para quem crê, nenhuma explicação é necessária; enquanto para os que não crêem, nenhuma explicação é possível»


PAI NOSSO... LIVRAI-NOS DO MAL > Discurso de Paulo VI - 15-XI-1872)

Quais são hoje as maiores necessidades da Igreja? Não lhe pareça simplista, ou inclusive supersticiosa ou irreal, nossa resposta: Uma das necessidades maiores é a defesa desse mal que se chama Demônio.

Antes de esclarecer nosso pensamento, convidamos o seu a abrir-se à luz da fé sobre a visão da vida humana, visão que desde este observatório se abre imensamente e penetra em profundidades singulares... E, na verdade, o quadro que estamos convidando a contemplar com realismo global é muito belo... É o quadro da criação, a obra de Deus, que o próprio Deus, como espelho exterior de sua sabedoria e de sua potência, admirou em sua beleza substancial (Gen 1,10).

Depois é muito interessante o quadro dramático da humanidade, de cuja história emergem a da redenção, a de Cristo, a de nossa salvação com seus maravilhosos tesouros de revelação, da profecia, da santidade, da vida elevada ao nível sobrenatural, das promessas eternas" (Ef. 1,10).

Sabendo olhar este quadro, não pode um não permanecer encantado (Santo Agustinho, Solilóquios): Tudo tem um sentido, tudo tem um fim e tudo deixa entrever uma Presença-Transcendência, um Pensamento, uma Vida e finalmente um Amor, pelo qual o universo, pelo que é e pelo que não é, apresenta-se a nós como uma preparação entusiasmante e gozosa de tantas coisas belas e ainda mais perfeitas do que esperamos (1 Co 2,9; 13,12; Rom 8,19-23).

A visão cristã do cosmos e da vida é, por tanto, triunfalmente otimista; esta visão justifica nossa vida e nosso reconhecimento de viver, pelo que nós, celebrando a glória de Deus, cantamos nossa felicidade (cf. O Glória da Missa) (NT.: Gloria cantado em latim).

O ensinamento bíblico

Mas é completa esta visão? É exata? Não nos importam em nada as deficiências que há no mundo? As disfunções do mundo com respeito a nossa existência? A dor, a morte, a maldade, a crueldade, o pecado: numa palavra, o mal? E não vemos quanto mal há no mundo? Especialmente quanto mal moral, ou seja, simultaneamente, se bem diversamente, contra o homem e contra Deus? Não é este triste espetáculo um mistério inexplicável? E não somos nós, precisamente nós seguidores do Verbo, os cantores do Bem, nós crentes, os mais sensíveis, os mais turvados pela observação e a experiência do mal?

Encontramo-lo no reino da natureza, onde tantas manifestações suas nos parece que denunciam uma desordem. Depois o encontramos no âmbito humano onde encontramos a debilidade, a fragilidade, a dor, a morte, e inclusive coisas piores, uma dupla lei contrastante, uma que quer o bem e a outra pelo contrário voltada para o mal, tormento que São Paulo coloca em humilhante evidência para demonstrar a necessidade e a fortuna de uma graça salvadora, da salvação trazida por Cristo (Rom 7); já o poeta pagão tinha denunciado este conflito interior no próprio coração do homem: "video meliora, proboque, deteriora sequor» (Ovidio Met 7,19).

Encontramos o pecado, perversão da liberdade humana, e causa profunda da morte porque é separação de Deus, fonte da vida, (Rom 5,12), e depois, a sua vez, ocasião e efeito de uma intervenção em nós e em nosso mundo de um agente obscuro e inimigo, o Demônio.

O mal não é só uma deficiência, mas uma eficiência, um ser vivo, espiritual, pervertido e pervertedor. Terrível realidade. Misteriosa e pavorosa.

Sai do quadro dos ensinamentos bíblico e eclesiástico quem recusa reconhecê-la como existente: e também quem faz disto um princípio em si mesmo, não tendo ele mesmo, como toda criatura, origem em Deus; inclusive a explica como uma pseudo-realidade, uma personificação conceitual e fantástica das causas desconhecidas de nossas más obras.

O problema do mal, visto em sua complexidade e em seu absurdo com relação a nossa racionalidade unilateral, torna-se obsessão. Isto constitui a dificuldade mais forte para nossa inteligência religiosa do cosmos. Por isto Santo Agostinho sofreu durante anos: "Quaerebam unde malum, et non erat exitus", Eu buscava de onde proviesse o mal e não encontrava explicação (Confissões VII, 5,7,11, etc. P L. 32, 736, 739).

Aqui vemos a importância que tem a advertência do mal para nossa correta compreensão cristã do mundo, da vida, da salvação. Primeiro no desenvolvimento da história do Evangelho ao princípio da vida pública: Quem não lembra a página densíssima de significados da tripla tentação de Cristo? Depois em tantos outros episódios evangélicos, nos quais o Demônio cruza os passos do Senhor e figura em seus ensinamentos (Mt 12,43). E como não recordar que Cristo, referindo-se três vezes ao Demônio, como seu adversário o qualifica como «príncipe deste mundo» (Jn 12,31; 14,30; 16,11)?

E a incumbência desta nefasta presença é assinalada em muitíssimos passos do Novo Testamento. São Paulo o chama “o deus deste mundo" (II Co 4,4) e nos põe de sobreaviso sobre a luta contra as trevas, que nós os cristãos devemos sustentar não com um só Demônio, mas com uma temerosa pluralidade: «Revesti-vos, diz o Apóstolo, da armadura de Deus para poder afrontar as insídias do diabo, porque nossa luta não é somente com sangue e com a carne, mas contra os Principados e as Potestades, contra os dominadores das trevas, contra os espíritos malignos do ar" (Ef. 6,11-12).

Diversas citações evangélicas nos indicam que não se trata só de um Demônio, e sim de muitos (Lc11,21; Mc 5,9), mas um é o principal: Satanás, que quer dizer O Adversário, o inimigo; e com ele muitos, todos criaturas de Deus, mas caídas porque se rebelaram e estão condenadas (Cf. Denz Sch 800-428); todo um mundo misterioso desbaratado por um drama desgraçado, do qual conhecemos muito pouco.

O semeador oculto dos erros

Entretanto conhecemos muitas coisas deste mundo diabólico, que se relacionam com nossa vida e com toda a história humana. O Demônio está na origem da primeira desgraça da humanidade; ele foi o tentador dissimulado e fatal do primeiro pecado, o pecado original (Gen 3; Sb 1,24). Daquela queda de Adão, o Demônio adquiriu um certo poder sobre o homem, do qual só a redenção de Cristo nos pode livrar. É história que perdura; recordemos os exorcismos do batismo e as freqüentes referências da Sagrada Escritura e da Liturgia à agressiva e opressora "potestade das trevas" (Lc 22,23; Col 1, 13).

É o inimigo número um, é o tentador por excelência. Sabemos por isto que este ser obscuro e perturbador existe verdadeiramente, e que com astúcia traidora atua; é o inimigo oculto que semeia erros e desventuras na história humana. Recordemos a parábola evangélica reveladora do grão bom e da cizânia, síntese e explicação do absurdo que sempre preside nossas vicissitudes contrastantes: Inimicus homo hoc fecit" (Mt 13,28). É "o homicida desde o princípio... e pai da mentira", como o define Cristo (Jn 8,44-45); é o instigador do equilíbrio moral do homem.

É o pérfido e astuto encantador, que sabe insinuar-se em nós, pela via dos sentidos, da fantasia, da concupiscência, da lógica utópica, ou de desordenados contatos sociais no jogo de nosso agir, para introduzir-nos desviações, tanto mais nocivas quanto conformes à aparência de nossas estruturas físicas ou psíquicas, ou de nossas instintivas e profundas aspirações.

Este tema sobre o Demônio e o influxo que ele exerce sobre os indivíduos, sobre as comunidades, sobre sociedades inteiras, sobre acontecimentos é um capítulo muito importante da Doutrina Católica que se deve estudar de novo, apesar de que hoje se lhe dá pouca importância.

Alguns pensam encontrar nos estudos psicanalíticos e psiquiátricos ou em experiências espiritistas - hoje por desgraça muito difundidas em alguns países - uma fundamentação suficiente. Teme-se recair em velhas teorias maniqueístas ou em pavorosas divagações fantásticas e supersticiosas. Hoje se prefere mostrar-se fortes e sem preconceitos, positivistas, exceto em dar sua fé a tantas gratuitas posturas mágicas ou populares, ou pior ainda, abrir a própria alma - a própria alma batizada, visitada tantas vezes pela presença eucarística e habitada pelo Espírito Santo! – às experiências licenciosas dos sentidos e aquelas deletérias dos estupefacientes, como também às seduções ideológicas dos erros de moda, fissuras estas através das quais o Maligno pode facilmente penetrar e alterar a mente humana.

Não está dito que todo pecado seja devido diretamente à ação diabólica (S. Th. 1,104,31) mas também é verdade que quem não vigia com certo rigor sobre si mesmo (Mt 12,45; Ef 6,11) se expõe ao influxo do "Mysterium iniquitatis", ao que São Paulo se refere (II Ts 2,3-12) e que faz problemática a alternativa de nossa salvação.

Nossa doutrina se torna incerta, obscurecida como está pelas próprias trevas que circundam ao Demônio. Mas nossa curiosidade, excitada pela certeza de sua existência múltipla, faz-se legítima com duas perguntas:

Quais são os sinais da presença diabólica e quais são os meios de defesa contra este tão insidioso perigo?

