15 de abril de 2009

GRITOS DAS TREVAS (Parte 8)



(Parte um) - (02/06/2003)

Neste capítulo, no que tange aos exorcismos em si, compreenderemos melhor o imenso poder que Deus deu à Nossa Senhora. O fato de Deus permitir – e obrigar – que estes fatos sejam revelados pelos demônios, não nos deveria espantar. Na verdade mesmo, os homens não querem crer, e por isso Deus Se obriga, por todos os meios, a nos alertar, para nos abrir os olhos. Outra coisa, o leitor deve ter percebido, durante as sessões anteriores, a pressão que Lúcifer e sua camarilha exercem contra o demônio que está sendo expulso, para que ele não fale, para que não denuncie ao mundo os artifícios do inferno. Eis que agora, a um dado momento, Nossa Senhora obriga a outro demônio maior, chamado Belzebu, muitíssimo mais poderoso qualquer alma caída, para que tom o lugar de Judas, e responda as perguntas que os exorcistas fazem, ou para que diga ao mundo, aquilo que o Céu o obriga a dizer.

Ora, este Belzebu é na verdade o segundo na hierarquia do inferno. Ele vem logo após Lúcifer, e por outras revelações se sabe que, já muitas vezes, nestes milênios desde a queda dos anjos, os dois se engalfinharam em lutas monumentais, pela disputa da supremacia do comando infernal. Porém Lúcifer é mais forte, ou seja, ele é ainda mais mau que este outro, e isso nunca mudará. Deste modo, como se trata de um dos mais poderosos demônios do inferno, a revelação também passa a ter também, um cunho ainda mais forte, mais profundo e mais revelador que os outros, porque ele conhece melhor a Deus e às suas coisas. Porém, foi sem espernear muito que Belzebu falou. E por ser um texto que passaria de vinte páginas, preferimos separá-lo em três textos distintos, porque assim se torna mais fácil de assimilação, uma vez que os leitores podem meditar melhor em cada um.

EXORCISMO DE 30 DE MARÇO DE 1976

Contra Judas Iscariotes (J) e
Belzebu, demônio do coro dos Arcanjos (B)

A VIRGEM SANTÍSSIMA COMANDA

E – Em nome de Jesus, diz-nos, quem tem de falar?
J – Judas tem de falar.... Por agora, isso é uma questão supérflua. Primeiramente é preciso por os vossos assuntos em ordem (rosna).
E – Em nome de Jesus, por em ordem, o que?
J – O assunto que se refere à publicação deste livro (rosna de novo). E isso ainda não é tudo.
E – Que significa “não é tudo?” Diz a verdade, tens de falar. Diz a verdade, em nome (...)!
J – Nós não queremos falar. Já não queremos dizer mais nada.
E – Em nome do Santíssimo Sacramento do Altar, que tu traíste, depois da Última Ceia, tens de falar agora!
J – Se eu tivesse sabido, nunca o teria traído!
E – Nessa santa tarde traíste Jesus e agora, em seu Nome, e em nome de todos os Santos Apóstolos e Papas, que não atraiçoaram Cristo tens de falar. Diz agora a verdade e só a verdade. Tens de falar, Judas Iscariotes!
J – O que está impresso, está em ordem, mas isso não é ainda tudo.
E – Então que é que falta? Diz a verdade em nome (...)!
J – É precisamente isso que nós queremos dizer. Ide para casa, ide-vos embora.
E – Não, agora não vamos para casa! Agora tem de falar Judas Iscariotes e belzebu. Nós vos ordenamos que digas só a verdade!
J – Como nós (aponta para cima) A odiamos! (geme) Não nos podeis exigir isso!
E – Podemos sim! Ela é vossa Rainha e Soberana. Todo o inferno lhe deve obedecer!
J – De acordo, Ela, (aponta para cima), de acordo, Ela deve... (geme como um miserável), Ela lá está com coroa e cetro e sobre a coroa tem essa cruz (os seus gritos comovem). Oh! Como A tememos!
Nós não queremos que uma mulher mande em nós, não queremos. Tenho de repetir coisas que já foram ditas e tenho de acrescentar coisas novas.
Sem entrar em pormenores, Véroba disse que as vossas orações eram um paradoxo, pois sem elas o Aviso já teria surgido. No entanto, o verdadeiro motivo deste retardamento é outro: é para que mais alguns homens ainda se salvem.
A Santíssima Virgem quer que este maldito livro seja largamente difundido (1). E isso era só o que nos faltava; que todo o mundo soubesse o que nós tramamos. As pessoas poderiam talvez mudar de vida, começariam certamente a mudar de vida, começariam certamente a duvidar de tudo o que nós propagamos através de Roma, e voltar-se-iam para a antiga tradição. Só nos faltava mais esta, só nos faltava mais esta.
É claro que Ela (aponta para cima) quer que digamos outras coisas.
E – Tens que dizer a verdade, em nome (...)! Tens de falar para a Igreja!
J – Já fiz demais pela Igreja, por esse maldito “caixote de lixo.”(2)
E – Fala agora para a Igreja, a Santa Igreja, que jamais perecerá, em nome (...)!
J – Bem! Não tenho outro remédio senão falar.
E – Sim, as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Vós não tendes poder para destruir a Igreja.
J – Sobre a Igreja falaremos mais tarde. Primeiro eu quero continuar com o tema que estava a tratar. Da Igreja falaremos mais tarde!
Ela quer que eu ainda acrescente mais qualquer coisa ao assunto do sexo e aos problemas da juventude. Ela quer que todos saibam que é preciso falar do altar, sobre esses assuntos, que é preciso pregar sobre as virtudes (respira com dificuldade); que é preciso que todos saibam, como a culpa pesa... ouvis?... como pesa e aonde conduz.
E – Que culpa, fala em nome (...)!

