12 de maio de 2009

Cerca de 700 quilômetros quadrados de gelo da Antártida já caíram no oceano




Pedaços de gelo se desprendem de plataforma na Antártida

Cerca de 700 quilômetros quadrados de gelo já caíram no oceano, de acordo com dados de satélite. Aproximadamente do tamanho de Nova Iorque.

BERLIM - Enormes pedaços de gelo estão se desprendendo de uma plataforma de gelo na Península Antártida, disseram os pesquisadores nesta quarta-feira, 29, alertando que uma área maior de 3367 km² - área maior que Luxemburgo - está ameaçada nas próximas semanas.

A plataforma de Wilkins ficou estável durante a maior parte do século passado, mas começou a retrair na década de 1990. Pesquisadores acreditam que ela era mantida no lugar devido a uma ponte de gelo que liga a ilha de Charcot ao Ártico.

Mas a ponte de 330 km² perdeu dois grandes pedaços no ano passado e então se despedaçou por completo em abril.

“Como consequência do colapso, as fissuras, que já estavam presentes que já estavam presentes ao norte da geleira, se ampliaram e novas rachaduras se formaram durante o ajuste do gelo”, disse a Agência Espacial Europeia.

O primeiro pedaço de gelo de desprendeu na sexta-feira, e desde então cerca de 700 quilômetros quadrados de gelo já caíram no oceano, de acordo com dados de satélite.

“Há pouca dúvida de que essas mudanças são resultado do aquecimento global”, disse David Vaughan do British Antarctic Survey.

Esses desprendimentos não aumentam o nível dos oceanos, já que o gelo já estava flutuando anteriormente. Mas essas plataformas normalmente seguram geleiras, quando elas se desintegram o gelo derrete para os oceanos com mais facilidade.

“Pela primeira vez, creio eu, nós podemos realmente começar a observar processos que precipitam a degradação da calota polar”, disse Vaughan.

Segundo ele, oito placas de gelo da Península Antártida mostraram sinais de recuo nas últimas décadas. “O recuo da placa de Wilkins é o maior e mais recente de todos”, observou.

A placa de Wilkins tem o tamanho da Jamaica. Somente no ano passado, ela perdeu 14% de sua área, de acordo com cientistas que estudam a Antártida.

A temperatura média na região aumento 2,5ºC nos últimos 50 anos, acima da média mundial, revelam estudos.

Os cientistas calculam que a placa de Wilkins perderá, nas próximas semanas, 3.370 quilômetros quadrados de área, o que equivale a mais de duas vezes o tamanho da cidade de São Paulo.

No entanto, segundo a pesquisadora Angelika Humbert, do Instituto de Geofísica da Universidade Muenster, ainda não está claro como a situação evoluirá.

Nível dos oceanos pode subir 25% a mais do que o esperado


Cientistas da Universidade Estadual do Oregon (EUA) descobriram que, caso as previsões sobre o derretimento da camada de gelo na Antártida ocidental se confirmem, o aumento do nível do mar será maior que o esperado. Segundo pesquisas do grupo liderado pelo geofísico Jerry Mitrovica, pela física Natalya Gómez e pelo geocientista Peter Clark, os oceanos podem subir 25% a mais.

Segundo Mitrovica, até pouco tempo atrás, acreditava-se que o derretimento do gelo faria o nível do mar subir cinco metros. Ele explicou que os cálculos feitos transformaram o volume total da calota de gelo em água e consideravam que a água seria distribuída por igual no mundo.

Mas, para os pesquisadores, esta é uma estimativa “muito simplista”, que não leva em conta outros efeitos fundamentais. Em primeiro lugar, quando uma placa de gelo derrete, perde sua força gravitacional e faz com que a água se afaste. Assim, quando uma calota de gelo se funde, o volume de água diminui em um raio de dois mil km e, consequentemente, aumenta nas áreas mais afastadas.

“Se a placa de gelo no oeste antártico derreter, o nível do mar perto da Antártida diminuirá, mas aumentará muito mais do que o esperado no hemisfério norte, por causa deste efeito gravitacional”, disse o especialista.