A presença da ação do Maligno

A resposta à primera pergunta impõe muita cautela, ainda que os sinais do Maligno parecem tão evidentes (Cf. Tertuliano, Apol 23). Podemos supor sua ação sinistra ali onde a negação de Deus é radical, sutil e absurda, onde a mentira se afirma hipócrita e potente, contra a verdade evidente, onde o amor se apagou devido a um egoísmo frio e cruel, onde o nome de Cristo é impugnado com ódio consciente e rebelde (1 Co 16,22; 12,3), onde o espírito do Evangelho é adulterado e desmentido, onde o desespero se afirma como a última palavra, etc. Mas é um diagnóstico muito amplo e difícil, que nós não nos atrevemos agora a aprofundar e autenticar, não por isso privado de dramático interesse, ao qual também a literatura moderna dedicou páginas famosas (cf. As obras de Bernanos, estudadas por Ch. Moeller Littér du XX siècle, I, Pag 397 ss; P. Macchi Il volto del male di Bernanos: satan; Études Carmélitaines, Desclée de Br. 1948)

O problema do mal aparece como um dos maiores e permanentes problemas para o espírito humano, inclusive depois da resposta vitoriosa que nos dá Jesus Cristo: "Nós sabemos que nascemos de Deus, e que todo o mundo foi posto sob o Maligno"(I João 5,19).

Nossa defesa

À outra pergunta: Que defesa, que remédio por à ação do Demônio? A resposta é mais fácil de formular, mas é difícil levar à prática. Poderemos dizer: Todo o que nos defende do pecado, nos defende por isso mesmo do inimigo invisível. A graça é a defesa decisiva. A inocência assume um aspecto de fortaleza e depois cada um recorda o que a pedagogia apostólica havia simbolizado na armadura de um soldado, as virtudes que podem fazer invulnerável ao cristão (Rom l3,12; Ef 6,11.14.17; 1 Ts 5,8). O cristão deve ser militante, deve ser vigilante e forte (I Pe 5,8); e às vezes deve recorrer a algum exercício ascético especial para afastar certas incursões diabólicas; Jesus assim o ensina indicando o remédio “na oração e no jejum" (Mt 9,29 ). O Apóstolo sugere a linha mestra a ter em conta: "não os deixeis vencer pelo mal, antes vencer o mal com o bem" (Rom 12,21; Mt 13,29).

Com a certeza das adversidades presentes nas que hoje as almas, a Igreja e o mundo se encontram, nós buscamos dar sentido e eficácia à costumeira invocação de nossa principal oração: «Pai Nosso... livrai-nos do mal». A tudo isto ajuda também nossa benção apostólica.

* * *

N.B.

Referindo-se a outra reflexão, feita pelo Papa sobre o diabo, Michele Federico Sciacca, num artigo publicado em 7-fevereiro-1975 no jornal Il Tempo de Roma, com o título Satanás entre nós, escrevia:

"Mal foi ao Papa Paulo VI, faz algum tempo, por ter aludido ao diabo no sentido do Antigo e do Novo testamentos. Abra-se, inferno! Foi acusado de retorno ao Medieval, de obscurantismo, de superstição, de ofensa em pleno 1974 à ciência e ao espírito científico racionalista e progressista. Mas, em resumidas contas, este maldito Satanás vive ou não vive? Se se o considera de uma parte, seguindo o Evangelho, como o tentador e o acusador que encarna o mal, então dizem que é um atraso de obscurantistas crer em sua existência e afirmam que não existe; e por outra parte se se o identifica - e Satanás o repete - com a razão humana rebelde e triunfante, com a que sorridente e operante vive «na matéria que nunca dorme», então afirmam profeticamente que é o símbolo sublime de toda graça verdadeira e vitoriosa... daquele ex-Deus. Superstição obscura esta que procede da ciência iluminista, e portanto sutilmente mundana... Disto se deduz que estas afirmações procedem de uma mentalidade radicalmente perversa, (cf. Michele Federico Sciacca, il magnifico oggi. Roma Città Nuova 1976 P. 283 ss).


QUEBRA-DE-BRAÇO COM O MALIGNO


A idéia deste escrito me veio de improviso numa tarde de agosto do ano passado de graça e de desgraças, 1974.

Foi assim: Desde há dois meses, talvez antes, quase todos os dias, às três da tarde em ponto, o Segundo Canal da RAI emitia um programa intitulado “Entrevistas impossíveis”.

Tratava-se de encontros entre literários, jornalistas e estudiosos de cultura variada com homens do passado: com personagens do pensamento, da arte, da política introduzidos bem ou mal na história, com nome mais ou menos famosos.

O programa era original e, se bem coincidisse com a hora da sesta, pus-me a segui-lo com curiosidade assídua.

Eram encontros - dizia - de homens de hoje com outros de ontem para interrogar-lhes, como se fossem, por não sei que classe de truque mediático, momentaneamente revividos, e fazer-lhes falar e dar explicações de alguns de seus atos e confessar suas intenções secretas, já obrigados a responder às perguntas, já postos na necessidade de justificar-se das coisas mal feitas de algum histórico.

O personagem entrevistado normalmente aparecia fielmente centrado no ambiente de seu tempo. As respostas se referiam à vida e ao pensamento que lhe caracterizaram. E quando os entrevistadores eram muito inteligentes - não sempre - em pouco mais de quinze minutos nos davam boas provas de habilidade mental com esboços de retratos histórico-psicológicos de uma feliz e muito vivaz finura.

Um depois do outro vinham interpelados, sem nenhuma ordem cronológica, Atila, Marat, Casanova, Marco Polo, Pitágoras, Copérnico, Bruto, Diderot, Swift, Marco Aurélio, Pilatos, Cleopatra, la Beatrice de Dante, etc., ainda que esta vilmente desfigurada.

Entre uma e outra audição me veio à mente uma observação muito extravagante:

“Falta uma entrevista com Satanás!... Seria interessante. Não obstante, hoje, com a habilidade que alcançou tal mestre para não fazer-nos crer nele..."

O calor daquela tarde era sufocante e me estirei sobre uma poltrona para recuperar-me um pouco do sono.

* * *
Na manhã seguinte, nada mais despertar-me: "Claro que uma entrevista com Satanás, ou melhor com o Maligno, seria fantástica! Que importa que tantos não creiam nele. E lembrei da fundamentação feita pelo Papa num de seus discursos da quarta-feira. Uma fantasia bem apresentada pelo menos alcançaria chamar a atenção sobre tal sujeito. Talvez também tirar o sono a mais de um".

Não pensei nisto durante certo tempo. Mas a idéia se apresentava intermitentemente e, às vezes, com estranhas linhas de algo factível. Se poderia, por exemplo, dizer isto... apresentar assim um episódio... introduzir este ou aquele outro aspecto... Pouco a pouco este se fez um tanto meu sofrimento.

Uma entrevista com o Maligno. Não pensava precisamente meter-me nela. Vejamos então a quem confiá-la. Comecei entre mim a dar nomes. Pus em mente a vários. Enquanto pensava nisto, um depois outro ia descartando.

Meter-se a dialogar com o diabo, ainda que só seja sobre o plano da fantasia, não é coisa fácil. Ninguém aceitaria uma idéia tão bizarra, e sobretudo, fora de época: Coisa da Idade Média!

Entretanto, o estranho era isto: quando pensava levar a sério esta idéia, sentia meu ânimo abrir-se à serenidade e a coisa interessante. Pelo contrário quando me propunha não fazer nada, sentia-me inquieto e caía num estranho nervosismo. Havia em mim algo que colocar para fora, como uma liberação.

Em minha vida foi a primeira vez que tive a suspeita de ter necessidade de um neurólogo.

Uma tarde fui, como que obrigado por não sei que, a uma igreja, onde é venerada uma Virgem muito querida pelo povo romano, e a encontrei, como coisa rara, muito cheia de gente.

Aconteceu algo incrível. Apenas passada a porta, aproximou-se uma mulher de meia idade, de baixa estatura, com dois olhos luminosíssimos e doces, e de repente me disse: "Quando se decide a escrever aquelas coisas?..." E me olhava com insistência.

“Escrever? Que coisas?”

“Deixa disso, você sabe melhor que eu".

“Mas você quem é?”

“Que interessa dizer-lhe quem sou? Vá ver Aquela - e indicou o quadro da Virgem – Vá ouvir o que Ela quer dizer-lhe."

Um numeroso e compacto grupo de turistas invadiu naquele momento a entrada. A mulher foi envolta na confusão e a perdi de vista. Que coisa tão estranha! Uma alucinação ou um aviso do céu? Senti-me perdido e ridículo, sobretudo ridículo.

Encontrado uma posição adequada, antes de por-me aos pés da Virgem para rezar-lhe, aquela vergonha minha interna desapareceu como se fosse nada. Sem voltar a pensar no sofrimento que me molestava, experimentei dentro de mim como um empurrão dulcíssimo e firme a recolher-me no argumento para começar a fazer qualquer coisa.

Olhando a querida imagem, não me atrevi a pedir-lhe nada sobre isto, pois já advertia em mim uma promessa de assistência materna.

"Está bem, disse saindo. Embarcarei neste assunto. Eu mesmo escreverei esta estranhíssima entrevista. Sairá algo que me cobrirá sobretudo do ridículo. Mas terei tirado uma idéia fixa da cabeça".
Fim da primeira parte. No próximo texto o primeiro de 10 encontros. Não deixe de ler..