(1) Embora ele seja autorizado a dizer a palavra “maldito”, referindo-se a este livro, o sentido é: maldito para o inferno, no sentido de ruim para o inferno, não para Deus.
(2) Devemos compreender aqui, que estas expressões de baixo calão contra a Igreja não procedem do Céu e sim dos próprios espíritos maus. Mas como viram, quando a expressão tenta ser dirigida contra Deus, ou contra a Igreja, até ela é indicada, mas jamais blasfêmia alguma do inferno será pronunciada contra Maria Santíssima. Quando ele cita, então, a Igreja como um caixote de lixo, de certa forma é porque ela está sendo feita assim.

OS PECADOS DOS HOMENS

J – A culpa dos pecados em geral e de cada pecado em particular. Poder-se-á falar de cada um destes pecados separadamente, em sermões diferentes, ou agrupá-los num mesmo sermão, como for mais útil a cada um, mas antes deve invocar-se sempre o Espírito Santo.
É preciso que a juventude, que os crentes, tomem consciência da gravidade do pecado, de como ele é imensamente grave e funesto, de onde vem e aonde conduz, como vem, como poderia evitar-se, o que é preciso fazer para o atenuar, para o eliminar completamente. (geme).
Em primeiro lugar é preciso dizer que a oração é um dos pilares mais sólidos, em que assenta a vida cristã. É preciso proclamá-lo dos púlpitos e não ao microfone. Mil microfones não substituem o púlpito. Quando um Padre fala do púlpito, os fiéis ficam diretamente suspensos da Palavra de Deus. Não olham para frente, para trás, para os lados, numa palavra, evitam qualquer possibilidade de distração e podem concentra-se muito melhor. Sim, já foi dito, mas é preciso que eu volte a repeti-lo, é preciso que seja referido mais uma vez.
E – Quando é que tu falaste disto, Judas Iscariotes? Ainda te lembras? Fala em nome (...)!
J – Sim, em 31 de Outubro.
E – Continua, continua em nome (...)!
J – A culpa é muito maior do que qualquer um de vós o poderá imaginar. Nós, os demônios somos horríveis. Temos medo uns dos outros. Temos um aspecto horrível. É-nos insuportável estar próximo uns dos outros. Se ao menos não tivéssemos que nos encarar! Mas temos, a isso somos obrigados! Temos que viver neste charco diabólico por toda a eternidade, e temos que nos encarar.
Quando somos obrigados a olhar o pecado ou a culpa nos homens, apodera-se de nós um grande terror. Podereis, assim, imaginar a gravidade da culpa, que consegue aterrorizar–nos, a nós demônios, habituados à tantas coisas, que permanecemos dia e noite neste horrível tormento, que somos obrigados a contemplar hora à hora, minuto a minuto, este espetáculo, terrível entre os terríveis. O pecado aterroriza-nos. Assim, podereis imaginar a gravidade da culpa, sobretudo diante d’Aquele que está lá em cima (aponta para cima) e cuja majestade ultrapassa. Tinha de dizer isto (geme dum modo lastimoso)!

