24 de julho de 2009

A nova realidade da cyberciências




Quanto tempo falta para que o homem consiga comandar a casa num estalar de dedos? Não falta tanto tempo assim. Um cientista inglês, por exemplo, implantou chips no corpo para mostrar como o homem pode interagir com máquinas.

Quanto tempo falta para que o homem consiga comandar a casa num estalar de dedos? Não falta tanto tempo assim. Um cientista inglês, por exemplo, implantou chips no corpo para mostrar como o homem pode interagir com máquinas.

Ele anuncia que, no futuro, crianças com chips implantados no cérebro vão aprender, em segundos, o que levariam anos estudando na escola.

Que cientista seria capaz de mutilar o próprio corpo em nome de uma experiência científica? Eis o voluntário: Kevin Warwick, pai de dois filhos, pesquisador-chefe do Instituto de Robótica da Universidade de Reading, na Inglaterra.

Na sala 188 da universidade, ele tenta antecipar como será o futuro da humanidade. O cientista enfrentou cirurgias para implantar chips no próprio corpo. Imagens documentam o momento em que os médicos completaram o implante, no braço esquerdo do cientista.

Com o chip dentro do corpo, ele poderia interagir com computadores e acionar máquinas. O chip é uma peça minúscula, feita à base de silício. Funciona como uma espécie de órgão do corpo humano.

Kevin Warwick se declara o primeiro cybercientista da história. Ao enfrentar a experiência, o cientista diz que quer antecipar um futuro fascinante. A Terra, diz ele, será um planeta povoado por seres humanos que estarão fisicamente conectados a máquinas e computadores.

Geneton Moraes Neto: O senhor diria que um dia os chips serão parte de nosso corpo?

Kevin Warwick: As vantagens do implante de chips no nosso corpo são tão grandes que não vejo como evitá-lo. Quem não quiser ter chips implantados será considerado uma subespécie.

A primeira experiência com o chip deu certo. Com um simples gesto do braço em que o chip foi implantado, o cientista acende e apaga luzes sem sair do lugar.

Kevin Warwick: Depois do primeiro implante feito no meu braço passei a ser reconhecido pelo edifício. Portas se abriam, luzes se acendiam quando eu passava. O implante que fiz no braço pode ser usado como identificação. Quem estiver com o chip implantado poderá ter o acesso liberado em prédios de segurança máxima. Há outro chip que pode ser implantado em criminosos como pedófilos, por exemplo. Toda vez que ele se aproximar de um local como um shopping, as portas se fecharão. É um uso possível.

O cientista aciona uma mão mecânica.

Kevin Warwick: Sinais emitidos pelo sistema nervoso central fazem com que o computador movimente a mão-robô. Eis um exemplo de como homem e máquina podem se transformar em um corpo só. A grande vantagem é que a mão-robô não precisa necessariamente estar colada ao corpo. Conectado a um computador através de um chip implantado no corpo, o sistema nervoso pode movimentar a mão à distância, via internet. Você pode estar no Brasil e a mão-robô na Grã-Bretanha...

O cientista não esconde a alegria ao movimentar uma cadeira de rodas com o chip implantado no braço. Ele anuncia: quer ser o primeiro humano a ter um chip implantado no cérebro, uma experiência radical.

Geneton Moraes Neto: O senhor vai usar seu corpo para futuras experiências científicas?

Kevin Warwick: Ter um implante no cérebro é o meu próximo passo. Quero ser o primeiro a experimentar. Isso pode ser perigoso, mas sei que é tecnicamente possível.

O primeiro cybercientista diz que a implantação de chips no cérebro criará uma revolução na educação: as crianças aprenderão de outra maneira.

Geneton Moraes Neto: Será possível transferir o conhecimento de um computador para o cérebro de uma criança um dia?

Kevin Warwick: As crianças serão educadas não nas escolas, como hoje, mas através de chips que serão implantados no cérebro. A educação estará em um software. A criança não precisará estudar matemática, fatos e números. Bastará apertar um botão. O estudante aprenderá tudo automaticamente.

O que vai acontecer nos próximos anos?

Como as máquinas estão se tornando mais e mais inteligentes, um dia elas poderão governar o mundo, a não ser que nós humanos nos aperfeiçoemos e nos tornemos parte das máquinas. Ou seja: teremos de ligar nossos cérebros diretamente ao cérebro das máquinas.

O primeiro cyber-cientista chama a atenção para uma nova realidade: o homem já criou uma super-máquina, onipresente em todo o planeta.

Kevin Warwick: É a internet. Não se pode desligá-la. Tecnicamente é possível, mas na prática não é. Já existe, portanto, algo que não podemos desligar. Nenhum governo, nenhuma organização militar pode controlá-la.

Que tipo de conselho o senhor daria a uma criança ou a um jovem que sonha hoje em ser um cientista?

Se você olhar para o mundo tal como ele era há cem, duzentos anos, verá as mudanças incríveis: jatos, telefones, televisão, rádio, coisas que não existiam mudaram o mundo completamente. Se você é uma criança no Brasil querendo saber como o futuro será, deixe a imaginação voar. Tudo é possível. Se seus professores disserem: ‘Ah, essas coisas não vão acontecer’, eles não sabem o que estão dizendo. Vocês, crianças, é que farão o futuro acontecer. Vá e faça! Torne possível! Você, uma criança, no Brasil, pode mudar o mundo!

Fonte: Globo.com

http://fantastico.globo.com/Jornalismo/Fantastico/0,,AA1609063-4005,00.html

Terremoto aproxima Nova Zelândia e Austrália em 35 cm



22 de julho, 2009

Um forte terremoto nesta terça-feira na Nova Zelândia provocou uma deformação em uma das ilhas do país que a aproximou da Austrália em 35 centímetros, segundo um centro de pesquisas do governo neozelandês.


O centro GEO Science registrou um terremoto de 7,8 graus no sudeste da Nova Zelândia – o mais forte em 80 anos no país. Os cientistas neozelandeses afirmam que foi o tremor de terra mais forte do mundo neste ano, até o momento.



Terremoto provocou deslizamento em áreas inóspitas na Nova Zelândia

A Nova Zelândia tem duas ilhas principais: a do Norte e a do Sul. Com o tremor, a Ponta Puysegur, na Ilha do Sul, deformou-se, com expansão de 35 centímetros em direção à Austrália. Cientistas afirmam que a aproximação é irrelevante, já que os países continuam a mais de 2,2 mil quilômetros de distância.

‘Sorte’

O tremor aconteceu às 9h22 da noite de terça no horário local (6h22 da manhã no horário de Brasília) no fiorde Dusky Sound, na ponta sudoeste da Ilha do Sul.

“O terremoto eclodiu a cerca de 30 quilômetros de profundidade e movimentou-se para cima até o sul, concentrando energia fora do litoral”, afirma um comunicado da GEO Science.

“O movimento foi mais uma rolagem do que um rompimento. [...] Isso explica porque os danos foram muito menores do que o esperado para um tremor desta magnitude.”

“Isso e a localização remota do epicentro significam que a Nova Zelândia teve muita sorte – se este terremoto tivesse acontecido em qualquer outro lugar, ele teria provado danos imensos.”




fonte: BBC BRASIL