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Historico

Artigos anteriores:
37 - O inferno existe (1)
36 - O inferno existe (2)
35 - O inferno existe (3)
34 - O inferno existe (4)
33 - O inferno existe (5)
Artigos posteriores:
39 - Entrevista com Satã (2)
40 - Entrevista com Satã (3)
41 - Entrevista com Satã (4)
42 - Entrevista com Satã (5)
43 - Entrevista com Satã (6)









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Grande tumulto




Está escrito no Salmo 2, 1 Por que tumultuam as nações? Por que tramam os povos vãs conspirações? 2 Erguem-se, juntos, os reis da terra, e os príncipes se unem para conspirar contra o Senhor e contra seu Cristo. 3 Quebremos seu jugo, disseram eles, e sacudamos para longe de nós as suas cadeias! 4 Aquele, porém, que mora nos céus, se ri, o Senhor os reduz ao ridículo.



Acredito que, de todas as passagens das Sagradas Escrituras, hoje esta acima é que mais vibra diante de nossos olhos. Forma-se no mundo inteiro um grande tumulto entre os povos, os governos e as pessoas, e o alvo sempre é e sempre será Jesus Cristo, o Filho de Deus, nosso Senhor e Salvador. Contra a pessoa Dele – e, portanto contra o próprio Deus – é que em síntese se concentram todos os ataques do mal e dos maus, eles que não podendo atingi-LO diretamente – como diz o Salmo o Senhor os reduz ao ridículo – atacam então a parte mais fraca, nós os filhos de Deus, nós a descendência da Mulher. Maria!

Claro que a mesma Escritura que prevê a chegada deste dia, também antecipa a vitória dos filhos de Deus sobre a serpente e sobre seus terrenos seguidores. O tumulto que se ergue entre eles nada mais é que o estrépito inicial da batalha. O rumor destes povos e gentes é imenso, e humanamente falando, parece impossível de ser derrotado. De fato é algo mais terrível do que Davi contra Golias. É algo maior ainda do que Gedeão e seus 300, contra um exército de milhares. Hoje se trata de um punhado de gente, contra bilhões de tumultuados em frenesi de guerra.

A que me refiro especificamente? Falo dos últimos acontecimentos tão noticiados em nosso país em relação ao caso da menina que foi forçada ao aborto, com toda a imensa série de abusos cometidos contra ela. Esta questão, aparentemente comum e sem um sentido de longo alcance na realidade veio mostrar o estrondoso esfacelamento de nossa sociedade, onde se mostram claras as posições de cada lado. O fato é que devido a isso, nosso presidente, que sempre se dizia contra o aborto, foi obrigado a declarar de público que é a favor, porque o considera causa de saúde pública... Coisa que também o lixo e o esgoto são, da saúde pública. Sinal do valor que ele dá para a vida e para sua alma.

Da mesma forma os médicos, não podem mais dizer que são católicos, porque afrontam a lei da Igreja e dela se apartam por divergir da Sã Doutrina. Como fica bem claro, o Bispo Dom José não excomungou ninguém, foram tais pessoas elas que se separaram da Igreja, estão fora da comunhão com ela, porque divergem publica e acintosamente daquilo que a Igreja defende. Se eu entro para os quadros de qualquer entidade, que possua estatuto, com direitos e deveres, devo me submeter fielmente a aquelas disposições. E todo estatuto prevê também as punições que me advirão caso eu descumpra aquelas regras.

Ora, todas estas regras são artifícios humanos. São ditadas pelos homens, e, portanto são regras mutáveis. Caso eu me revolte contra uma regra da agremiação a que pertenço, posso levar tal posição à diretoria, e a Assembléia poderá ou não acatar tal sugestão. O que não posso é pregar a rebeldia contra esta regra e tumultuar a sociedade, somente porque eu acho que deve ser assim. Existem os caminhos a serem percorridos, e devo me submeter fielmente à lei maior e a aqueles que dirigem tal entidade.

Entretanto isso não acontece com a Igreja Católica. Ela é seguramente a mais antiga instituição fiel da terra, e a única que não mudou em nada, em quase dois mil anos. A Lei da Igreja é imutável, porque não humana, mas de origem divina. E contra esta lei não há como se revoltar, ou querer alterar, porque não pertence aos homens este direito. A divina lei está acima dos homens e é impassível de mudanças e alterações, ainda que assim o decida a maioria dos homens, mesmo consagrados e ainda que passem os milênios. Nunca, jamais mudará a Lei Eterna, simplesmente porque Deus não muda.

Mas vejam o tumulto dos cegos e de seus guias – e entre estes guias cegos todos os padres e bispos que se revoltam contra o papa que apoiou ao bispo – rebelando-se contra a Doutrina, e contra a lei divina. Ora, a simples rebeldia contra o Papa pela sua defesa intransigente da vida humana, simplesmente excomunga tal pessoa. Também tais bispos e tais padres, se auto-separam da Igreja, por divergirem de Pedro. Em outras palavras também se ex-comungam, da Igreja de Pedro, e de Jesus. Eles e todos os que apóiam e praticam este crime, ao discordarem da lei eterna e imutável a favor da vida, se declaram fora da Igreja, porque a prática do aborto, em qualquer caso, mesmo no de estupro e mesmo de uma criança está claramente proibida no Código de Direito Canônico e isso jamais poderá ser alterado. Aborto NUNCA!

Ou seja: Mesmo que todos os governos do mundo decidam que o aborto é uma questão de saúde – o que é mentira, pois se trata de direito à vida e superior a tudo – e ainda que os médicos aleguem profissionalismo cumprimento do dever, e em vista disso não é crime matarem uma criança, porque é uma questão de saúde; e mesmo que todos juntos digam que isso é assunto de governo, de lei humana, que não deve se misturar porque o estado é laico; e ainda que digam que a Igreja deve cuidar das almas, enquanto o governo e os médicos tratam do aborto, nada disso funcionará como álibi diante do Juiz Eterno que diz: toda a vida Me pertence!

Ora, o papel da Igreja, neste caso é fundamental. O que a Igreja vem a público dizer é que o aborto é um crime hediondo, um pecado inominável, o mais grave de todos os que um católico pode cometer. O que a Igreja vem dizer aos “médicos” “católicos” e a todos os “católicos” que apóiam o aborto e que criticam o Bispo e o Papa, é que eles não têm o direito de tirarem a vida de uma criança, primeiro porque ela não lhes pertence e sim a Deus, segundo que isso vai contra a Lei da Igreja. E assim, a Igreja através de seu valente Bispo do Recife, veio a público alertar aos praticantes do aborto que eles se auto- separaram do Corpo Místico de Cristo, porque decidiram discordar e descumprir a regra maior da Igreja. E digam aos nobres pares dele da CNBB, que não existe coluna do meio. Ao discordarem de Dom José e do Papa, eles escolheram o lado errado.

Ora, ninguém pode alegar ignorância da Lei, especialmente da lei de Deus. E temos um mandamento sagrado que diz: Não matar! Não matar significa jamais alterar e abreviar o curso de uma vida humana, que começa na hora da fecundação. Não existe fórmula intermediária. A lei da vida é esta: somente a Deus cabe dar fim dela. Uma criança não começa a existir apenas na 14ª semana, como num passe de mágica. Ela precisa antes chegar a esta 14ª semana, sem o que é impossível chegar a vida.

Assim, se não existe a possibilidade de a vida começar no meio, somente no início, então é absolutamente impossível que uma pessoa, que se declare inteligente e dotada de alma, possa alegar que eliminando uma vida em formação, antes do tempo de nascimento, não seja crime, quando este é sem dúvida o mais hediondo de todos os crimes. É mil vezes mais maligno o aborto, que o hediondo estupro cometido pelo monstro do padrasto. Que também se auto-excomunga da Igreja, e sem antes confessar-se não pode participar de nenhum dos sacramentos da Igreja. Excomunhão que pode ser levantada desde que haja neles contrição perfeita, profundo arrependimento e confissão a um sacerdote.

Nos tempos do falecido Flávio Cavalcanti e seu programa na TV ele mostrou o caso de uma menina, e disse que haviam acontecido apenas dois casos iguais ao dela. Sua mãe teve um parto espontâneo ao terceiro mês de gestação, e o médico fez a curetagem retirou a placenta, e jogou tudo no lixo, como sempre, o lixo. A enfermeira que o ajudava viu aquilo e no momento não se impressionou, por ser fato corriqueiro. Mas voltando mais tarde, olhou para a lixeira e viu que algo se mexia. Ela cortou então a placenta, retirou o feto pequenino e o colocou na incubadora, envolto em paninhos. Foi então rapidamente a uma loja de brinquedos e comprou uma mamadeira diminuta, de boneca, e retirando algumas gotas de leite de outra mamãe, começou a tratar da pequena, uma menina.

Horas depois passou o médico e vendo aquilo esbravejou: tira isso daí imediatamente que logo vai morrer! A enfermeira retrucou: se o senhor mexer nele, vou denunciá-lo por crime. Era o feliz tempo onde aborto era crime. E a criança vingou. Impressionante como, contra todas as expectativas, a pequenina se agarrava a vida, e sugava o leite, coisa que todos os médicos e as experiências “científicas” consideravam impossível. No programa o Flávio mostrou os vestidinhos iniciais que fizeram para a menina: cabia exatamente na palma da mão do apresentador, não mais de 15 centímetros de alto a baixo.

No final foi apresentada a menina, já com 11 anos. Gostaria que achassem esta menina, uma brasileira e que ela viesse ao público dar testemunho de sua vida, porque seria um estrondoso soco na cara dos abortistas. Neste sentido noutro dia assisti ao vídeo de uma menina canadense, também de 11 anos, que fez um vídeo vencedor num trabalho contra o aborto, onde ela diz exatamente isso ao abortistas: quantas crianças nascem aos cinco meses de gestação e sobrevivem, como vocês podem dizer que ela não é vida ainda? Há, pois uma brutal cegueira que esconde tudo isso aos olhos dos distantes de Deus.