O estudo, que será publicado no dia 6 de fevereiro pela revista Science, acrescenta que outro fator ignorado nas outras simulações é o buraco que ficará no lugar da placa.

Os cientistas afirmam que a região encherá de água. Porém ainda prevêem que, depois que o gelo desaparecer, o buraco diminuirá de tamanho, empurrando parte da água em seu interior de volta para o mar, contribuindo para aumento do nível dos oceanos.

Os autores do artigo dizem também que, se a placa de gelo desaparecer totalmente causará uma mudança no eixo de rotação da Terra. Isso provocaria um deslocamento na água dos oceanos Atlântico e Pacífico, do sul para o norte, afetando as áreas da América do Norte e do Oceano Índico meridional.

“O efeito de todos estes processos é que, se a placa de gelo da Antártida ocidental derreter, o aumento no nível do mar em muitas regiões litorâneas será pelo menos 25% maior que o esperado”, alertou Mitrovica.

Isto se traduziria em um aumento de seis a sete m do nível do mar, “uma grande quantidade de água adicional, sobretudo ao redor de áreas urbanas como Washington DC, Nova York e a costa da Califórnia”, disse.

A comunidade científica ainda está debatendo que quantidade de gelo desapareceria se a placa ocidental derretesse, mas segundo o cientista, aconteça o que acontecer, “o trabalho comprova que o aumento do nível do mar que se produz em muitas zonas litorâneas povoadas seria muito maior” do que o indicado pelas primeiras estimativas.

fonte: EFE

Obama é um anjo e um demônio para o Vaticano, afirma Sandro Magister


10.05.2009 - Em um artigo publicado esta manhã, o vaticanista italiano Sandro Magister, assinala que enquanto L’Osservatore Romano elogiou a Barack Obama por sua “moderação”, dois peritos da Pontifícia Academia das Ciências Sociais o criticaram por estar abertamente a favor do aborto.

Em seu artigo titulado “Anjo ou demônio? No Vaticano Obama é as duas coisas”, Magister explica que a oposição entre a “calma olímpica do jornal vaticano” ao avaliar os primeiros 100 dias de Obama e “as vivazes críticas a Obama de um número crescente de fiéis e de bispos americanos “geraram “surpresa” em alguns dicastérios vaticanos.

À diferença de alguns analistas nos Estados Unidos, que afirmam que não existem sinais contrários a Obama na Cúria Vaticana, Magister considera que, logo do artigo pró-Obama do L’Osservatore Romano, a Assembléia Plenária da Pontifícia Academia para as Ciências Sociais, que se realizou do 1º. ao 5 de maio em Roma, levantou uma aguda crítica contra o mandatário americano.

Além disso, Magister recorda que a Presidenta deste dicasterio, a professora americana Mary Ann Glendon, quem retornou agora ao posto que tinha deixado faz um tempo para assumir o cargo de Embaixatriz dos Estados Unidos ante a Santa Sé, rejeitou a medalha Laetare da Universidade de Notre Dame (católica) em protesto pela decisão desta casa de estudos de outorgar um Doutorado Honoris Causa ao Presidente Obama no próximo domingo 17 de maio.

O perito vaticanista especifica em seu artigo que o Arcebispo francês Dom Roland Minnerath e o perito sacerdote belga Michel Schooyans coordenaram suas conferências para criticar duramente a mentalidade “messiânica” de Barack Obama e Tony Blair, quem foi até recentemente Primeiro-ministro da Inglaterra.

Antes de reproduzir integralmente a conferência do Pe. Schooyans, Magister assinala que D. Minnerath é um conhecido do Papa Bento XVI, quem o nomeou como Secretário Especial para o Sínodo dos Bispos de 2005. Por sua parte o sacerdote belga é um dos peritos mais renomados internacionalmente quanto às políticas que relacionadas com a defesa da vida.

A segunda parte da conferência do Pe. Schooyans titulada “Obama e Blair. O messianismo re-interpretado” na qual o perito belga afirma que o aborto no mundo crescerá dramaticamente como conseqüência da política anti-vida de Obama, pode ler-se integralmente em italiano em: http://chiesa.espresso.repubblica.it/articolo/1338321?sp=e



Fonte: ACI