A MAJESTADE DE DEUS

Se conhecêsseis a Sua Majestade (aponta para o alto)!
(neste momento Belzebu é obrigado a falar ao invés de Judas)
Não é Judas que o diz, é belzebu. Sou eu, belzebu, quem a partir deste momento vai falar.
E – Bom, tu conheceste melhor do que Judas a majestade de Deus. Fala, em nome (...)!
B – É que Judas não contemplou a majestade de Deus. Isto é, ele viu a humanidade de Deus e a partir dela conseguiu deduzir algo da sua majestade. Mas Judas não viu Deus na sua grande majestade, como eu o vi (suspira). Sabeis como é?
Eu vi-o, isto é, não como vocês o hão de ver um dia. Mas pude compreender a sua grandeza e uma grande parte foi-me dada a sentir e a conhecer. Nós não possuíamos ainda a beatitude total perfeita, mas já tínhamos atingido um grau elevado (1). Mas tínhamos inveja d’Ela (aponta para o alto), nós não queríamos dar-lhe o prazer de nos governar ou dominar. Daí deriva o que irá seguir-se. De fato, Ela é-nos superior, é-nos terrivelmente superior.

(1) Já explicamos parte desta questão da formação dos anjos no início do artigo anterior. Eles não foram criados, completos, plenos, já prontos e dotados de todos os seus dons. Ao tempo da revolta deles, sob o comando de Lúcifer, os anjos ainda estavam em formação. E sem eles o saberem, Deus os preparava para darem a Ele uma demonstração de que mereceriam, o Seu imenso Amor. Ou seja, eles teriam que provar para Deus – pois como nós eram livres para dizer sim e não – que eram dignos de viver eternamente na Santa presença do Criador para todo o sempre. E aqui fica muito claro que o motivo principal, a centelha maior, que incendiou aqueles espíritos caídos, foi o fato de não se sujeitarem a obedecer a Maria, que por ser Mulher, era considerada um ser inferior por eles. Este o motivo pelo qual se revoltaram e foram expulsos do Céu. Inveja, orgulho, desobediência, ódio! E foi ali que o pecado começou a existir.

MARIA, MÃE DA IGREJA.