Porque, realmente, só uma pessoa que vive distante de Deus pode achar que uma vida tenha começo pelo meio, ou que possa surgir em partes, nascer por etapas, mudar-se ao seu próprio desejo. Tudo isso são meras teorias humanas que não resistirão ao olhar fulminante do Juiz, que chega, e não demora. Porque se Ele demorar, chegará em breve o dia em que o demônio colocará na cabeça destas pessoas, que podem eliminar também as crianças recém nascidas, pelo simples fato de não serem ainda adultas. Estaremos de volta em então aos templos de Moloc, que devorava crianças em seu ventre de fogo. E foi por isso justamente que Deus os destruiu. E pergunto: será agora diferente? Não!

Vemos então que todos exigem a mentira. O governo diz que a vida do feto deve submeter-se aos desejos da mãe e dos abortistas. Os que se dizem católicos querem que a Igreja se vergue a aprove também o massacre dos inocentes. Os homossexuais ativos querem que o mundo os aceite como pobres inocentes, como seres delicados, superiores e dignos de proteção especial. Em nome da não discriminação, confunde-se gravemente a pessoa do pecador com o pecado que ela comete. Se isso fosse verdade, se deveria aplicar a mesma regra ao traficante de drogas e de armas, eles teriam o mesmo direito.

Mas o que diz o Senhor, disso tudo? Está escrito em Amós 2, 6 Oráculo do Senhor:... não mudarei meu decreto. Porque vendem o justo por dinheiro, e o pobre por um par de sandálias, 7 porque esmagam no pó da terra a cabeça do pobre, e transviam os pequenos, porque o filho e o pai dormem com a mesma jovem, o que é uma profanação do meu santo nome. Injustiças sobre injustiças, iniqüidades sobre iniqüidades, o mal grassa por toda parte como erva daninha, e a tudo pretende sufocar. E querem, exigem, bradam e vociferam que Deus tem que aprovar suas idéias, corroborar suas malditas leis. Querem derrubar a Deus como Supremo Legislador, e a cujas leis devem se submeter todos os seres vivos. Porque ninguém pertence a si e sim nós pertencemos a Deus que nos criou.

Como está escrito no Salmo 61, 5 Sim, de meu excelso lugar pretendem derrubar-me; eles se comprazem na mentira. Enquanto me bendizem com os lábios, amaldiçoam-me no coração. Eis que milhões de homens e mulheres, inclusive que se dizem católicos, querem derrubar a Deus de seu trono, introduzindo novas leis humanas e novos conceitos ditos modernos, como se Deus fosse um palhaço mutante, que pode ser chutado e descartado a bel prazer, e Sua Lei fosse uma mentirinha adaptável a qualquer apetite. Falam então o nome de Deus com seus lábios, mas o profanam em seus corações. Dizem que acreditam em Deus quando descumprem a sua lei. Quando Jesus diz: que me ama, segue aos meus mandamentos! E não matar é um destes mandamentos.

E não temos dúvida alguma que a espada da Justiça atingirá a todos os que matam, pois assim este em Isaías 13, 3 Em minha cólera requisitei minhas tropas sagradas, e chamei os meus bravos e meus altivos triunfadores. 4 Escutai esse ruído sobre os montes como vozerio de grande multidão; escutai o tumulto dos reinos e das nações reunidas. É o Senhor dos exércitos que passa em revista suas tropas para a batalha. 5 Chegam de uma terra longínqua, da extremidade dos céus, o Senhor e os instrumentos de seu furor, para devastar toda a terra. 6 Lamentai-vos, porque o dia do Senhor está próximo como uma devastação provocada pelo Todo-poderoso.

E continua em 13, 7 Por causa disso deixam cair os braços; todos perdem a coragem; 8 ficam cheios de terror... Tomados de convulsões e dores, eles se retorcem como uma mulher em parto. Olham uns para os outros e têm o rosto em fogo. 9 Eis que virá o dia do Senhor, dia implacável, de furor e de cólera ardente, para reduzir a terra a um deserto, e dela exterminar os pecadores. 10 Nem as estrelas do céu, nem suas constelações brilhantes, farão resplandecer sua luz; o sol se obscurecerá desde o nascer, e a lua já não enviará sua luz. 11 Punirei o mundo por seus crimes, e os pecadores por suas maldades. Abaterei o orgulho dos arrogantes e humilharei a pretensão dos tiranos.

Todo orgulho será rebaixado, toda arrogância terá seu preço em desespero. Não temos dúvida alguma de que estes são os tempos do anticristo o inimigo de Deus, aquele que se levanta contra tudo o que é divino e sagrado, buscando fazer-se um Deus. E já ouço o tropel dos exércitos dele assolando o mundo, tentando impor a tirania aos povos. Vem aí a ditadura e vem no Brasil, quando a economia cair aos abismos e o governo barbudo achar que apenas pela truculência conseguirá controlar as gentes. Mas Isaías alerta aos maus governantes e seus maus súditos como está em 66, 6 Escutai esse tumulto que se levanta da cidade, esse barulho que vem do templo. Escutai, é o Senhor que trata seus inimigos como o merecem.

Eles que se fiam no poder de seus exércitos de suas bombas e canhões, seus carros de combate e artefatos atômicos, ó tolos, nada disso atinge ao Senhor Altíssimo que já os avisava por Isaías 17, 12 Oh! Esse barulho de povo numeroso, esse rumor semelhante ao do mar! Esse tumulto de nações poderosas, semelhante ao brilhar de águas impetuosas! 13 Ele as ameaça e elas fogem para longe como, nas alturas, a palha levada pelo vento, como a poeira levantada pela tempestade. 14 Quando veio a noite, houve terror, e antes da manhã, nada mais restava deles. Esta será a sorte daqueles que nos saqueiam, tal será o quinhão daqueles que nos despojam. Também por Jeremias em 50, 22 Tumulto de guerra no país, desastre imenso. 23 Como foi feito em pedaços o martelo que feria o mundo inteiro? Como se transformou Babilônia em objeto de pasmo entre as nações?...

Ó abortistas, ó satanistas, ó militantes da causa gay, eis o que vos reserva a palavra de Jeremias em 25, 30 E assim profetizarás: Ruge o Senhor do alto do céu, e de sua morada santa faz ouvir a sua voz. Ruge contra o seu rebanho, e lança o grito do pisador contra todos os habitantes da terra. 31 Estende-se o tumulto até os confins do mundo, pois que o Senhor está em litígio com as nações. Entra em processo contra toda carne, entregando à espada os maus - oráculo do Senhor. 32 Eis o que diz o Senhor dos exércitos: eis que o flagelo vai estender-se de nação em nação. E dos confins da terra vai desencadear-se violenta tempestade. 33 Aqueles que o Senhor nesse dia tiver atingido, de uma a outra extremidade da terra, não serão chorados, nem recolhidos e sepultados, jazendo no solo qual esterco.

Ó maus governantes, ó ditadores do mundo, ó servos da besta insana, estejam eles fora ou dentro da Igreja, eis o que vos avisa Jeremias em 51, 53 Ainda que Babilônia atingisse os céus e sua alta fortaleza se tornasse inacessível, os devastadores, sob minhas ordens, não deixarão de alcançá-la - oráculo do Senhor. 54 Eleva-se de Babilônia um clamor, e da Caldéia irrompe um tumulto de grande desastre. 55 É o Senhor quem devasta Babilônia, fazendo-lhe calar o ruído das vozes. Sim, ergam vossas torres orgulhosas, como novas torres de Babel, mais alto o prumo maior o tombo, maior o estrondo, eis que nenhuma delas ficará de pé. Elas afinal são feitas de suor, lágrimas e sangue dos pobres.

Vem a justiça e vem também para a Igreja, aquela falsa que quer construir um reino social neste mundo, com paz humana e justiça sem Deus. Eis que assim clama o profeta Jeremias em 10, 21 Na verdade, são néscios os pastores; não procuram mais o Senhor. Por isso não logram êxito e dispersaram-se os seus rebanhos. 22 Eis que se propaga um grande rumor, e o eco de um imenso tumulto vem do norte para transformar as cidades de Judá num deserto, num covil de chacais. Há sim um tênue rumor de povos e gentes em busca do divino, enquanto maus pastores lhes querem dar o humano e falível. Há um povo que clama pelo confessionário e o sacrário, enquanto maus pastores lhes querem dar o contrário. Ó a espada já desce e vem fulminante, já o vermelho tinge sua lâmina. Afia-se já o alfange para a carnificina!

E a vós todos povo ignaro que preferis ouvir a serpente que manda criticar o Papa quando defende a vida, não esperem que esta atitude seja do agrado do Senhor que assim fala pela boca do profeta Oséias em 10, 13 Cultivastes o mal e colhestes o pecado; comestes o fruto da mentira; confiastes em vossa política e no grande número de vossos soldados. 14 O tumulto da guerra vai elevar-se em tuas cidades, e todas as tuas fortalezas vão ser destruídas, assim como Salmã destruiu a dinastia de Jeroboão, no dia do combate em que a mãe foi esmagada com seus filhos.

Sim, povo ignaro, pela vossa – e nossa – cegueira virá o pranto, a dor, a fome pela seca, pois a terra rejeitará a água e negará seu fruto. O vento quente assolará os prados para fazê-los um deserto. Então o fogo da justiça virá colher os frutos do pecado, para queimar junto os pecadores, eles com toda a sua prole. São estes que zombam do Senhor como nos previu Sofonias em 1, 12 Naquele tempo, inspecionarei Jerusalém com lanternas, castigarei os homens que, sentados em sua borra, dizem consigo mesmos: O Senhor não faz bem nem mal. Sim, eles acham que Deus nada vê e não reage. Confundem paciência com misericórdia, no que escarnecem Daquele que é também Justiça perfeita.

E virá o tempo das perdas e não mais nenhum ganho. Quem não perdeu nada perderá tudo, quem não tinha nada perderá até a vida porque até contra os pequenos pesará o braço do Senhor, assim fala Zacarias e ele não mente. Quanto aos ricos está em Sofonias 12, 13 Seus bens serão entregues à pilhagem, suas moradas serão saqueadas. Edificarão casas, mas não as habitarão, plantarão vinhas, mas não beberão de seu vinho. 14 Eis que se aproxima o grande dia do Senhor! Ele se aproxima rapidamente. Terrível é o ruído que faz o dia do Senhor; o mais forte soltará gritos de amargura nesse dia. 15 Esse dia será um dia de ira, dia de angústia e de aflição, dia de ruína e de devastação; dia de trevas e escuridão, dia de nuvens e de névoas espessas.

Tumulto crescente entre os povos, todos gritam contra Deus e sua Lei. Todos exigem que o Eterno se cale e os deixe agir, ao comando do “rebelde”, e seu exército infernal. Quando Sua Santidade o Papa, pressionado de todos os lados, abandonado até pelos seus, como um dia fizeram os apóstolos com Jesus, o mundo entrará em transe. Quando ele se ver obrigado a deixar o Vaticano, então que “quem estiver no telhado, que não desça para a casa, quem estiver no campo que ali mesmo permaneça, porque virá sobre o mundo uma tribulação tão grande como nunca houve antes, nem haverá depois”.

Então se a humanidade até ali não viu tumulto de povos, gritos de desespero e pavor, se até ali os homens ainda não tinham percebido o que significa um mundo sem Deus, ela que observe, e ouça e comece a gritar junto. Porque os pais abandonarão a família, a mãe deixará no berço o filho que amamenta, porque até a corça do campo abandonará sua cria, pois a natureza toda entrará em transe. Reinará por alguns meses o mal, não por longo tempo, senão sucumbiriam todos os povos. Deus terá de intervir no curso dos acontecimentos, sob pena de os homens exterminarem ao próprio homem.

Não, eu não quero apavorar ninguém, apenas dizer como Jesus: quando vierem todas estas coisas acontecendo, lembrai-vos do que falei. Tudo isso está nas Escrituras não estou a inventar nada. Afinal, sei que pânico sentirão apenas aqueles que não têm suas almas preparadas nem depositaram ainda sua total confiança em Deus. Porque comparo com um exército de formigas de correição vasculhando o chão da floresta, assim será a ação dos demônios, e já está começando. O Papa os mantém longe e presos, mas prontos. Quando ele sair rompe-se o abismo e a terra é invadida pelas legiões do mal. Então o homem saberá quem são os demônios do aborto, da eutanásia, da pratica homossexual, da corrupção dos governos, e da desobediência a Pedro, cada um no seu campo. Ó sim, naquele dia muitos deles soltarão gritos de desespero.

Hoje gritamos nós assim suplicando a Deus, como está no Salmo 73, 18 Lembrai-vos: o inimigo vos insultou, Senhor, e um povo insensato ultrajou o vosso nome. 19 Não abandoneis ao abutre a vida de vossa pomba, não esqueçais para sempre a vida de vossos pobres. 20 Olhai para a vossa aliança, porque todos os recantos da terra são antros de violência. 21 Que os oprimidos não voltem confundidos, que o pobre e o indigente possam louvar o vosso nome. 22 Levantai-vos, ó Deus, defendei a vossa causa. Lembrai-vos das blasfêmias que continuamente vos dirige o insensato. 23 Não olvideis os insultos de vossos adversários, e o tumulto crescente dos que se insurgem contra vós.

Mas o Senhor nos adverte por São Pedro em sua segunda carta em 2, 15 Reconhecei que a longa paciência de nosso Senhor vos é salutar, como também vosso caríssimo irmão Paulo vos escreveu, segundo o dom de sabedoria que lhe foi dado. 16 É o que ele faz em todas as suas cartas, nas quais fala nestes assuntos. Nelas há algumas passagens difíceis de entender, cujo sentido os espíritos ignorantes ou pouco fortalecidos deturpam, para a sua própria ruína, como o fazem também com as demais Escrituras. 17 Vós, pois, caríssimos, advertidos de antemão, tomai cuidado para que não caiais da vossa firmeza, levados pelo erro destes homens ímpios. É tempo ainda de converter-se e semear sem medo, disso virão doces frutos de eternidade.

Sim, espíritos orgulhosos que deturpam as Escrituras e constroem um reino social, no que destroem a Igreja. Quem não entende nada das Escrituras tantas vezes está na parte alta desta Igreja, felizmente não na cabeça. Ainda! Está aí como exemplo a Campanha da Fraternidade como prova da subversão do Evangelho. Quaresma é tempo de conversão, de confissão, de arrependimento, de meditação profunda e de dar um mergulho nas profundezas da alma, para sentirmos que fomos responsáveis pela morte do filho de Deus, jamais tempo para crucificar novamente a Jesus. Mas é o que faz esta campanha de guias cegos.

Vejam: a palavra “conversão” aparece 16 vezes no texto da campanha, mas se trata de algo superficial, de volta das pessoas para o reino social das conferências. Duvidam? Pois a palavra “economia” aparece 54 e a palavra “política” consta 65 vezes. Mas não se fala uma só vez em pecado original, na origem de todo mal. Não consta uma só vez a palavra “Missa” ou “confissão”, mas “trabalho” tem 87 vezes. Trabalhar para encher barrigas, para este mundo que está caminhando ao fim. Por último, almas, salvação eterna, disso não se fala, mas consta por 119 vezes a palavra social. Perguntam ainda por qual motivo a Igreja terá de ser abalada até os fundamentos? E mundo junto com ela? U o mundo por causa dos maus pastores? Eles verão horrores!

Bem, é o que sempre temos falado e alertado: abalem a Igreja de Pedro, e o mundo tremerá dos pés a cabeça! Derrubem a Pedro, quebrando o fator de unidade, e o mundo cairá de joelhos sob o peso de uma gigantesca cruz. Quando acima mencionei os profetas quis apenas lembrar da Cruz que se abaterá sobre nações e povos. Os rebeldes em tumulto não suportarão o peso dela. Mas quiseram assim. Lúcifer também quis e vejam no que deu! Fardo leve, jugo suave, somente para os que forem fiéis até o fim! A estes, sem medo! Deus é Senhor dos acontecimentos. Quem Nele confia jamais será abalado! E com Ele vencerá!
Aarão




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GRITOS DAS TREVAS (Parte 1)


GRITOS DAS TREVAS (1)

(02/06/2003)

Nesta seqüência de quinze trabalhos, trago aos leitores, em tópicos, o resumo de um livro muito especial para mim. Se eu disser aos leitores, que aprendi mais com este livro, do que com a maioria de todos os outros que já li na vida, o leitor poderá ficar chocado, quando souber do que se trata. Avisos do Além é um livro relatando sete exorcismos realizados por uma equipe de sacerdotes, com a autorização da Igreja, respeitadas as normas e as fórmulas consagradas. Como o livro é muito difícil até de ser encontrado, porque o inferno faz de tudo para que as pessoas não tomem conhecimento dele, resolvemos trazê-lo a público, até porque não se encontra restrição à sua divulgação nele impresso. Ademais, como faremos apenas colagens, manteremos o original, apenas resumido.



Entre os motivos que nos levam a publicar estes textos, alguns poderemos destacar. O primeiro deles é trazer ao público não somente o grito das trevas em sim, mas um grito contra as trevas, que rapidamente espalham no mundo suas heresias. Assim, as pessoas de boa fé poderão estar preparadas, para o terrível momento em que trevas completas caírem sobre este mundo mau que criamos. O segundo motivo, é levar a todos aqueles incautos, em especial aos nossos irmãos separados, um aviso singular, para que não brinquem de exorcismo, porque seus atos servem apenas para brincar com os demônios. Eles não receberam este poder de Deus, porque não usam a estola – não receberam o Sacramento da Ordem. Ademais, aqui na terra, é em geral, somente diante do Santíssimo Sacramento, da Eucaristia, é que os demônios capitulam. E isso eles não têm! O resto é blefe!

O exorcismo é algo de muito sério, e somente aos padres ordenados, munidos de estola, fonte de poder por força de Deus, ou a aqueles aos quais Deus der este poder – e disso estão fora todos os pastores – é que efetivamente podem expulsar aos demônios em definitivo. E isso a custa de muita oração, e somente – porque Deus quer assim – pela invocação da Virgem Maria, o terror dos demônios. Por isso, todos os evangélicos estão fora disso, seus exorcismos são embustes. Jamais aconteceu um verdadeiro exorcismo entre eles, e quando toparam com um caso realmente verídico, sério, ele sempre isso acabou parando nas mãos de um sacerdote católico.

Para se ter uma idéia, um padre exorcista revelou que, dos 400 casos que lhe foram apresentados, apenas 10 eram verdadeiros. Os outros eram apenas ilusão de pessoas, manipuladas pelo maligno, mas não possessas. São estes que os evangélicos usam, a fim de iludir aos incautos, querendo fazer crer que têm poder. Por fim, serve para que ninguém tente, nem mesmo os católicos que se acham preparados, enfrentar as trevas sozinho, num exorcismo, sem uma proteção especial, sem uma autorização da Igreja, e sem a presença de um sacerdote exorcista. O demônio facilmente os derrotará a todos, sem exceção!