E – Fala Belzebu em nome do Pai (...) e sob as ordens da Imaculada Conceição!
B – Foi precisamente a mim que Ela escolheu para dizer isto. Se Ela tivesse escolhido Allida, mas Ela quer que seja eu. Agora, escutai bem! Tenho de falar, Ela obriga-me.
Ela lá está, com a coroa e o cetro. Ela lá está, quase que me esmaga. Foi assim: a princípio, com os Apóstolos, quando Ela, a Mãe (aponta para cima), vivia ainda, foi Ela por assim dizer, a orientadora da Igreja, que começava a dar os seus primeiros passos. Ela tinha que rezar para que a Igreja se desenvolvesse convenientemente, para que se desenvolvesse como (rosna)... como devia desenvolver-se, segundo a vontade do Espírito Santo.
Ela ficava dia e noite de joelhos, rezava para que a Igreja crescesse e se libertasse do Antigo, isto é, da lei mosaica e que a circuncisão desaparecesse. Ela compreendia que a circuncisão fora conveniente numa determinada época e que, segundo a lei dessa época, tinha sido necessária. Mas depois da vinda de Cristo e da Sua obra, já não o era. Jesus Cristo ainda se submetera à circuncisão, mas Ele não queria que ela continuasse. A partir desse momento existia o Santo Sacrifício da Missa (rosna).
A Santíssima Virgem estava presente, quando os Apóstolos celebraram a primeira Missa. Depois da Ascensão de Cristo, a Santíssima Virgem participava sempre da Santa Missa celebrada pelos Apóstolos e recebia a Sagrada Comunhão. Preparavam-se durante horas para a Santa Missa. Quem é que procede assim, nos tempos de hoje? Poucos ou nenhum. Muitas vezes os Apóstolos preparavam-se dias inteiros só para a celebração de uma Missa.
Certa ocasião, a Santíssima Virgem retirou-se durante dez dias para rezar dia e noite. Então foi levada ao Céu e pode contemplar a majestade infinita de Deus. Deus, a Santíssima Trindade, ordenou-nos a nós, lá em baixo, que subíssemos do inferno (aponta primeiro para baixo e depois para cima). Ainda não era a esfera celestial perfeita, mas já era uma esfera superior. Fomos obrigados a subir e a contemplar essa criatura, quer o desejássemos, quer não. A Santíssima Trindade obrigou-nos a contemplá-La, na sua majestade, quase perfeita. A sua majestade e esplendor eram maiores do que quando a tínhamos visto anteriormente. A Santíssima Virgem vencera, tinha-nos vencido. Vimô-lA revestida de Sol. Seja como for, vimô-lA em grande majestade, com a lua a Seus pés, isto é, o mundo. O mundo inteiro é significado pela lua, que Ela tem aos pés, e como adversário a serpente, que representa a nós.
Como nós suplicamos a Deus! Como nós imploramos à Majestade Divina, que afastasse aquela visão! Até lhe suplicamos que nos precipitasse imediatamente ao inferno, a fim de que nos pudéssemos afundar nas esferas infernais, de tal modo nos era difícil suportar o seu olhar! Mas Ele não nos deixou partir. Tivemos ainda de suportar uns momentos aquele olhar terrível (solta gemidos cheios de desespero).
Não podeis imaginar o tempo que passamos em deliberações para descobrir a melhor forma de enfraquecer ou molestar, nem que fosse só um pouco, aquela criatura! (aponta para cima). Mas nada conseguimos. Ela vencia-nos em toda a parte. Era soberana em toda a parte. Durante anos, durante séculos, deliberamos, para vencer o que podíamos, o que poderíamos fazer, quando Ela lá estivesse. E quando isso aconteceu, nós nem sequer A reconhecemos imediatamente...
E – Não A reconheceram imediatamente?
B - ...Imediatamente, não. Sentimos que devia ser Ela. Sentimos que devia tratar-se duma criatura extraordinária, incrivelmente virtuosa, sobre quem não tínhamos qualquer poder. O porque não compreendemos logo (rosna e geme violentamente)... nem compreendemos quem se escondia lá atrás. Eu, Belzebu, e Lúcifer, nós convocamos todo o Conselho.(1) Quando tivemos a certeza absoluta de que era Ela, deliberamos longamente, dia e noite, a ver o que poderíamos fazer para a prejudicar. Até convocamos os melhores mágicos.
Ordenamos-lhe que a (aponta para cima) molestassem, no seu corpo e na sua alma, para que a sua força enfraquecesse, a sua oração não nos fosse tão desastrosa, e para que deixasse de exercer um poder tão grande. Nós já víamos que seria Ela quem teria, mais tarde, a Igreja nas mãos. O próprio Pedro caía a seus pés, quando era preciso (resmunga).
Ela tem um poder imenso, porque Ela é a criatura mais perfeita e a mais amada por Deus. Foi (é ainda) um ser duma perfeição incrível. Depois de Deus, está milhares e milhares de vezes acima das criaturas. Mesmo o seu esposo, S. José, que estava milhares e milhares de vezes acima dos outros homens, era-lhe ainda imensamente inferior.
Então prosseguimos nas nossas deliberações, e os feiticeiros concordaram fazer tudo, para a molestar. Tudo tentaram, mas Ela perseverava na oração e continuava imperturbável. Apercebia-se certamente do que fazíamos, mas nada conseguimos. Não conseguimos molestar esta terrível (2) criatura, pois Ela não estava submetida no pecado original como o resto da humanidade.
Nem mágicos, nem feiticeiros, nem ninguém lhe poderia fazer mal. Nós, demônios e os feiticeiros, só podemos molestar as criaturas humanas, e dum modo especial, os possessos. Mas sobre Ela, os mágicos infernais não tinham qualquer influência. Acometeu-nos então uma fúria infernal, um furor louco de que só o inferno é capaz, quando verificamos que todos eles nada podiam contra esta criatura incompreensível, predestinada por Deus. Então precipitamo-nos sobre mágicos e feiticeiros e neles descarregamos todo o nosso furor (3). Receberam o dobro do mal que lhe (aponta para cima) deviam ter feito (geme).
É para mim um tormento horrível que tenha de ser eu a falar destas coisas. Precisamente eu!... Deixa-me em paz. A mulher (refere-se a possessa) tem quase um ataque cardíaco; deixa-me em paz!
E – É a Santíssima Virgem que te ordena...
B – Nós não queremos falar mais, não!
E – Tens de falar! Fala!
Não se pode descrever a fúria do inferno quando se viu que todas as nossas tentativas tinham sido vãs. Como nada tínhamos conseguido, voltamos a refletir na maneira de a molestar, mas Ela destruiu os nossos intentos perversos e tudo o mais. Ela é mais poderosa do que nós. É que Ela era uma criatura escolhida por Deus, escolhida dum modo especial.
Enquanto a Terra subsistir até ao fim do mundo, nunca se encontrará ninguém que se assemelhe, e desde o começo do mundo até a eternidade jamais haverá alguém que se lhe possa igualar. E Ele, lá em cima (indica os Céus), não podia ter imaginado nada mais atroz, não podia lembrar-se de nada mais vergonhoso, do que obrigar-nos a subir a essa Esfera para nos apresentar esta criatura. Isso foi para nós uma terrível derrota (fala em tom lamuriento).
Teríamos preferido ficar no fundo do inferno, no meio do fogo mais cruel, a ser obrigados a contemplar essa... Nós não podemos dizer o que queremos, mas se isso fosse possível, gostaria de usar expressões bem mais injuriosas. Ela não o permite.
Sermos forçados a contemplar esta criatura, revestida da maior Santidade com coroa e cetro, eleita pelo Altíssimo (lança gritos medonhos), foi ultraje para nós. Tenho ainda essa visão diante dos olhos. E essa visão de então, enlouquece-nos ainda (grita).
É como se tudo tivesse sucedido hoje, e o mesmo se passa com os outros. Ainda agora isso nos faz saltar de raiva. Quando pudemos – foi mais uma autorização que uma ordem – voltar ao inferno, lançamo-nos em fúria uns contra os outros. Podeis imaginar como nos maltratamos... pois era-nos insuportável ter de nos ver uns aos outros. É horrível sentirmo-nos dominados por uma criatura assim, por uma mulher! É horrível! É uma loucura!
Relacionado com esta ocasião, devo acrescentar mais uma coisa... (uiva e grita dum modo horrível). Quando Ela foi chamada a colaborar na formação da Igreja, fundada por Seu Filho, mergulhava de tal modo na oração, que o Todo-Poderoso teria vontade de segurá-la nas Suas mãos, tal era o Seu deleite.