Nesta primeira parte, apresentamos os preparativos, exatamente como está nos originais, para que as pessoas se cientifiquem de que se trata de coisa muito séria, que foi tratada pelos sacerdotes exorcistas, com extremo cuidado. O que aconteceu de extraordinário neste caso, foi que, ao serem expulsos os quatro espíritos maus, em sete sessões, eles foram obrigados por Nossa Senhora a falar a verdade sobre tudo que acontece, especialmente na Igreja, fazendo revelações que estarrecerão ao leitor. O fato, essencial hoje, é que passados 28 anos daqueles trabalhos tudo está acontecendo milimetricamente conforme as revelações previram, de modo que, NEGAR tal evidência, é atirar na cabeça da própria estupidez. Estas manobras, o leitor perceberá, procedem dos adversários de Deus, encastelados dentro da própria Igreja. Eles combatem tenazmente a todos os que lutam contra o diabo.

Sabemos que certos setores da Igreja são tremendamente contrários à esta revelação, em especial aqueles que são atingidos diretamente pelas farpas que os demônios lançam, ao revelarem suas más atitudes, mas isso não nos assusta. Também aqueles que trabalham para satanás, não querem que isso venha a público, por isso a grande dificuldade de encontrar o livro, pois nenhum editor se anima a imprimi-lo. Importa então esclarecer. Importa alertar contra o inferno, e isso o faremos até quando força tivermos. Outras explicações daremos no início de cada texto. Peço aos leitores paciência, até que consigamos colocar todos os textos no ar, porque também aqui o amaldiçoado trabalha contra. Vamos ao livro!

(Nota: As nossas colocações ficarão sempre neste tipo de letra: Times New Roman

DEPOSITO LEGAL Nº 12425/88
DIFUSÃO CATÓLICA
CONFISSÕES DO INFERNO AO MUNDO CONTEMPORÂNEO
RELATO TEXTUAL DE SETE EXORCISMOS

GUARDA
1 9 8 7

A REALIDADE DO MALIGNO
(Nota à edição portuguesa)

Este livro que agora se publica, doze anos depois dos acontecimentos, é um grito de alarme aos suficientes que tudo explicam por causas naturais. Revela uma realidade hedionda, um mundo em permanente trabalho de destruição, que quer aprisionar as almas nas trevas e conseguir a sua condenação. Esses agentes do reino negro em expansão, falam do que estão a fazer, do que fizeram e do que planejam.
Tudo se passa no tempo do Papa Paulo VI, um homem de dores, e muito do que se diz refere-se àquela circunstância. No entanto, por cima disso, desfila um horizonte de destruição e negrura, uma aposta de demolição e uma raiva sem fim contra a humanidade e o Criador. O livro não perdeu atualidade: antes a ganhou, dado o sentimento do mundo que proclama abertamente a morte de Deus e do diabo. Na realidade, nem o Criador se apagou, nem a má criatura desapareceu: antes trabalha para a perdição da Igreja e dos homens, com uma inteligência e uma eficácia inquietantes.
Os documentos, no princípio e no fim desta obra, servem para mostrar que não se trata de uma história fabricada por alucinados na Suíça. É uma história real, verificável, inquietante, misteriosa, que nos lembra as terríveis palavras de Nossa Senhora de Fátima: «Vão muitas almas para o inferno, porque não têm quem reze por elas.» Esse sítio existe e desse poço infernal espalha-se um mal que invade as mentes, as instituições e a Terra. Leiamos com atenção e, como diz São Paulo referindo-se aos carismas, retenhamos o que é útil, o que é bom, o que é salvífico e nos pode ajudar na nossa vida de todos os dias.
Não nos fixemos nos pormenores, nas pequenas coisas; consideremos antes as grandes linhas e o sofrimento desta alma. Sofrimento real, terrível, medonho. Pensemos no nosso próprio sofrimento, tantas vezes exagerado para inglês ver. E se tivéssemos uma coisa assim? Elevemos o nosso espírito a Deus, numa oração profunda e verdadeira, peçamos por todos, invoquemos o Espírito Santo, e ... assim, com esta disposição, de entendimento aberto, comecemos a leitura.

Nota: Os textos destes Exorcismos, bem como os múltiplos comentários, foram publicados em alemão pela editora Martanisches Schriftanwerk (Trimbach-Suíça), a cargo do Dr. Buonaventur Meyer, e depois vertidos em francês e publicados pela Associação Tout Restaurer dans le Chrisi, dirigida pelo Dr. Jean Marty, já falecido. A edição portuguesa, mais simplificada e reduzida ao essencial, foi autorizada pela casa Editora Suíça. A ela e ao seu diretor os nossos agradecimentos

PREFÁCIO

A MINHA EXPERIÊNCIA

(Testemunho do editor Buonaventur Meyer)

A par do grande número de casos de possessão, que chegaram até nós pela Sagrada Escritura, são muitos os textos literários que através dos séculos dão testemunho de tais fatos. O holandês W. C. Van Dam, na sua obra modelar Demônios e Possessos (Pahloch Editora, 1970) cita mais de duzentos livros diferentes, que dão testemunho desta realidade.
No ano de 1947 tomei conhecimento de um caso de possessão e pude verificar como da mesma pessoa se emitiam vozes estranhas e como a aspersão com água benta provocava uma imediata reação de repulsa.
Em 1975 assisti a um exorcismo de sete pessoas possessas, numa Igreja em Itália. Presenciei as reações dos pobres possessos durante o exorcismo. Além disso, vi o seu comportamento durante a recepção dos Sacramentos, a sua oposição e, finalmente, a sua capitulação perante o Santíssimo Sacramento. As pessoas assim atormentadas tinham vindo, por sua livre vontade, para serem exorcizadas por um Padre piedoso, «porque procuravam um alívio, que ninguém mais lhes poderia dar», como elas próprias me confiaram.
Uma das possessas, que fora dos exorcismos se comporta como qualquer outra pessoa, mostrou-me cicatrizes nos seus braços, e explicou-me que durante 25 anos consultara médicos e professores de Medicina, mas ninguém tinha conseguido aliviá-la, a não ser aquele Padre, homem Santo, que na Igreja recitara um exorcismo. Esse Padre, homem piedoso e de alma fervorosa, proibiu-me de revelar o seu nome, dado que o Episcopado, por causa do ataque da imprensa atualmente generalizado em quase todo o mundo, não autoriza o Grande Exorcismo com que se expulsam os demônios e, além disso, impõe ao exorcista o maior silêncio para que nada seja tornado público.
Apesar da Bíblia referir cerca de 70 vezes o inferno e mais vezes ainda o demônio, encontramos na Igreja atual Bispos competentes, professores de Teologia tolerantes, que negam a existência pessoal do demônio, e com ela, a existência do inferno e também a existência de todo o mundo Angélico.


SOBRE A POSSESSA


A propósito da possessa que este livro refere, chegou-se há pouco, mais uma vez, à conclusão de que no caso desta mulher e mãe, se trata de uma alma reparadora, que desde os 14 anos é atormentada por pavorosos estados de angústias e períodos de insônia total. Foi tratada pelos métodos mais modernos da Medicina e da Psiquiatria durante as suas oito permanências em clínicas. Quando, depois do mais rigoroso tratamento, lhe deram alta, considerando-a como um caso inexplicável, um exorcista conhecido comprovou casualmente a possessão de um modo inequívoco. Após um exorcismo, que contou com a colaboração de vários Sacerdotes, realizado num lugar de Aparições da Virgem (Fontanelli – Montichiari, em Itália), tanto os demônios (anjos caídos) como almas danadas, (pessoas condenadas) foram obrigados, por ordem da Santíssima Virgem, a fazer importantes revelações dirigidas à Igreja atual.
Tendo convidado vários Bispos e representantes da Psiquiatria e Medicina para assistirem a um exorcismo, realizado em 26 de abril de 1978, dia da Festa de Nossa Senhora do Bom Conselho, estiveram em minha casa, para a realização do exorcismo, seis Sacerdotes e também o psiquiatra francês Dr. M. G. Mouret, diretor clínico do hospital psiquiátrico de Limoux (França) possuidor de grande experiência em tais fenômenos.
Depois do exorcismo de três horas, com muitas revelações saídas da boca da possessa antes e após o exorcismo, o Dr. Mouret deixou por escrito o seu testemunho, afirmando que no caso presente não se tratava nem de esquizofrenia, nem de histeria, mas sim do controle da pessoa por uma força exterior, que a Igreja Católica apelida – possessão.
Esta mulher, possessa e mãe de quatro filhos e é continuamente atormentada até ao limite das suas forças. Apesar disso, procura cumprir o melhor possível os seus deveres familiares. O fardo monstruoso, os tormentos causados pelos demônios que lhe perturbam o sono noturno, as continuas revelações feitas pelos espíritos, significam um martírio permanente. O seu único alívio vem daqueles Sacerdotes que, contrariando as tendências atuais, se compadecem do seu estado, lhe ministram os Sacramentos e recitam o Exorcismo.

* * *
Mas já em 25 de abril de 1977, por disposição da Divina Providencia, tinha visitado a possessa e assistido a um exorcismo, acompanhado pelo prelado Professor Dr. Georg Siegmund, de Fulda. Como docente, formara gerações de Sacerdotes e como também teólogo, filósofo e biólogo, publicara já um grande número de trabalhos científicos, de tal modo que o físico de renome mundial, o cristão evangélico Pascal Jordan, o qualificou como um dos filósofos e teólogos mais importantes da atualidade.
Sem tomar posição relativamente ao conteúdo das revelações demoníacas, o Prof. Siegmund atesta no epílogo: «Relativamente à pessoa, estou convencido de que não se trata, nem de uma histérica, nem de uma psicopata ou de uma doente psíquica, o que aliás já foi também confirmado por médicos especialistas. Os seus fenômenos de possessão, como eu próprio pude observar, dão a impressão de se tratar de possessão autêntica. Ela e também a sua família sofrem, pois que a autoridade competente, impede uma verdadeira assistência espiritual, por receios, aliás, compreensíveis, numa época em que reina a negação do espiritual.»
No seu testemunho, o Prof. Siegmund refere-se ao número sempre crescente de pessoas, mesmo nas escolas superiores de Teologia, que negam a existência de satanás e dos Anjos. Á esta atitude segue-se a destronização do Altíssimo.
Buonaventur Meyer



A VIDA POSSESSA


Embora a senhora em causa, devido ao seu estado de saúde e à grande distância e isolamento da sua aldeia natal só tivesse freqüentado a escola primária, possui inteligência acima da média, compreensão rápida e boa memória. Da sua biografia, que ela própria escreveu à máquina, extraímos as seguintes passagens (por motivos compreensíveis omitimos nomes e lugares e, por questões de espaço, abreviamos as descrições).
« Os meus pais viviam numa pequena quinta. O lugar é muito isolado. Nasci na Suíça alemã, em 1937, no Domingo do Santo Escapulário, dia em que a admissão das crianças na Congregação do Escapulário era solenemente festejada. Fui batizada na terça-feira seguinte. Diz a minha mãe que eu, em bebê, chorava imenso e dormia excepcionalmente pouco. Pensavam, no entanto, que isso era devido a problemas intestinais, mas nunca foi possível fundamentar essas conjecturas dum modo satisfatório.
Na primavera de 1944, comecei a freqüentar a escola. Era uma criança tímida e muito calma. Aprendia com facilidade. A leitura, a escrita e as contas, não apresentavam qualquer dificuldade para mim.
O meu lugar preferido era à beira do ribeiro, na erva e junto das flores. Muitas vezes juntava-me com outras crianças e gostávamos de agitar as pernas dentro da água. As nossas conversas eram iguais às de qualquer criança desta idade. Também falávamos, às vezes, de assuntos de caráter religioso, do Céu, do inferno, do Purgatório.
Fiz a primeira Comunhão em 1946. Levei esse ato muito a sério e preparei-me o melhor que pude. Dum modo geral, posso dizer que o tempo escolar passou sem incidentes dignos de nota. Desde muito nova acompanhava os meus pais ao campo, onde procurava ser útil. Os meus irmãozinhos exigiam muito tempo e trabalho.
Depois da minha primeira Comunhão passei a ir quase diariamente à Missa e à Sagrada Comunhão. Tinha, então, a sensação, quando lia o meu Missal negligentemente ou rezava menos, de que as graças eram menos abundantes. Aos treze anos, tive que agüentar ataques mais ou menos duros de outras crianças. Cochichavam que eu era uma “beata” e que queria ir para freira. Senti-me profundamente envergonhada, mas, referindo-se ao fato, a minha avó disse-me: «Ora, não dês ouvidos às outras crianças. Elas não sabem o que dizem. O que importa, é que Deus esteja contente contigo.
Gostava muito de ir à Igreja e, quando na Missa solene, o coro entoava cânticos, os altares estavam ornados de flores e o cheiro do incenso se espalhava, tinha a impressão de que todos se encontravam muito próximo do Céu.


A NOITE CAI


Algum tempo depois da morte da minha avó, em 1951, tive de enfrentar um período de duras provas. Apoderaram-se, bruscamente, da minha alma, angústias e escrúpulos que jamais experimentara anteriormente.
O sofrimento prolongou-se de modo inquietante. Eu já não era a mesma! É claro que os meus princípios e a minha atitude para com Deus se mantinham na mesma, mas todo o meu universo mental se pôs a vacilar e eu fui tomada de uma confusão profunda. Sentia uma enorme apatia e, interiormente, uma total falta de interesse. A doença e os sofrimentos atingiram uma intensidade tal, que às vezes me sentia despedaçada. Os pensamentos iam e vinham.
Fosse qual fosse o assunto das minhas reflexões, jamais encontrava uma luz. E o pior é que não conseguia libertar-me desses pensamentos. Era como se tudo estivesse gasto e apagado.
Uma ocasião, eu penso que no dia de Todos os Santos, em 1952, (tinha, portanto quinze anos), no meio de grande perturbação, disse à minha mãe: “Mãe, sinto-me num estado de grande atordoamento”. Ela disse-me algumas palavras de confiança e acrescentou que tudo havia de voltar ao normal.
Só era preciso que eu o quisesse verdadeiramente e procurasse a alegria perdida. Mas aí é que estava a dificuldade: não consegui encontrá-la, embora a tivesse procurado com todas as minhas forças. E, quanto à vontade, o que não teria feito e dado, para readquirir a minha antiga liberdade! Mas isso não estava nas minhas mãos. As minhas angústias aumentavam e eu já nem sequer conseguia dormir sozinha no meu quarto. O meu pai mudou de quarto e, assim, pude ir para junto da minha mãe. Embora ela estivesse junto de mim, o medo e a angústia estrangulavam-me a garganta.
As pancadas do meu coração ressoavam até o pescoço. Sentia-me assaltada de um terror imenso que me impedia até de falar. A angústia e o terror penetravam-me a tal ponto que uma hora parecia-me quase uma eternidade! Independentemente disto, tinha a consciência de que Deus queria que eu aceitasse estes sofrimentos pela salvação das almas. Esforcei-me por aceitar tudo. Nesta noite, também aconteceu algo de extraordinário, que me impelia a aceitar este sofrimento. (Quando digo aceitar, gostaria quase de acentuar que isto aconteceu na noite em que dei o sim).


ACEITAR A VONTADE DE DEUS


Era o começo da insônia total e, o mais simples era aceitar a vontade de Deus. Mais tarde compreendi que me envolvia e revolvia nesta cruel obscuridade, sem encontrar uma saída. Este tormento era o meu quinhão, dia e noite, e ninguém podia ajudar-me. A minha madrinha acompanhou-me ao médico, que ficava muito distante. Ele disse que eu tinha apanhado uma inflamação nos rins e na bexiga, e que isso atacara o sistema nervoso. Receitou-me medicamentos, mas continuei a piorar e algum tempo depois, o médico mandou-me para o hospital.
Deste modo, esta pobre criança foi submetida, desde os catorze anos, ao mais duro dos martírios. Passou os anos seguintes ajudando nos trabalhos domésticos, sendo essa atividade apenas interrompida pelos tratamentos médicos e por curtas estadias no hospital. Como se esses sofrimentos não bastassem, teve que mandar arrancar os dentes porque um médico pensou que eles eram a causa dos seus sofrimentos. Isto, porém, não levou a nenhuma mudança no seu estado; foi apenas, para a pobre, um sofrimento suplementar.
A Divina Providência deu-lhe então um homem sem fortuna, mas honesto. Casou com ele em 1962, embora a princípio a família a tivesse dissuadido de o fazer. Esta mulher e mãe, na casa dos quarenta anos, deu à luz quatro encantadoras crianças. Durante a gravidez e os partos não experimentou quaisquer melhoras nos seus inexplicáveis sofrimentos. Pelo contrário. Mais enfraquecida que nunca, ela foi levada para clínicas e casas de repouso, mas por fim os especialistas de uma clínica de grande nomeada, mandaram-na para casa, como uma pessoa mentalmente sã, mas considerando-a um caso inexplicável.
Injeções, eletrochoques e outros tratamentos, ocasionaram-lhe maiores e insuportáveis sofrimentos, interrompidos apenas por fugidios raios de luz. Por volta de 1972, (então com 35 anos), registrou ligeiras melhoras. Ela escreveu a este propósito:
« Descobriu-se, por acaso, que sofria duma falta total de fósforo. Tomei umas cápsulas e, de fato registraram-se melhoras, no meu estado geral. Até que ponto era fósforo, até que ponto era a vontade de Deus que me dava finalmente alívio? Não sei! Consegui dormir, se é que se pode chamar dormir a um mero passar pelo sono ou, quando tudo ia pelo melhor, dormitar. Os estados de angústia eram cada vez mais raros, sentia de novo vontade de rir e podia já fazer normalmente os meus trabalhos caseiros. O meu marido andava radiante, mas não havia ninguém que se sentisse mais aliviado do que eu. Podia ter novamente dois filhos comigo, o que me dava uma enorme alegria. Louvei e glorifiquei o Senhor por ter sido finalmente liberta, mas nem por isso deixei de compreender que o sofrimento, por maior e mais esmagador que seja, pode ser sempre uma graça. Por isso, pensava muitas vezes que Ele sabia a razão de me ter conduzido através desta noite.

EXORCISMOS E REVELAÇÕES

Em 1974, sobreveio uma grave recaída. « A minha irmã levou-me à casa de um bom homem que já tinha prestado ajuda à muitas pessoas. Na sua presença, senti bruscamente uma sacudidela no braço, sem que eu o tivesse movimentado. O homem disse de repente: ‘Penso que a senhora está possessa.’ Em seguida, fui ter com um Sacerdote, que se mostrou muito séptico, mas que apesar disso, fez um exorcismo. Então, ele declarou-me que todos os sinais indicavam que se tratava de possessão. »
Finalmente, depois de difíceis exorcismos e de muitas orações, um exorcista experimentado conseguiu romper a barreira. Depois de vários exorcismos, os demônios e as almas condenadas, com certos intervalos, foram-se revelando. Conseguiu-se mesmo uma libertação temporária, mas todos os demônios voltaram. Pediu-se a um Bispo para dar autorização a um exorcismo oficial e para tomar a responsabilidade.
No dia 8 de Dezembro de 1975, cinco exorcistas obtiveram autorização para o Grande Exorcismo. Seguiram-se outros, de caráter mais limitado, em que estiveram presentes no máximo, três Padres. As revelações feitas no decurso destes exorcismos pelos demônios, sob as ordens da Santíssima Virgem, são as que se encontram na presente obra.