(1) Palavra que utiliza a grande vidente espanhola Madre Agreda. Foi durante um 2º Conselho diabólico, depois da morte de Jesus, que se estabeleceu o novo plano de domínio do mundo. O demônio fala aqui no primeiro Conselho, realizado depois de verificarem a identidade de Maria e de suspeitarem da Sua Missão.

(2) Aqui o termo “terrível” deve ser entendido como: Terrível para os demônios! Terrível para o inferno! De fato, Maria é o maior terror dos demônios! Pelo que se viu até aqui, até mesmo a majestade de Deus parece assustar menos ao inferno, que Maria. Quando é que todos os homens entenderão a missão desta Mulher?

(3) Aqui a prova do quanto os demônios mais poderosos – os mais maus – de uma certa forma, tiranizam, perseguem e causam mal aos demônios menores. E claro que esta tiranização e esta opressão lhes causa mais sofrimento. Tudo isso nos deve levar a uma meditação profunda, para que façamos tudo, o possível e o impossível, para que ninguém caia naquele antro de sofrimento eterno.

De fato, fica aqui, muito claro, o imenso poder que Deus deu à Nossa querida Mãe do Céu. Há se todos os irmãos separados compreendessem esta incrível verdade. Os demônios sabem, desde os primórdios do cristianismo, que serão derrotados por ela, aliás, já foram, porque isso está escrito em letras grandes no Céu. E isso, para os demônios, depois do sofrimento de se verem eternamente separados de Deus, é seguramente a sua segunda causa maior de tormento eterno. Justo aquilo que eles não queriam, serem, um dia, derrotados por uma Mulher, acontecerá. Justo Aquela Mulher que eles se negaram a obedecer, no início, porque se achavam orgulhosamente superiores a todas as criaturas. Sim, a sua fúria contra Ela se expandiu nestes séculos e embora seus bruxos infernais não tivessem achado fórmula de a derrotar, sequer descobriram um meio de chegar perto Dela, eles não desistem, porque, nesta luta encarniçada, acabam sempre levando alguns dos incautos filhos de Maria à perdição Eterna. Sim, estes filhos incautos são o calcanhar (Gn 3,15) de Maria Santíssima, ou seja, o seu ponto fraco, e somente neles os demônios impotentes se podem vingar.

E entre estes que se perdem, estão certamente aqueles que rejeitam também Maria, em especial os avisos que ela tem transmitido em suas aparições. Certo que a maioria dos homens não conhece nada sobre Maria, já porque os demônios lhes esconderam isso. Mas é certo, também, que os filhos que se entregam docilmente ao comando Dela, nem precisam ver com seus olhos a sua majestade: Basta sentirem em seus corações os influxos poderosos das graças que Dela partem. E é justo por causa destes, os que rezam, especialmente os que rezam o Rosário, que Deus ampliou o tempo da misericórdia, para que ainda algumas milhões de almas se salvem. Afinal, foi devido às súplicas de Maria – a nossa onipotência suplicante – que Deus mandará à terra um Aviso e um Milagre, que numa explosão suprema do Espírito de Deus, acabarão por converter a maioria absoluta dos homens de hoje. Eis porque o inferno tanto teme estes dois eventos.

Coloquemo-nos, cada vez mais nos braços de Maria!
Ela nos levará, cada vez mais para os braços de seu filho Jesus!
E com ela venceremos!

Aarão!


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