SITUAÇÃO PRESENTE

Os pais confirmaram, em algumas frases escassas e sucintas, certas datas da vida da sua filha. Tanto eles como ela ignoram até 1974 a origem dos seus indizíveis sofrimentos. Tudo tentaram, quer através da Medicina, quer da Psiquiatria, para que a filha pudesse ter alívio e curar-se. Tudo em vão. Restou-lhes unicamente o caminho da oração.
O que mais impressiona na casa paterna é a simplicidade e o horror a qualquer idéia de maravilhoso e espetacular. A origem dos sofrimentos da filha é para eles inexplicável e se entregam confiantemente à oração, numa submissão total à vontade de Deus. Os numerosos documentos, como cartas, registros gravados e fotografias tiradas durante os exorcismos, estão à disposição da Igreja, para uma investigação canônica.
A Divina Providência nem sequer permitia que os seus amigos ou vizinhos se interessassem pelo que estava a passar. A sua possessão só se manifesta na sua vida interior e, embora seja cruelmente atormentada durante noites inteiras, pode durante o dia desempenhar as suas tarefas domésticas.
Desde 1975 que não freqüenta a Igreja é horrivelmente assediada pelos demônios, em diversas partes da Santa Missa, à benção ou quando se encontra em contacto com relíquias ou objetos benzidos. Sempre que possível, é semanalmente visitada por um Sacerdote que lhe ministra os Sacramentos.

OS PLANOS DE DEUS

Os sofrimentos expiatórios que esta mulher aceita com tanta generosidade, a miséria interior que suporta e o total abandono em que vive, particularmente nos dias que se seguem aos exorcismos, em união com os sofrimentos de Cristo, com a sua agonia e abandono, decerto muito contribuirão para a salvação das almas. A grande preocupação desta alma reparadora é a de não entravar, por sua culpa, as revelações feitas ao nosso tempo, pelos demônios, sob as ordens da Rainha do Céu e da Terra, e não permitir assim que, por negligência e descuido, muitas almas, que poderiam salvar-se, sejam condenadas para sempre.
Pedimos a todos os leitores destas linhas uma oração muito especial por intenção desta alma tão sacrificada.


TESTEMUNHOS

TESTEMUNHO DO REV.º PADRE RENZ *

Devido ao empenhamento de um irmão espiritual da companhia de Jesus, o Padre Rodewyk SJ, acedi a um convite para me deslocar à Suíça onde, juntamente com outros Padres, fiz cinco exorcismos, seguindo o método de S.S. Leão XIII, de 10 de Junho à 13 de Julho de 1997, à possessa.
De acordo com a minha experiência nestes assuntos estou convencido de que, no presente caso, se trata de possessão e que as revelações feitas pelos demônios resultam do comando e da coação evidente de um poder superior. Isso não impede que os demônios resistam continuamente à essa imposição. O calvário extremamente doloroso da possessa, desde há vinte e quatro anos, a sua aceitação dos sofrimentos enviados por Deus, as muitas orações de um grande número de pessoas e o conteúdo das revelações feitas, são garantias de que elas são queridas por Deus e por Maria, Mãe da Igreja.
Naturalmente que todas as comunicações sobre a verdadeira doutrina da Igreja e a sua situação atual, têm que ser examinadas. A oposição levantada contra as revelações presentes denuncia a vontade destruidora dos demônios. O conteúdo do livro tem como objetivo uma sólida renovação da Igreja. Aliás, não é a primeira vez que Deus e a Santíssima Virgem se manifestam à Igreja através dos demônios, como o prova a conhecida obra Sermões do demônio, de Niklaus Wolf von Rippertschwand (13 de Junho de 1977).

* O Padre Arnold Renz, SDS, nasceu em 1911 e foi ordenado Sacerdote em Passau, em 1938, como membro da Ordem dos Salvatorianos. De 1938 até 1953 trabalhou como missionário em Fuklen (China). De 1954 a 1963 foi pároco e director espiritual de várias paróquias e institutos religiosos. A partir de 1965 a até 1976 foi pároco em Rueck-Schippach St. Pius (em Spessart, Diocese de Wurzburg). O Bispo Stangl, de Wurzburg, encarregou-o do caso de possessão de Anneliese Michel, em Klingenberg. Em seguida, voltou para a paróquia.

TESTEMUNHO DE DENKINGER, JOVEM TEÓLOGO

Testemunho de um jovem teólogo, que analisou directamente o texto do livro, antes da impressão definitiva.
« Depois duma leitura crítica da presente obra, depois de ouvir algumas das gravações, depois de uma visita à mulher em questão, só me resta declarar o seguinte: - Estou absolutamente convencido da autenticidade Divina das revelações aqui publicadas. Eu e a minha teologia moderna temos de nos render perante uma humildade tão grande, como a que se ressalta dos textos. »

Johannes Denknger (Teólogo diplomado, Olten)


ALGUMAS OBSERVAÇÕES
E ESCLARECIMENTOS

Os demônios são forçados pelo Céu a falar, contra vontade, sobre a Igreja e a sua situação actual, de tal modo que as suas declarações contrariam o seu reino e favorecem o Reino de Cristo. No seu ódio, os espíritos infernais evitam, na maior parte das vezes, pronunciar o nome de Maria, da Bem-Aventurada, da Virgem ou de Mãe de Deus. Referem-se à Virgem Santíssima como : «Ela lá em cima.» Também não dizem: «Maria assim o quer», mas, «Ela quere-o», «Ela força-nos», «Ela manda dizer.» Do mesmo modo rodeiam, de diversas maneiras, o nome de Jesus e da Santíssima Trindade. Muitas vezes sublinham as suas palavras com um gesto do dedo da possessa, apontando para cima ou para baixo.
Quando os demônios exigem orações, por exemplo, quando dizem que é necessário recitar uma oração, ou orações, antes de falarem, é claro que este pedido não resulta de um desejo do inferno, mas do Céu, que o exprime por intermédio dos demônios. Durante as revelações feitas por sua boca, a possessa foi violentamente atormentada por dificuldade em respirar, convulsões, perturbações cardíacas e crises de sufocação. Daí o carácter muitas vezes irregular das frases. Como estes exorcismos contrariavam o inferno, os demônios recusaram-se muitas vezes em continuar a falar. Além disso, punham objeções diversas, rosnavam, gritavam, troçavam e cinqüenta por cento destes apartes foram omitido por questões de brevidade e simplificação, mas, no conjunto, a luta foi muito mais dura e prolongada do que o leitor poderá imaginar. É preciso ter isto bem presente para não cometer o erro de pensar que estas graves revelações foram obtidas facilmente.


ÁTRIO

OS EXORCISTAS

Os Sacerdotes, cujos nomes se seguem, declaram que, baseando-se no seu conhecimento pessoal do caso de possessão, estão absolutamente convencidos da autenticidade das revelações feitas pelos demônios, sob a ordem da Santíssima Virgem.
Padre Albert d’Arx, Niederbuchsiten
Padre Arnold Egli, Ramiswil
Padre Ernest Fischer, Missionário, Gossau
Padre Pius Gervasi, OSB, Disentis
Padre Karl Holdener, retirado, Ried
Padre Gregor Meyer, Trimbach
Padre Robert Rindere CPPS, Aww
Padre Louis Veillard, retirado, Cesneux-Péquignot
Os Sacerdotes são todos de nacionalidade Suíça, exceto o Padre Fischer, que é alemão. Todos participaram nos exorcismos, salvo o Padre Gregor Meyer, que durante algum tempo foi o diretor espiritual da senhora atacada e que a conhece, muito bem. Dois outros Padres, de nacionalidade francesa, participaram também nos exorcismos.

NOTE BEM: Apesar do testemunho dos Sacerdotes envolvidos e de outros peritos, desejamos declarar, de acordo com o decreto do Papa Urbano VIII, que a este documento só se pode dar uma fé humana. Submetemos a totalidade do texto ao juízo supremo da Santa Igreja.

Mas nós acrescentamos: Eles deveriam ser muito idiotas ou masoquistas a ponto de envolverem seus nomes em uma revelação tão terrível, mal sabendo que seriam tão perseguidos como de fato o foram e continuam sendo ainda hoje. Nos dois artigos finais desta série, passaremos alguns comentários e uma entrevista na íntegra com o Padre Amorth, talvez o mais célebre exorcista em atividade. Esta entrevista não consta do livro, mas tem relação íntima com ele.

Assim, temos a base das revelações que virão a seguir. Estas coisas são importantes, para que o leitor se familiarize com o tema, e não tenha medo de seguir adiante. Tudo foi feito pela nossa Igreja Católica, dentro das regras da Igreja Católica, de modos que não há o que temer. Sempre digo a mesma coisa para a questão do medo: Quem tem a alma limpa, quem tem a consciência absolutamente tranqüila, não teme, pois Deus está com Ele.

Esperamos que todos possam aprender, nos detalhes das revelações, tanto quanto eu. Para mim, foi uma verdadeira escola de vida. Sobre este livro eu chorei, e destas revelações do além, adquiri ainda uma força maior para seguir avante na minha missão. Até o último trabalho desta série, o leitor terá lido 95 páginas de muitas revelações.

Que a Santíssima Trindade nos ajude neste trabalho.

Nas mãos de Jesus e Maria.

Aarão!


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